(por Leonardo Costa) Fundada em 1975, a equipe do Portland Timbers tem sido exemplo na MLS desde que entrou na liga, em 2011, por formar elencos competitivos. Desde então, Portland conquistou o campeonato em 2015 e foi vice em 2018, além de liderar a Conferência Oeste na temporada regular em outras duas oportunidades. No próximo dia 11, protagonizará com o Orlando City a final do torneio MLS is Back, e chega embalado por contundentes vitórias e um jogador em grande momento. O argentino Sebastián Blanco, ex-San Lorenzo, tem sido o destaque de uma equipe que passou em primeiro no grupo que também tinha o Los Angeles FC, Houston Dynamo e o Los Angeles Galaxy. Nas oitavas de final passou pelo Cincinnati FC nos pênaltis, depois eliminou New York City e Philadelphia Union para chegar até a grande final. Foram 4 vitórias e dois empates durante o torneio, com 12 gols marcados e 7 sofridos. O técnico Giovanni Savarese escala Portland em um conhecido 4-2-3-1, mas tem na movimentação seu grande diferencial. O tridente de meias ofensivos é formado por Blanco e Marvin Loría pelas pontas e Diego Valeri pelo centro, ao menos no papel. Em campo, o que se vê é uma constante troca de posições, inclusive com participação dos volantes Eryk Williamson e Diego Chará, que tentam municiar o atacante Jeremy Ebobisse. Chris Duvall pela direita é mais ofensivo que o lateral-esquerdo Jorge Villafaña, que tenta equilibrar uma defesa que levou gols em todos os jogos que disputou no torneio. Nas quartas e semifinais, Portland teve atuações convincentes e esses foram os momentos em que Blanco se credenciou a levar o prêmio de melhor jogador do campeonato: contra New York marcou o gol de empate e ainda serviu Andy Polo; já contra Philadelphia voltou a balançar as redes. São 3 gols marcados e 5 assistências. Mas não é somente com Blanco que Orlando precisa se preocupar. Ex-jogador do Lanús, o também argentino Valeri, e o centroavante Ebobisse são os artilheiros dos Timbers no torneio, com 4 gols cada, que ainda contam com Jaroslaw Niezgoda, que já anotou dois gols saindo do banco e segue dando a intensidade para o ataque do time nos minutos finais. Na semifinal contra Philadelphia, Portland teve chances de fazer um placar elástico, mas recuou muito e complicou uma partida que parecia decidida. Foi um sinal para Savarese que sua equipe funciona mais com a bola no pé e que essa forma de jogar é sua melhor defesa, já que a zaga de Portland está longe de ser uma fortaleza, e não raramente os zagueiros Larrys Mabiala e Dario Zuparic deixam o goleiro Steve Clark em apuros. Em síntese, as inúmeras combinações que a linha ofensiva de Portland oferece, com o entrosamento entre Blanco e Valeri devem ser os fatores decisivo contra Orlando, que por sua vez depende mais da genialidade de Nani para ficar com o título.
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