(por Mattheus Prudente)Com o novo calendário da Fórmula 1 para 2022 saindo, a maior categoria de automobilismo do mundo terá a temporada mais longa de sua história, com 23 corridas. Enquanto isso dividiu as opiniões dos fãs, o paddock não foi diferente. Sebastian Vettel, que tem sido voz ativa nos últimos tempos, criticou a escolha de tantas corridas, afirmando que F1 pode “deixar de ser especial”. “Essa é a apenas a minha opinião, e não vale de nada, mas eu acho que não devíamos ter tantas corridas, por vários motivos. Primeiramente, são muitas corridas para as pessoas assistirem. Não é mais especial. Em segundo lugar, eu sinto pelos trabalhadores da equipe. Nós pilotos chegamos na quarta-feira e vamos embora se acharmos um voo no domingo a noite. A equipe passa por muito mais estresse, pois eles chegam na segunda-feira ou no sábado da semana anterior, eles montam a garagem, preparam os carros, e ficam correndo a semana inteira para depois preparar tudo para mandar embora. Para eles, é um trabalho onde você está trabalhando todos os dias de semana e finais de semana, então você não tem tempo para si mesmo, e estamos chegando num ponto na sociedade onde as pessoas estão percebendo que têm vidas, e essa vida não pertence ao empregador.” Disse Vettel em entrevista coletiva. Muitos trabalhadores das equipes, após o novo calendário sair, estão escolhendo ficar na fábrica ao invés de viajar para trabalhar nos GPs. Isso se dá, principalmente, pelo aperto nas datas por conta da Copa do Mundo do Catar, que acontece no final de 2022, e fez muitas corridas ficarem em três semanas seguidas, crítica que os pilotos fazem sempre. A tendência, apesar desses problemas, é que a temporada ainda aumente, pois, a Liberty Media, que controla a Fórmula 1, já demonstrou interesse em fazer uma temporada com 25 corridas. Mesmo com as 23 definidas, algumas ainda podem entrar no calendário em 2023, como o Catar e a China, que estão sob contrato, e outras como Portugal e Turquia, que estiveram no calendário em 2021. Vettel considera um erro da Fórmula 1 ter mais trabalhadores desistindo de ir para as corridas só para ter mais grandes prêmios, e afirma que as decisões da F1 têm “outros interesses”. A F1 tem sua primeira corrida em março, e a última em novembro, como parte do plano para não ter conflito de horários com a Copa do Mundo.
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