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Automobilismo

Verstappen dá passo importante para o título

(por Bruno Braz)Se a Red Bull teve suas falhas quando deixou de capitalizar gordura no momento em que tinha o carro dominante da temporada, foi soberba no GP dos Estados Unidos ao conseguir marcar mais pontos que a Mercedes num momento em que os alemães inverteram o jogo.A Mercedes trabalhou muito para tirar a diferença inicial que tinha para a Red Bull. Os mais atentos observaram que, pouco a pouco, a traseira do carro foi ganhando altura, se aproximando mais do conceito da Red Bull. Não se faz isso da noite para o dia. Foi um trabalho de revisão desde a frente do carro, para direcionar melhor o fluxo de ar, gerando mais downforce no carro como um todo. Além disso, pequenos vazamentos no motor de combustão interna, que apareceram após a equipe liberar mais potência, também entraram no radar. A evolução da Honda forçou a Mercedes a liberar mais potência, junto com os riscos de aumentar o regime interno e seus efeitos colaterais. Se tem algo que você não quer no seu motor é vazamento, seja lá do que. Esse ponto, ainda não sabemos se está resolvido ou não. Até o momento da redação desse texto, não havia nenhuma evidência de que o problema estaria resolvido em definitivo.Houve também a jogada de calibragem na suspensão traseira do carro, onde em velocidades superiores a 250 km/h, o conjunto de suspensão “cede” para o “peso do ar” e a traseira, baixa. Com isso, o carro ganha muito em velocidade de reta. Se essa configuração é totalmente mecânica e independe de ação do piloto, tende a ser algo válido pelo regulamento, em que pese a pequena reunião entre Mattia Binotto e Christian Horner, que provavelmente, questionarão isso na FIA. Em pistas com curvas de velocidades menores que esse limite de 250 km/h, deve fazer diferença. Austin não foi possível usar isso de maneira adequada pela existência de curvas com essa velocidade. Isso sobrecarregava os pneus traseiros, acentuando demais o desgaste. Mas, de qualquer maneira, Austin era a primeira de quatro corridas, que em teoria, eram de domínio da Mercedes. Seria esperada uma vitória da Mercedes com Max, chegando no máximo ao segundo lugar. Mas, não foi o que aconteceu.A Red Bull fez a diferença na estratégia. Leu bem a prova, fez as contas melhores que a Mercedes, permitindo que Max saísse de lá com mais vantagem ainda. Se no futebol tem o velho ditado de “quem não faz, toma”, o automobilismo também não costuma perdoar esses desperdícios. Em um campeonato tão apertado como esse, as equipes e os pilotos precisam capitalizar sempre ao máximo suas oportunidades. Essa, olhando daqui, parece que foi uma oportunidade perdida pela Mercedes. Até a próxima.

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