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MLB

5 lições da passagem de Michael Jordan pelo beisebol

(por Leonardo Costa) Um dos momentos mais icônicos da história do esporte mundial, foi quando Michael Jordan, que havia acabado de conquistar seu terceiro título seguido da NBA, anunciou sua aposentadoria das quadras. Pouco tempo depois ingressou no mundo do beisebol, através do Chicago White Sox, e lá começou a trilhar o longo caminho que um jogador de beisebol necessita percorrer para atuar na liga principal. Jordan estava com 31 anos, vinha de temporadas fantásticas pelo Chicago Bulls, e já era considerado um dos melhores de todos os tempos do basquete – confirmou a alcunha de melhor jogador da história após retornar para as quadras depois dessa aventura. Foi acompanhando a trajetória do astro do basquete em sua incursão no beisebol, que o jornalista da MLB, Richard Justice, elaborou uma lista de 5 lições que a passagem de Michael Jordan pelas liga menores, em 1994, deixou. 1 – As histórias sobre a competitividade de Jordan eram verdadeirasNo documentário “The Last Dance”, Jordan afirma: “Eu não tenho um problema com apostas; eu tenho um problema de competitividade”. E no beisebol ele mostrou esse lado competitivo e não só nisso, como também em partidas amistosas de golf e disputas de cartas com os companheiros. Em síntese, para Jordan, praticamente tudo se tratava de ganhar ou perder. 2 – Jordan levou o beisebol a sério e poderia chegar até a MLBSe perguntar ao seu técnico, Terry Francona sobre os 127 jogos de Jordan, disse o seguinte: Deixou tudo o que tinha, nunca tomou atalho e queria ser tratado como qualquer outro jogador. Era um prazer compartilhar momentos com ele. Seu companheiro de Birmigham, Glenn DiScarcina, disse que “é o tipo de pessoa que te faz sentir melhor, que trabalhava como você para melhorar”. Jordan realizava tantas práticas de rebatidas (a todo momento), que haviam dias que suas mãos sangravam. Tentava absorver tudo ao seu redor. No começo os arremessadores o testavam com bolas retas, quando elas não funcionavam mais partiram para os mais distintos tipos de arremessos. Jordan ia melhorando e aos poucos reconhecendo as bolas dos pitchers. Acreditavam que se ele se dedicasse a fazer algo, conseguiria. Não conhecia ninguém que trabalhasse mais que ele ou que fosse mais perspicaz. Muitos criticam que sua passagem pelos campos de beisebol foi fraca, mas já pararam para analisar: quantos homens ao alto de seus 31 anos com experiência zero no esporte se dispõem a vestir o uniforme e disputar 127 partidas? Na Double-A teve médias de .202 no bastão. Na liga de outono do Arizona, um circuito para os melhores prospectos, aumentou seu número para .252. Somente um atleta com muito talento e dedicação consegue elevar os números dessa forma. Além disso, adaptando-se cada vez mais aos inúmeros tipos de arremessos que era submetido, e se tivesse seguido na liga, não haviam dúvidas de que chegaria até a liga principal. Imagino que de qualquer forma Jordan voltaria ao mundo do basquete. O próprio documentário afirma que ele estava extenuado mentalmente com o mundo da bola laranja e com os inúmeros problemas pessoais que havia passado, como a morte de seu pai, e o beisebol foi necessário para que recarregasse suas baterias. 3 – Ele sabe exatamente a dimensão do seu nome e sabe tirar proveito disso”Não é a primeira vez que viajo em um ônibus”, disse o astro ao começar sua passagem pelo beisebol. Jordan enfrentou as dificuldades das ligas menores da mesma maneira que enfrentou o resto das coisas de sua vida. Não tinha medo de nada e ideia de fracassar jamais passava em sua cabeça. Usava toda sua experiência desportiva e de vida para ajudar aos companheiros e também crescer no esporte. 4 – Jordan conseguiu um ônibus e muita comida para a equipeJordan comprou um ônibus para sua equipe das ligas menores, equipado com mesa, televisão e geladeira, deixando mais leve as inúmeras viagens pelo sul dos Estados Unidos, além de pagar a refeição dos colegas em inúmeras ocasiões. Lembrando que já tinha 31 anos, e era 7 anos mais velho que a média da idade de seus companheiros.  “O pessoal pensava que isso era algo que eu não suportaria, que eu tentaria por pouco tempo e depois abandonaria”, disse Jordan ao passar em Chattanooga por experiências opostas das que viveu com os Bulls, como vestiários velhos e mal equipados, inclusive com banho gelado. Finalizou dizendo que: “estou levando tudo muito a sério, e vim aqui aprender os fundamentos”. 5 – Foi bom para o beisebolMultidões e multidões foram ver Jordan jogando nessa época. Em Chattanooga teve uma partida noturna com 13 mil pessoas em um estádio que comportava 7.500 expectadores. Muitos esperavam por horas por um autógrafo do astro. Para o jogador era mais do mesmo, com semelhanças ao que passava na época de NBA, mas para o beisebol foi algo estrondoso.

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