Futebol

Tite corre risco de ser demitido após a derrota para a Argentina? Listamos possíveis substitutos

(por Leonardo Costa) A Copa América terminou e com ela também chegou ao fim o tabu de 28 anos sem títulos da seleção argentina. Uma competição que antes mesmo de começar era motivo de discórdia devido ao contexto sanitário, e que ao seu desenrolar evidenciou ainda mais o ‘racha’ entre os brasileiros quando o assunto é torcer a favor ou contra a amarelinha.Diante da derrota para a Argentina, as redes sociais foram inundadas de parabenizações a Lionel Messi e ao conjunto ‘hermano’, ao tempo que não faltaram críticas à seleção brasileira, sendo que Neymar e o técnico Tite foram os mais alvejados. O jogador do PSG há anos é nosso principal jogador, enquanto o atual treinador assumiu o comando da seleção em junho de 2016, no lugar de Dunga. Porém, a grande diferença entre eles é que um tem muito mais possibilidades de ser jogado para escanteio do que o outro.Tite está no comando do Brasil há 1852 dias. Sua chegada à seleção parecia questão de tempo, afinal, sua passagem pelo Corinthians foi extremamente bem sucedida. Ainda jogava a favor do treinador o começo titubeante do Brasil nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, que culminou na demissão de Dunga. Desde então, Tite esteve no comando da amarelinha em 61 oportunidades, com 46 vitórias, 10 empates e apenas 5 derrotas. Dessas derrotas, duas foram para a Argentina, e outra foi para a Bélgica nas quartas de final na Rússia.Poucos dias antes da estreia do Brasil na competição, circulavam informações que, para agradar o governo federal, o então presidente da CBF, Rogério Caboclo, demitiria o treinador e contrataria Renato Gaúcho em seu lugar. O plano não foi adiante, mas a derrota na decisão voltou a acender a chama de uma possível troca de comando no selecionado tupiniquim. Fato é que Tite está longe de ser unanimidade, principalmente entre os brasileiros que torceram para a vitória argentina na final da Copa América. Entretanto, ainda vejo como pouco provável sua demissão, ainda mais com a liderança isolada e o 100% de aproveitamento nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. Mas, tratando-se de Brasil, tudo é possível.A partir de agora, entraremos no mundo da futurologia. Primeiro, trabalharemos com a hipótese de demissão de Tite, para então listarmos alguns nomes para seu lugar. Já de início, podemos descartar o preferido de Caboclo, que deixou a fila do desemprego ao acertar com o Flamengo. Alguns outros nomes sempre ventilados e/ou desejados, estão, aparentemente, bem empregados, como os casos de Pep Guardiola e José Mourinho. Se vasculhar o mercado de treinadores brasileiros, é melhor começar por eliminação. Carlos Alberto Parreira, campeão em 1994, comandante da Copa de 2006 e diretor técnico da seleção na metade da década passada, ao que parece, já pendurou a prancheta há vários anos. Técnico entre 2006 e 2010, e entre 2014 e 2016, Dunga está desempregado desde que deu lugar a Tite, mas, ao me ver, não tem mais espaço entre os cartolas da CBF. Entre as duas passagens do capitão do Tetra no comando da amarelinha, estiveram Mano Menezes, atualmente no Al-Nassr, da Arábia Saudita, e Felipão, recém-contratado pelo Grêmio, outros dois nomes que podemos descartar. Dessa forma, já é possível visualizar que, caso Tite seja demitido, é bem provável que teremos um nome inédito como treinador do Brasil.Dos nomes brasileiros que ainda não comandaram o Brasil e estão em atividade, poucos são os que se destacam ao ponto de receber um chamado para a seleção, e por isso, mais do que nunca, crescem as possibilidades de um técnico estrangeiro na seleção.Agora partimos para a busca de nomes na ‘gringa’. O primeiro que me ocorre é o de Jorge Jesus, atual técnico do Benfica, e motivos não faltam: sua passagem pelo Brasil, no comando do Flamengo, foi muito vitoriosa e com um time jogando ofensivamente; apesar de prestigiado em seu atual clube, não seria empecilho dizer sim ao Brasil; ao longo de 32 anos como treinador, nunca ficou à frente de um selecionado nacional e, para encerrar; o fato de falar português deve ser levado em consideração, apesar de não ser imprescindível. Os atributos favoráveis para uma possível chegada de JJ ao Brasil são tantos que acabam por dificultar a escolha de outros nomes.Uma escolha pouco provável seria a de Zinedine Zidane, livre no mercado desde que deixou o Real Madrid, mas sua rivalidade recente com o Brasil, além de uma possível busca do treinador em comandar a seleção francesa, dificultam o acerto. Xavi Hernández, que recentemente foi convidado a ser auxiliar de Tite e recusou, seria uma aposta. Por fim, um nome totalmente fora da caixa, mas que contém minha simpatia, é o de Marcelo Bielsa, atual treinador do Leeds United, porém, sei que seria improvável sua chegada.Em síntese, caso Tite seja demitido, as peças de reposição parecem escassas, tanto no mercado nacional, quanto no internacional. A não ser que a CBF repita o ‘caso Dunga’ e contrate um técnico sem experiência em clubes, provavelmente o nome de Jorge Jesus entraria como forte favorito ao cargo. 

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