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NBA

Sem surpresas! Show de LeBron James no último quarto garante os Lakers na final da NBA

(por Matheus Correia) Denver chegou muito longe, e qualquer esforço acima disso seria extremamente surpreendente. Os Lakers precisavam vencer apenas um dos 3 jogos que a série poderia proporcionar, e diferente dos Clippers, não decepcionaram.  Tivemos um início de confronto rápido, mas com muitas jogadas precipitadas e turnovers. Denver teve dificuldade para se manter no ataque, e a bola do perímetro demorou a engrenar para ambas as equipes. A maioria das jogadas ofensivas eram originadas por Jokic e LeBron James, e as coisas saíram de controle por um breve momento para Denver, quando a estrela do time acumulou duas faltas com apenas 6 minutos de jogo. Os Lakers duplicaram a marcação em Jamal Murray e Denver começou a ficar sem opções ofensivas. Por sorte, Michael Porter Jr. e Mason Plumlee saíram do banco em boa forma para manter os Nuggets na briga pela liderança. Uma boa conexão entre LeBron e Caruso, além de um aproveitamento surpreendente de Rajon Rondo nos arremessos de três pontos foram as principais armas ofensivas de LA no período. Isso sem contar a boa atuação da segunda unidade, anotando os últimos 12 pontos do quarto e fazendo a equipe vencer por apenas 3 pontos (33-30), apesar do grande equilíbrio entre os dois times.  O segundo quarto iniciou com um bom “back-and-forth” entre LeBron James e Jokic, mas a alegria do pivô dos Nuggets acabou rapidamente depois de fazer sua terceira falta na partida. Monte Morris deixou o ataque de Denver aceso saindo do banco, mas defensivamente a equipe viu LeBron passear no garrafão e anotar 14 pontos no período. Com a defesa ajustada, LA chegou a abrir 11 pontos de vantagem, que só diminuiram quando Jamal Murray finalmente engrenou ofensivamente. E se Denver tinha problema com faltas envolvendo Jokic, foi a vez dos Lakers começarem a se preocupar com Anthony Davis, que anotou sua terceira falta na reta final do quarto. LA continuou liderando o placar, graças ao excelente esforço de LeBron. A ausência de Jokic com certeza impactou o ataque dos Nuggets, e a vantagem no placar foi maior: 61-51.  LeBron terminou o primeiro tempo da partida com 14 pontos, 7 rebotes e 6 assistências, enquanto Jokic, mesmo jogando poucos minutos por conta das faltas, foi quem liderou sua equipe em pontos: nove nos dois primeiros quartos. O segundo tempo começou com duas notícias ruins para Denver: Jamal Murray aparentava sentir uma possível lesão. Mesmo assim, o armador foi para quadra. E a outra notícia ruim foi o excelente começo de período de LA. Com muita dificuldade no ataque, os Nuggets viram o adversário abrir 16 pontos de vantagem no placar. Mas não demorou muito para a equipe reagir, e essa reação teve como principal protagonista um jogador que não é tão visto como uma estrela: Jerami Grant. O ala-pivô vem de boas atuações na série, e a deste jogo com certeza foi a melhor. Se os dois jogadores que possuem mais minutos na bolha (Murray e Jokic) estavam cansados, Grant esbanjava energia. Boas jogadas defensivas, excelentes bandejas no ataque; foram 14 pontos para ele no terceiro período, o que certamente ajudou Denver a diminuir a vantagem para apenas 3 pontos no fim do quarto. Murray também foi importante na reta final da etapa, anotando uma excelente cesta and-one, mas nos segundos finais era possível ver que a lesão estava de fato atrapalhando-o, já que o jogador estava mancando em quadra. Los Angeles desperdiçou bastante no período, e não teve resposta para Jerami Grant. Além disso, o problema das partidas anteriores persistia: uma dificuldade incrível para conseguir rebotes ofensivos. Anthony Davis anotou uma cesta de três pontos espetacular para dar a vantagem de 3 pontos para LA, terminando o quarto 87-84.  Denver venceu a primeira rodada dos playoffs depois de Utah fazer 3 a 1. Nas semifinais, venceram um dos favoritos para o título, os Clippers, se recuperando do mesmo placar de 3 a 1. Mas falharam em fazer isso nas finais da conferência contra os Lakers. O porquê? Bem, possivelmente a razão é o fato de nenhum dos outros times ter LeBron James em quadra. Se os Nuggets tinham alguma esperança de vencer a partida, ela foi totalmente aniquilada pelo King James. Jokic foi espetacular no último quarto, fazendo de tudo para manter Denver vivo na partida. Mas, infelizmente para o pivô, LeBron foi mais do que espetacular. Foi “rei”. A franquia do Colorado estava apenas 4 pontos atrás no placar, com 4 minutos restantes no relógio. Danny Green anotou uma cesta importantíssima de três pontos, aumentando a vantagem para 7 pontos. E, depois disso, LeBron assumiu o controle da partida, anotando cestas em praticamente toda posse ofensiva de LA, e fechando o caixão com uma cesta espetacular de três pontos faltando menos de um minuto para o fim do confronto. Um placar irreversível para Denver, e os Lakers conquistaram seu trigésimo segundo título da conferência oeste, se tornando a primeira equipe a avançar para as finais de 2020.  Final: Denver Nuggets 107-117 Los Angeles LakersUma performance histórica para LeBron: 38 pontos, 16 rebotes e 10 assistências, com um aproveitamento de 60% nos arremessos (15/25) e 16 pontos no último quarto. Liderou as três principais estatísticas (pontos, rebotes e assistências) entre todos os jogadores que estiveram em quadra. Anthony Davis, apesar de seu contínuo problema nos rebotes, esteve bem, anotando 27 pontos e 5 rebotes, com importantes cestas de três pontos durante o duelo. Alex “Carushow” (11 pontos e 4 assistências) e Danny Green (11 pontos) foram outros destaques de LA. Por Denver, Jerian Grant foi o grande destaque com 20 pontos e 9 rebotes, sendo o principal responsável pela recuperação da equipe no terceiro quarto. Nikola Jokic foi bem apesar das faltas, com 20 pontos, 7 rebotes e 5 assistências. Mesmo que aparentemente jogando no “sacrifício”, Murray esteve bem com 19 pontos, 4 rebotes e 8 assistências, apesar de não ter convertido uma única bola de três pontos.  É impossível não reconhecer a pós-temporada incrível dos Nuggets. Longe de serem os principais favoritos, conseguiram vencer os Clippers e chegaram nas finais da conferência. Jokic provou ser o pivô mais talentoso da liga, e Murray elevou seu “basquete” para um patamar quase que de elite. A equipe fica por aqui, mas há muitos motivos para comemorar e se encher de esperança para as próximas temporadas. E bem, não há muito o que falar dos Lakers. Uma das franquias mais tradicionais da NBA, com um dos melhores elencos da liga, com dois dos melhores jogadores da atualidade. Estranho seria se não chegassem à final. E claro, a franquia não tem nada a ver com o fato de sua “maior ameaça”, os rivais locais, não terem sequer saído vitoriosos contra a equipe que acabaram de vencer. Agora resta esperar o resultado da final da conferência leste, e buscar empatar o número de títulos com seu “verdadeiro” maior rival.

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