(por Rafael Lima) O Santos fez toda uma preparação especial para a partida decisiva contra o The Strongest indo até a Bolívia no domingo. O time teve pela primeira vez em muito tempo uma semana de preparação, fator importante para o recém-chegado Fernando Diniz trabalhar, mas, mesmo assim, a temida altitude era um fator que preocupava. Domínio boliviano com equilíbrio somente após a expulsãoOs primeiros 10 minutos foram de muito estudo, pouca criatividade e nada de chances de perigo. O Santos atuando com uma postura defensiva, enquanto o The Strongest tentava adiantar as linhas, mas carecia de qualidade ofensiva.Os bolivianos seguiram pressionando. Numa subida pela direita, Blackburn de cabeça obrigou João Paulo a fazer excelente defesa, na sequência o próprio Blackburn serviu Reynoso que colocou no fundo do gol. O Santos tentou se organizar e teve sua melhor chance em cobrança de falta de Jean Mota, que terminou em boa defesa de Vaca. Porém, o domínio era do The Strongest. Blackburn recebeu cruzamento e novamente ajeitou para Reynoso que obrigou João Paulo a fazer um milagre. Não deu tempo nem do Santos respirar, após cruzamento, Blackburn antecipou Kaiky de cabeça e Willie, livre de marcação, anotou o segundo dos bolivianos. Quando tudo parecia dar certo para o The Strongest, Castillo fez a segunda falta dura no jogo e levou o segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo. O Santos finalmente saiu do campo defensivo e, em uma bela chance, Pirani chutou de fora da área para a defesa de Vaca. O Peixe precisava começar a jogar.Aos 38’, o Santos perdeu sua melhor oportunidade. Num escanteio pela direita, conquistado após ótima jogada de Angelo, Jean Mota colocou na cabeça de Kaio Jorge, que escorou raspando na trave com o goleiro Vaca batido. Na sequência foi a vez de Jean Mota testar o veterano arqueiro de longe numa bomba. No contra-ataque o The Strongest mostrou que ainda podia incomodar, Willie de fora da área obrigou João Paulo a fazer mais uma importante defesa. Muita posse de bola, golaço e pouca objetividade No segundo tempo o Peixe alugou o campo de ataque, o time girava a bola de um lado para o outro mas não conseguia finalizar. Porém, aos 7 minutos, Jean Mota bateu escanteio pela esquerda e Kaio Jorge, novamente sozinho, cabeceou para fora em mais uma chance incrível perdida. De tanto rondar a área, o Santos finalmente encontrou seu gol. Após cobrança de escanteio, Felipe Jonatan pegou um chute de rara felicidade de fora da área e fez um golaço para recolocar o time brasileiro na disputa. O Santos seguia tentando atacar, mas era difícil colocar a bola no chão e furar o bloqueio boliviano. O tempo passava e o Peixe não conseguia se aproximar do empate. Se o Peixe não criava situações de perigo, aos 39’ foi a vez do The Strongest chegar com muito perigo. Arrascaeta se livrou de Alison e bateu para defesa difícil de João Paulo. E nos minutos finais Sagredo ainda deu um chute despretensioso na trave. O Santos tinha a bola, mas a equipe boliviana era mais perigosa. Vaca, aos 44’, na cara do gol, chutou por cima. Daí para frente a partida ficou amarrada e nada mais aconteceu. Final: The Strongest 2×1 Santos O The Strongest dificulta a vida do Santos, que vê as chances de classificação para a próxima fase muito complicadas, já que precisa vencer o Barcelona de Guayaquil no Equador e, dependendo do resultado dos equatorianos diante do Boca Juniors, ainda tirar uma diferença de saldo de gols. A falta de planejamento da equipe santista para uma competição como a Libertadores da América, vendendo jogadores importantes e não podendo contratar pelo Transfer Ban, acabou resultando na campanha bastante irregular do time, com três derrotas em cinco jogos. O Peixe corre sério risco de deixar a competição sul-americana na primeira fase, algo que só aconteceu uma vez na sua história, em 1984.
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