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Fórmula 1

Russell critica segurança do circuito de Jidá: “precisa ser repensado”

(por Mattheus Prudente)Muitos incidentes agitaram ainda mais o primeiro GP da Arábia Saudita da história. Realizado no novo circuito de Corniche na cidade de Jidá, o traçado trouxe desafios para os pilotos, por conta de suas curvas cegas e de alta velocidade. Ao mesmo tempo, houve uma constante preocupação com a segurança, e George Russell, da Williams, não ficou satisfeito com isso. Russell foi um dos vários pilotos que se envolveram em acidentes no final de semana. Charles Leclerc bateu sua Ferrari no primeiro treino livre, assim como o seu companheiro, Carlos Sainz, teve um leve contato com o muro na classificação. O maior caos ficou para a corrida, onde Sergio Perez, Nikita Mazepin, Mick Schumacher e Russell abandonaram por conta de acidentes. Diretor da associação de pilotos, Russell foi enfático ao falar de seu acidente e que a direção do circuito precisa pensar no que aconteceu nesse fim de semana: “É muito difícil para todos os pilotos. Você passa por uma curva em alta velocidade e, na saída, tem um carro de lado, fumaça de pneus para todo lado, você não sabe o que pode acontecer. Existe muito para aprender nesse fim de semana sobre esses circuitos. Eles são emocionantes, muito bons de dirigir, mas deixam muito a desejar em termos de segurança.” Disse Russell. O piloto também sugeriu quais partes do circuito podem ser mudadas para uma melhor experiência: “Foi tudo um caos desde a curva três até a sete (na primeira volta). Você não conseguia ver nada, os carros estavam indo para todos os lados. Novamente, é uma ótima pista para dirigir, mas é uma receita para o desastre, e eu não acho que preciso dizer mais nada.  Definitivamente, é necessário repensar se voltarmos no próximo ano, o que eu acho que vamos. Eu acho que é preciso fazer algumas dessas curvas de alta virarem retas, pois elas são muito cegas e vimos alguns acidentes graves quase acontecendo.” Completou. Sebastian Vettel também foi um crítico do circuito, comparando-o com Suzuka e dizendo que “não dá para fazer Suzuka com muros”, pois as curvas são muito cegas. Essa foi uma constante crítica dos especialistas ao traçado, já que, além da falta de visão na entrada da curva, a pista traz poucas áreas de escape, o que pode fazer com que acidentes graves aconteçam. Existe muito tempo para fazer mudanças no traçado de Jidá, já que o contrato deve durar pelo menos dez anos. O circuito ficou marcado, além de todos os problemas, como um dos mais rápidos do calendário, com a volta de pole position de Lewis Hamilton tendo uma velocidade média de 253.9 km/h. 

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