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Tenis

Roger Federer e Nike – O fim definitivo de uma era 

(por Vanessa Monte Bello) Após dois anos e meio da grande surpresa, quando Federer entrou na quadra central de Wimbledon totalmente vestido pela Uniqlo, nesta última quarta-feira, em sua estréia no ATP de Doha, no Catar, após 405 dias sem jogar, Roger Federer marcou sua volta mostrando ao mundo que se desfez totalmente de toda sua ligação com a marca americana Nike.Faltando poucos dias para completar 40 anos, o tenista, ex-número 1 do mundo, entrou na quadra principal vestindo seus novos tênis da On – a qual ele é sócio desde 2019 – a marca é especializada em tênis de corrida, porém, com a entrada de Roger na empresa, eles resolveram desenvolver um tênis próprio para a prática de Tênis, utilizando a mesma tecnologia voltada para o conforto e performance de todos os calçados da marca.O THE ROGER PRO demorou dois anos para ser desenvolvido e o ponto de partida para o desenvolvimento desse tênis foi a sensação, o que o tenista sente nos pés quando está em quadra. O projeto começou com a criação de uma versão dos pés de Federer em 3D, com a forma do calçado definida através da anatomia, os mínimos detalhes foram desenvolvidos por meio de feedbacks sensoriais.”Similarmente à corrida, o tênis tem a ver com a energia e movimento. Quando você otimiza a sensação, você aprimora o movimento” – Olivier Bernhard, Cofundador e Innovation Leader (Diretor de Inovação) da On.A partida de Federer contra Daniel Evans, marcou a estréia de seu modelo THE ROGER PRO, o qual tem a assinatura de Federer e que em breve, deverá receber sua logomarca “RF” que ele readquiriu os direitos da Nike, após disputa judicial.Essa história já rendeu bastante, iniciou quando o tenista trocou a marca americana pela japonesa Uniqlo. Quando isso ocorreu, ele não conseguiu levar junto sua marca, pois a swoosh havia registrado o logotipo “RF” e detinha todos os direitos sobre ele.Naquela época, em que Roger saiu da marca, a gigante americana não venderia mais os produtos que levavam o nome e eram licenciados pelo ex-tenista, a partir disso, o suiço passou a brigar para recuperar o controle da identidade de sua marca. Após quase um ano, essa novela teve um final feliz. O atleta conseguiu uma vitória e poderia colocar seu “RF” em sua bolsa de raquetes, camisetas, faixas, bonés e demais produtos produzidos pela Uniqlo.Todo o processo ocorreu por intermédio da empresa Tenro AG (empresa criada por Federer em 2007 – responsável pelos direitos imobiliários e de propriedade intelectual). Entenda o casoDesde 1994, o público se acostumou a ver Roger Federer vestido da cabeça aos pés com os materiais esportivos da Nike. Por isso, quando surgiu a notícia de que ele havia rompido com a marca, todo mundo amante do tênis foi pego de surpresa.Federer havia assinado com a marca japonesa Uniqlo, recebendo US$ 30 milhões por ano até 2028 – mas não deixou de ser surpreendente, apesar de compreensível.O tenista apareceu pela primeira vez usando a nova marca no torneio de Wimbledon, porém, a marca japonesa fornece todo material esportivo do atleta, apenas vestuário. Justamente por isso, no início Federer continuou utilizando os tênis da Nike até essa última quarta-feira (10/03/21). Além da Uniqlo, Federer mantém acordos com outras gigantes como: Credit Suisse, Jura, Mercedes-Benz, Rolex e Wilson (fornecedora de suas raquetes) e agora, a On.Federer é o sétimo atleta mais bem pago do mundo na atualidade, segundo a revista Forbes, com esses novos contratos que ele assinou, com certeza ele subirá alguns pontos no ranking.Infelizmente, Federer caiu nas quartas-de finais no torneio do Catar, mas seguimos ansiosos por mais uma aparição do tenista nos próximos torneios de 2021.

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