(por Rafael Lima) O Barcelona recebeu o arquirrival de Madrid no Camp Nou, em busca de reabilitação. Para uma equipe que está mal na temporada, vencer o rival pode representar uma mudança de rumo e era isso que os blaugranas buscavam neste “El Clasico”. Do outro lado, o Real Madrid, com um estilo de jogo definido e um ataque muito forte, queria se aproveitar dos problemas dos anfitriões para retomar a liderança. O Barça começou a partida buscando o ataque com as linhas altas, tentando sufocar o Real. A marcação da saída de bola era forte e o time não deixava os visitantes jogarem. Os merengues começaram a gostar mais do jogo, mas as chances eram inexistentes de ambos os lados. Aos 20 minutos um lance lindo e polêmico, Vinicius Júnior deu uma caneta maravilhosa em Mingueza, invadiu a área, passou no meio de dois e sofreu um toque do próprio Mingueza, porém, o juiz não marcou nada. A partida melhorou muito e o Barcelona teve uma chance incrível. Memphis Depay puxou o contra-ataque pela esquerda, cruzou, Ansu Fati Bb amorteceu e a bola sobrou limpa, no meio da área, para Sergiño Dest livre, na cara de Courtois, chutar para fora. Aos 31’, os blaugranas se lançaram ao campo de ataque, mas Alaba roubou a bola no campo de defesa, tocou para Vinícius Júnior e correu. O brasileiro encontrou Rodrygo no meio do campo, que serviu Alaba na esquerda, o austríaco dominou, olhou para a meta de ter Stegen e bateu cruzado para fazer um golaço! O Real Madrid abre o placar. Aos 34 minutos o Barça tentou novamente, após escanteio da direita, Piqué desviou de cabeça e a bola passou com muito perigo.Daí até o fim do primeiro tempo nada de efetivo aconteceu e os visitantes foram ao intervalo em vantagem.Na segunda etapa o Barcelona veio disposto a encurralar o rival. A entrada de Philippe Coutinho no lugar de Mingueza deu mais variações ofensivas aos anfitriões e os culés empurravam o Real Madrid pra trás, rondando a área o tempo inteiro. Apesar da pressão do Barça os merengues eram perigosos, aos 16’, numa trama muito bem feita, Rodrygo foi derrubado na área por Philippe Coutinho, a bola sobrou para Modric, que passou por cima para Benzema. O francês bateu bem e o goleiro ter Stegen fez ótima defesa. Os visitantes eram perigosíssimos no contra-ataque, mas o time não conseguia finalizar. Do outro lado, o Barça tentava criar chances, mas abusava dos cruzamentos pouco efetivos. Aos 26 minutos, Benzema fez bela trama com Mendy, tocou para o lateral e se projetou para receber, porém, o francês perdeu o gol. Na sequência, foi a vez dos culés chegarem perto com chute forte por cima de Sergiño Dest. O Barcelona seguia tentando pressionar, mas o Real Madrid estava muito bem postado defensivamente, encaixotando os blaugranas. A partida ficou com pouca ação, para o bem de “Los blancos” que tinham o resultado a favor. Os culés trabalhavam com muitos cruzamentos, facilitando demais a vida de Courtois. A bola rondava a área do Real Madrid, mas ninguém dos anfitriões finalizava. Depois do time da casa perder uma chance incrível, Asensio puxou um contra-ataque rápido, bateu, ter Stegen defendeu, mas a bola foi para o meio da área, onde Lucas Vázquez entrou em velocidade para matar o jogo. Gol do time mais efetivo.Antes do fim o Barça ainda descontou com Aguero, batendo no meio da área após bom cruzamento de Dest. Mas já era tarde. Final: Barcelona 1×2 Real Madrid Venceu o time melhor treinado. O Real Madrid teve o contra-ataque como principal arma, Vinicius Júnior e Rodrygo abertos são um verdadeiro tormento para as zagas adversárias, juntamente com o forte meio-campo e Benzema no comando de ataque, tornam os merengues uma pedreira para qualquer adversário, mesmo fora de casa. Tudo isso sem citar Alaba, que está em todas as partes do campo e consegue ser efetivo em qualquer função. O Barcelona, por mais que tenha perdido seu maior ídolo, Messi, e esteja passando por muitos problemas financeiros, pode jogar mais. Ronald Koeman não tem o melhor material humano de La Liga, mas o time carece de organização tática. O excesso de cruzamentos e a lentidão na recomposição têm complicado demais a vida dos culés. Koeman pode estar bem perto do adeus.
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