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Prévias NFL 2021/22 – AFC Leste: Bills são favoritos, mas alguém pode surpreender?

(por Jefferson Castanheira)A AFC Leste teve durante os últimos 20 anos uma dominância sonora do New England Patriots de Tom Brady e Bill Belichick. De 2000 até ano passado, New England só não ficou com o título da divisão quando o Miami Dolphins venceu ela em 2000 e 2008, e agora no último ano, com a saída de Brady para a NFC South, no Tampa Bay Buccaneers, o Buffalo Bills conquistou o título. Neste atual cenário, vemos que o Buffalo Bills, atual vice-campeão também da AFC, quando perdeu para os Chiefs na última final de conferência, tem grandes chances de vencer a divisão novamente e estender sua dominação perante os outros times. Mas será que isso é algo real e inevitável, ou o Miami Dolphins pode crescer ainda mais após uma temporada que conquistou 10 vitórias e 6 derrotas, e incomodar o Bills? Ou será que as intensas mudanças de Bill Belichick nos Patriots também podem atrapalhar os planos de Bills e Dolphins? O New York Jets, em total rebuild, ainda poderia arrancar alguma vitória em confrontos internos da divisão? As cartas do futuro não temos, mas possuímos o presente e vamos analisa-lo, time por time.Bills Mafia cada vez mais empolganteUm dos times mais legais de se assistir em toda NFL é o Buffalo Bills. Com uma equipe que funciona como um relógio algumas vezes, mas também exacerba suas emoções em campo, o time da fronteira com o Canadá no nordeste dos EUA pode mais uma vez explodir na liga, e não só na divisão. Cada vez mais solidificados e maduros, os comandados de Sean McDermott precisavam ter mais impacto no jogo corrido e também reforçar sua defesa nas trincheiras, sendo uma das linhas defensivas que mais cedeu touchdowns adversários na última temporada. No draft, a equipe trouxe Gregory Rousseau para preencher a DL e tentar diminuir esses impactos, além de também selecionar o Pass Rusher Carlos Basham. O time não teve grandes alterações no geral, mas contar com Stefon Diggs, um dos melhores WRs da liga, o cornerback Tre’Davious White, Josh Allen em uma crescente e com ano de provável disputa ao MVP, pode fazer o time conquistar mais do que no ano passado e fazer mais frente ao Kansas City Chiefs. Golfinhos sem risadinhaO Miami Dolphins está levando a sério seu projeto de renovação, e o time comandado por Brian Flores vem sinalizando cada vez mais um avanço sonoro rumo ao sucesso e também para incomodar Buffalo. Na temporada anterior, o time que é gerenciado por Chris Grier viu Tua Tagovailoa debutar sem muito brilho, mas com até certa consistência, que fez a equipe confiar no QB havaiano e finalmente montar um playbook e um time ao redor da sensação. Com isso, Miami adquiriu Will Fuller para ser um dos WRs a disposição de Tua, além de Jaylen Waddle no Draft – que é uma aposta de Grier, já que o GM deixou passar o OL Penei Sewell e DeVonta Smith, que jogou com Tua em Alabama. Além desses reforços para alvos aéreos, o time renovou com Myles Gaskin no jogo corrido e melhorou suavemente a OL – tão fraca nos últimos 5 anos. A defesa, que já era destaque no ano passado, manteve grandes nomes como Xavien Howard e Bryon Jones, mas também conseguiu no Draft nomes como Jaelan Phillips, que pode ser um grande pass rusher.  Os Dolphins podem sair do marasmo e surpreender como fizeram em 2020, quando conquistaram 10-6, mas ainda não conseguiram vaga nos Playoffs. Nova esperança em New EnglandO New England Patriots foi um dos times que mais se mexeu na offseason. Apesar de já ter a 7ª melhor defesa da liga em 2020, o time de Bill Belichick contratou grandes nomes para a defesa, com o retorno de Kyle Van Noy, por exemplo. Além de Van Noy, ainda vieram Davon Godchaux, Henry Anderson, e Jalen Mills. Isso sem contar com Matt Judon, que juntamente com o retorno de Dont’a Hightower, formará uma dupla de pass rushers sensacional. Tudo sob o comando do gênio defensivo Bill Belichick. O que era bom, pelo menos no papel, ficou ainda melhor. No ataque, os Patriots trouxeram os dois melhores TEs disponíveis na free agency, Jonnu Smith e Hunter Henry, formando uma dupla fantástica, e ainda reformularam o corpo de recebedores com Nelson Agholor e Kendrick Bourne, porém, perderam seu ex-WR1, Julian Edelman, que optou pela aposentadoria devido a quantidade de lesões. Tudo isso sem falar de Mac Jones, recrutado este ano e que já será o QB1 da franquia após a dispensa de Cam Newton, tornando a parte ofensiva da equipe uma incógnita. Repleto de jovens, Bill Belichick deve respirar os ares da esperança na Nova Inglaterra, e deve ser sim, um dos times mais surpreendentes de 2021. Fly Jets, Fly? Ainda não. Ainda…Os jatos de Nova York estão em bons reparos no hangar da AFC Leste. Claramente em seu segundo ano de rebuild e finalmente livres do toque de Midas fecal de Adam Gase e Rex Ryan, finalmente parece que há pista livre para tentar uma decolagem mesmo que tímida. Com Robert Saleh no comando e Zach Wilson chegando de QB após ser escolhido no Draft com a missão de superar Sam Darnold e o passado ainda memorável de Mark Sanchez, os Jets podem começar a esboçar algum semblante de alívio de sair do fundo do poço. O NY Jets também terá a chegada de um novo coordenador ofensivo, Mike LaFleur, que tem um sistema ofensivo bem parecido com o que Zach Wilson encontrava em BYU, no college. Alijah Vera-Tucker chega na linha ofensiva para fazer o trabalho de Wilson mais seguro. Jamison Crowder, Corey Davis e Elijah Moore devem receber muitos passes, mas tudo isso depende de como Wilson vai chegar e ser jogado na fogueira. Na defesa, CJ Mosley deve mostrar suas garras e tentar elevar o nível da defesa dos Jets, assim como Bless Austin e Lamarcus Joyner. É um ano de laboratório dos Jets, então qualquer resultado além do fracasso já é um bom sinal de futuro, indicando um clima melhor. 

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