(por Cassiano Pinheiro)Devido à disputa da Copa do Mundo no final do ano, entre os meses de novembro e dezembro, as principais ligas do velho continente terão seus inícios um pouco mais cedo do que de costume. Já nesta sexta-feira, 5, a bola rola para as partidas inaugurais da Premier League, Ligue 1 e da Bundesliga, enquanto que a Série A TIM e La Liga largam na semana seguinte. Dessa forma, a Playmaker Brasil traz para vocês uma análise de cada uma das cinco principais ligas europeias, e hoje vamos à Premier League. Confira: Favoritos ao título Manchester City Campeão de quatro das últimas cinco edições, o City entra mais uma vez como um dos principais favoritos ao título da PL. Guardiola permanece no comando junto com toda sua filosofia e estilo de trabalho vencedor, já o elenco conta com algumas mudanças consideráveis, com as saídas de Zinchenko e Gabriel Jesus para o Arsenal e Fernandinho retornando para o Athletico Paranense. Por outro lado, chegaram Kalvin Philips (Leeds United), Julian Alvarez (River Plate) e Erling Haaland (Borussia Dortmund). Com tantas alterações, existe a possibilidade de o City demorar algumas rodadas para engrenar, assim como aconteceu em outras temporadas. No entanto, quando isso ocorrer (e provavelmente irá) podemos esperar longas séries invictas e nunca é um bom negócio apostar contra Guardiola se tratando de ligas nacionais. Brasileiros no elenco: Ederson e Kayky. Liverpool Na temporada passada, o Liverpool brigou até o final em todas as competições, mas acabou ficando no quase tanto na Champions quanto na Premier. Para a atual edição Jurgen Kloop perdeu os atacantes Mané, Origi e Minanimo. No entanto, destes três, somente o primeiro realmente fará falta. Mané marcou época em Anfield sempre jogando em alto nível, contribuindo com gols e assistências. Porém, o Liverpool já estava se preparando para essa transição e tem em Luiz Díaz e Diogo Jota boas alternativas com um estilo parecido de jogo. Para o comando de ataque os Reds trouxeram o uruguaio Darwin Nuñez a peso de ouro do Benfica, que até agora na pré-temporada deixou uma boa impressão. Para competir no mais alto nível com o City, o Liverpool sabe que a margem de erro é mínima. A equipe já se frustrou em duas temporadas recentes, fazendo campanhas espetaculares, mas terminando com o vice-campeonato. A ideia é começar a PL muito forte, apostando em um início um pouco irregular do City. Brasileiros no elenco: Alisson, Fabinho e Firmino. Podem surpreender Chelsea Após o título da Champions em 20-21 o Chelsea contratou Lukaku, até então um dos atacantes mais cobiçados do mundo e ali parecia que alguns bons anos de sucesso viriam pela frente, mas não foi bem isso que aconteceu. A segunda passagem do centroavante belga por Stamford Bridge foi um desastre, o time não se acertou durante toda a temporada e ficou devendo. Soma-se a isso toda a instabilidade fora de campo com a venda do clube e ainda uma certa apreensão de como será a nova gestão americana. Voltando ao campo, o Chelsea ainda possui um ótimo time e um grande técnico em Thomas Tuchel. Além de Lukaku (Inter de Milão), os Blues tiveram duas perdas importantes no setor defensivo, com as saídas de Rudiger (Real Madrid) e Christensen (Barcelona). As principais chegadas foram de Sterling e Koulibaly, suficientes para manter o nível do time, mas não para elevar o patamar. Com um jovem elenco com margem para evolução o Chelsea deve fazer uma boa campanha focando o G4, mas pode sim sonhar um pouco mais alto dependendo do decorrer da temporada. Brasileiros no elenco: Thiago Silva e Kenedy. Correm por fora Tottenham Antonio Conte tradicionalmente é um técnico que cobra muitos reforços de suas diretorias. Em sua primeira temporada completa dirigindo os Spurs, o experiente técnico italiano recebeu um bom pacote de “upgrade” para seu plantel. Os principais nomes que chegaram foram o brasileiro Richarlison (Everton), Perisic (Inter de Milão), Bissouma (Brighton) e Lenglet (Barcelona). Conte conhece a Inglaterra e já venceu a liga mesmo não tendo o melhor time a disposição, como fez com o Chelsea em 16/17. A ideia é montar um time sólido defensivamente, porque talento ofensivo a equipe possui e muito, com Kane, Son e Richarlison. Brasileiros no elenco: Emerson Royal, Lucas Moura e Richarlison. Arsenal Arquirrival do Tottenham, o Arsenal quer dar o próximo passo e voltar à Champions League. Para isso trouxe dois bons jogadores que já trabalharam com o técnico Arteta nos tempos de City, Gabriel Jesus e Zinchenko. Na teoria os dois chegam para ser titulares e terão muito minutos, dando um pouco mais de experiência para o jovem elenco. A equipe ficou no quase na temporada passada, perdendo a vaga na UCL por pouco. Para esse ano os Gunners contam com a evolução e uma eventual explosão de algumas de suas peças jovens como Saka, Smith-Rowe e Martinelli. Brasileiros no elenco: Gabriel Magalhães, Marquinhos, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus. Manchester United Mais uma mudança de comando e filosofia no United. Após a saída de Sir Alex Fergunson, os Red Devils vêm tentando de tudo, técnicos experientes, técnicos jovens, crias da casa, enfim, até agora nada deu realmente certo. Erik Ten Hag é mais uma aposta. O técnico holandês vem de um excelente trabalho no Ajax e agora pretende subir o nível. Ele conta com uma janela de transferências discreta, mas com jogadores que ele próprio indicou com o lateral Tyrell Malacia (PSV) e o zagueiro Lisandro Martínez (Ajax), Eriksen também chegou podendo acrescentar qualidade e criatividade ao meio-campo. A novela Cristiano Ronaldo acaba atrapalhando muito a montagem do time que não sabe se vai contar com o português ou não, isso impede qualquer movimentação de mercado com o objetivo de planejar a contratação de um substituto. Dito tudo isso, o United possui um time muito bom, com muita qualidade individual com nomes como Varane, Bruno Fernandes e Sancho. A torcida espera que Ten Hag consiga extrair o potencial de jogadores que ainda não entregaram o esperado e potencializar aqueles que já demonstraram um bom futebol. Provavelmente os Red Devils brigaram por Champions League, mas será uma disputa ingrata. Brasileiro no elenco: Fred. Meio de tabela Um dos grandes diferenciais da Premier League são justamente os times do bloco médio, que atualmente, por conta da enorme geração de renda da liga consegue competir com clubes grandes de outros países como Itália, Portugal e França. West Ham: Vem de duas boas temporadas, inclusive com boa participação na Europa League. Wolverhampton: Continua dando trabalho com sua legião portuguesa. Leicester: Caiu um pouco de nível, mas ainda conta com o ótimo Brendan Rodgers no comando técnico. New Castle: Havia uma grande expectativa pela primeira janela de verão do novo rico New Castle, mas essa expectativa não foi concretizada. A equipe do norte inglês trouxe alguns bons reforços pontuais como o zagueiro Botman (Lille) e o goleiro Pope (Burnley), mas nenhum grande reforço estelar que mude o patamar da equipe. Porém, o time tem uma base mediana e conta com o bom técnico Eddie Howe, a princípio entra no campeonato para se estabelecer como uma das forças emergentes da liga e preparar terreno para o futuro. Vale a pena ficar de olho no brasileiro Bruno Guimarães que chegou na metade da temporada passada e já causou grande impacto. Crystal Palace: O Palace teve um bom primeiro ano do técnico Patrick Vieira, no qual a equipe ficou na 12ª colocação. O objetivo é que o trabalho evolua e que o time almeja terminar entre os 10 primeiros. Southampton: Equipe muito instável que faz uma sequência de bons jogos, mas também é capaz de sofrer goleadas históricas. Difícil prever algo para o Southampton, mas provavelmente um meio de tabela para baixo é o que deve acontecer. Risco de rebaixamento Everton: Sem nenhum grande reforço e ainda perdendo Richarlison que estava entre os três melhores do time, o Everton deve sofrer duas vezes. Brigando contra o rebaixamento e vendo seu rival Liverpool disputar o título. Brighton: Sem reposições à altura para as perdas de Bissouma, Cucurella e Conolly, dificilmente o Brighton irá repetir a grande campanha da temporada passada, quando terminou na 9ª colocação. Brentford: Outra equipe que fez bonito na temporada passada, mas é difícil prever se vai manter o ritmo é o Brentford, quer perdeu Christian Eriksen para o Manchester United. Bournemouth: De volta à Premier League e treinado por Scott Parker, a equipe do sul da Inglaterra terá uma concorrência enorme e é forte candidata ao rebaixamento. Fulham: Finalmente parar de ser um time bate-volta, para isso o time algumas contratações que podem ou não ser suficientes para não ser rebaixado, como os meias João Palhinha (Sporting) e Andreas Pereira (Manchester United / Flamengo) e o goleiro Leno (Arsenal). Nottingham Forest: O bicampeão europeu (1979 e 1980) está de volta à Premier League após um hiato de 23 anos. Será difícil permanecer na elite inglesa e para isso a equipe contratou praticamente um time novo, são mais de onze contratações para essa temporada, visando elevar o nível da equipe.
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