gettyimages 1909663 scaled 1
NBA

A passagem de Michael Jordan pelo Washington Wizards

(por Leonardo Costa) Sem sombra de dúvidas uma das melhores notícias durante esse período de isolamento social foi o lançamento do documentário “The Last Dance”, exibido pela Netflix, que juntamente com a ESPN filmes, foi a responsável pela produção, conta a história daquele que viria ser o sexto título do Chicago Bulls na temporada 1997/98. E, como não poderia deixar de ser, o principal nome, tanto da equipe, quanto do documentário, é Michael Jordan.Até o momento foram disponibilizados apenas dois episódios, quase todos centrados no astro do basquete, com algumas histórias paralelas envolvendo Phil Jackson e Scott Pippen, por exemplo. De qualquer forma, é sabido que com a conquista de seu sexto anel, Jordan anunciou sua aposentadoria das quadras em junho de 1998.O que alguns desavisados não sabem, é que três anos após sua saída dos Bulls, Jordan, no auge de seus 38 anos, anunciou que estava de volta à NBA e que atuaria pelo Washington Wizards.Foram duas temporadas, 2001/2002 e 2002/2003. Não conseguiu levar a franquia aos playoffs em nenhum dos campeonatos, mas tendo em vista a sua idade, Jordan ainda dava mostras daquele que é considerado por muitos como o maior jogador de basquete da história.Seu técnico em Washington era o mesmo de seu início de carreira em Chicago, Doug Collins, mas o que jogava contra o astro era o limitado elenco que o rodeava: com a exceção de Jordan (22,9 ppg), Richard Hamilton (20 ppg) e Chris Whitney (10,2), todos os demais jogadores tinham médias de menos de 10 pontos por partida na temporada 2001/02, e o resultado foi uma pífia campanha de 37 vitórias e 45 derrotas.Na temporada seguinte os Wizards trouxeram Jerry Stackhouse de Detroit para agregar mais qualidade ao elenco. Em tempo, o próprio Stackhouse em recente entrevista, disse ter se arrependido de ter jogado ao lado de Jordan, porque o astro já não era o melhor jogador da equipe, mas continuava sendo tratado como se fosse. Segundo o ex-jogador dos Pistons, sua chegada a Washington enquanto Jordan jogava por lá, fez com que seus números caíssem e não pudesse mostrar todo seu potencial. De qualquer forma, após sua declaração, alguns portais fizeram a comparação entre o Stackhouse dos Pistons e do Wizards, chegando a conclusão que a participação do jogador em ambas franquias era praticamente e mesma em quase todas as estatísticas.Voltando ao elenco de 2002/03, Christian Laettner seguia na equipe, mas suas médias estavam distantes dos que já havia apresentado em Minnesota e Atlanta em outros anos. Ty Lue era outro nome presente na equipe, teve médias discretas em suas duas temporadas em Washington, mas era constantemente acionado vindo do banco. Curiosamente, o resultado nessa temporada foi igual ao campeonato anterior, com as mesmas 37 vitórias.Jordan terminou sua passagem pelo Wizards sem jogar playoffs e com sólidas médias de 21,4 pontos, 5,9 rebotes e 4,5 rebotes por partida. A própria página da NBA em espanhol compara que a estrela do basquete tem as médias equivalentes as que Jimmy Buttler possui atualmente por Miami. Ou seja, Jordan pode não ter tido temporadas espetaculares, como aquela retratada no documentário, mas mostrou que mesmo com quase 40 anos ainda poderia ser considerado um “top player”.Outro fator importante da dimensão do nome Michael Jordan, foi o fato de que nas duas temporadas em que atuou pelos Wizards, a franquia teve o segundo maior público total da NBA. Bastou apenas uma temporada sem o astro e a franquia despencou para 21º lugar, com quase 200 mil expectadores a menos.Ao final da temporada 2002/03, anunciou seu retiro definitivo do basquete após derrota em partida contra o Philadelphia 76ers de Allen Iverson.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *