(por Bruno Braz) Que fase essa da Haas. Que fase! Terminar as corridas, parece ser o único objetivo do time estadunidense com cores russas.Depois de perder dois pilotos bons (falo bons, não excelentes) no final do ano passado, para ir atrás de quem bancasse a conta de andar da F1, a Haas passa a comemorar o fato do plano dar certo. O plano? Terminar a corrida. Mesmo que um de seus pilotos esteja rodando, em média, dois segundos e meio mais lento que o outro por volta (no caso, Mazepin muito mais lento que Schumacher).Günther Steiner, chefe da Haas, falou ao portal The Checkered Flag, sobre a nova, digamos, meta do time.“Levamos os dois carros inteiros para casa em uma corrida cheia de eventos e com mudanças climáticas. Algumas coisas tentaram nos atrapalhar, mas ao final nos recuperamos, Nikita e Mick foram até a bandeira quadriculada, algo muito bom”. Ainda: “É o que eu sempre quero ver, que a gente dê todas as voltas e que os caras aprendam. Quero que eles continuem melhorando e, especialmente para Nikita, foi bom terminar, pois ele não conseguiu no Bahrein.”E, para finalizar, a comemoração por Mazepin ter concluído a prova: “Agora Mazepin tem uma corrida finalizada em sua carreira. Já Mick foi bem no começo da prova. Por mais que o resultado não te faça exatamente feliz, o que te faz feliz é que nós da Haas fizemos progresso. Esse é nosso plano, e se pudermos continuar assim, com menos erros e mais desempenho, é para isso que estamos na pista neste ano”.O fato é que em sua curta história, a Haas, que tem 5 temporadas completas, perdeu a mão de seu promissor projeto. 2016 – 8º no mundial de construtores: 29 pontos (todos marcados por Grosjean. 0 para Gutierrez);2017 – 8º no mundial de construtores: 47 pontos (28 por Grosjean e 19 por Magnussen);2018 – 5º no mundial de construtores: 93 pontos (37 por Grosjean e 56 por Magnussen);2019 – 9º no mundial de construtores: 28 pontos (08 por Grosjean e 20 por Magnussen);2020 – 9º no mundial de construtores: 03 pontos (02 por Grosjean e 01 por Magnussen);Se lembrarmos que a Haas já perdeu pontos bobos em 2018, como na Austrália, onde ambos os carros abandonaram por erro no Pit Stop, quando os dois estavam no TOP 5, e como está hoje, chega a ser triste de ver. Perdeu-se completamente a mão. Uma pena. Alguém explica para o Günther Steiner o conceito de progresso. Essa é uma palavra que ele usa como algo frequente, mas que os números mostram exatamente o contrário.Estaria a Haas servindo apenas para gerar capítulos em Drive to Survive?
Automobilismo
