(por Rafael Lima) O presidente do UFC, Dana White, chamou Kamaru Usman de “o maior meio-médio de todos os tempos”, depois de derrotar Colby Covington pela segunda vez no início deste mês, no UFC 268, e Gilbert Burns concordou com o patrão.O “Nigerian Nightmare” melhorou seu cartel para 20-1 como lutador profissional de MMA, estando a uma luta de empatar com o recorde de Anderson Silva da mais longa sequência de vitórias na história do UFC. As incríveis 15 lutas de Usman no UFC incluem duas vitórias sobre Covington e Jorge Masvidal, além de triunfos sobre o próprio Burns, Leon Edwards, Tyron Woodley, Rafael dos Anjos, Demian Maia e Sean Strickland.Falando em um episódio recente do podcast em português do MMA Fighting, Trocação Franca, “Durinho” explicou por que colocou Usman em primeiro lugar na história dos meio-médios, na frente do lendário canadense Georges St-Pierre.“A maneira como ele está dominando é muito mais atraente do que a maneira de St-Pierre”, disse Burns. “St-Pierre derrubou pessoas e fez ground and pound, não tinha vitórias tão convincentes às vezes, enquanto Kamaru está ganhando de forma mais convincente. Ele já é o melhor na minha opinião, mas acho que ainda estão faltando mais defesas de título para encerrar a conversa.” Seguiu Durinho.GSP se tornou um dos maiores de todos os tempos com vitórias sobre lendas na categoria meio-médio, incluindo Matt Hughes, BJ Penn, Josh Koscheck, Carlos Condit, Nick Diaz e Thiago Alves, voltando da aposentadoria para conquistar o segundo cinturão, o dos médios, sobre Michael Bisping, em 2017. Mesmo assim, Burns escolheria Usman para vencer GSP no auge.“Eu tentei derrubá-lo e não consegui, Colby tentou derrubá-lo e não conseguiu, muitos outros tentaram, mas é realmente difícil derrubá-lo”, disse o brasileiro. “Lembro-me de acertar alguns golpes fortes em Kamaru, realmente fortes, de sentir minha mão acertando sua cabeça e ele continuou. Lembro-me de um chute na cabeça que acertei com força, depois tive uma pancada na canela e ele continuou. Acho que seu golpe é superior ao de St-Pierre. Kamaru também está em outro nível no wrestling. Acho que ambos no auge, apostaria em Kamaru.” Afirmou Durinho.Usman e Burns treinaram juntos no início de suas carreiras, anos antes de se conhecerem dentro do octógono, e o brasileiro disse que “Pesadelo Nigeriano” evoluiu incrivelmente desde então.“Ele não gostava de golpear, mas acho que houve uma mudança depois do TUF”, disse Burns, referindo-se à temporada American Top Team vs. Blackzilians do The Ultimate Fighter, em 2015. “Ele já era um bom lutador, um cara durão que treinava muito. Você podia ver que ele queria muito, mas ele se tornou diferente depois do TUF. Ele voltou treinando melhor, mais focado. Ele estava muito mais confiante.” Contou o meio-médio.Burns voltou à coluna das vitórias com um triunfo por decisão sobre Stephen Thompson, depois de ficar aquém do campeão do UFC, e acredita que pode ganhar outra chance pelo título do UFC com algumas boas atuações contra os oponentes certos, mesmo que Usman permaneça no topo da divisão.“Acho que duas atuações muito dominantes, aquelas sangrentas, ou conseguir o nocaute ou a finalização, acho que podem me levar de volta ao cinturão”, disse Burns. “Mas acho que depende do adversário, tem que ser a combinação perfeita do adversário certo e [o momento da] divisão. Já que tive a oportunidade antes e comecei muito bem, mas perdi por nocaute técnico, é mais difícil ter outra oportunidade. Essa é a realidade. Portanto, preciso ter um desempenho muito dominante. Meu treinamento hoje é baseado nisso, sabendo que a próxima performance tem que chocar a todos.” Finalizou o brasileiro.
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