(por Eduardo Fernandes) Teve fim a sequência de vitórias do Verdão no Campeonato Brasileiro. Após o sexto triunfo que veio diante da ótima partida contra o Atlético-GO, a equipe de Abel reviveu o seu pior lado ao tomar a virada para o Fluminense no Maracanã. Claro, da mesma forma que era presunçoso dizer que tudo estava bem durante a maré boa de resultados, não há motivo algum para o desespero depois do revés no Rio de Janeiro.A semana começou com um ótimo resultado e desempenho. Os 4×0 diante da equipe goiana em pleno Allianz Parque foram expressivos, não só pela quantidade de gols, mas pela imposição do verdão diante de uma das melhores defesas do campeonato. Demonstração clara de uma equipe madura e que soube trabalhar bem a bola, mesmo com o adversário bem fechado.Também foi nessa partida que Abel começou a dar indícios do substituto de Marcos Rocha no dia 27. Mayke ganhou alguns minutos ao final da partida e parece ter a preferência do treinador. Enquanto que, no meio campo, Zé Rafael parece estar a frente dos demais por um lugar ao lado do Felipe Melo.Mas se tudo funcionou bem na quarta, veio o domingo e com ele lembranças que todo palmeirense tinha esquecido. O segundo tempo diante do Fluminense foi dos piores momentos do Palestra na temporada. Desatento, marcando de longe, sem qualquer inspiração ofensiva e com quase zero competitividade.Tudo bem que a arbitragem no Rio foi um caso a parte, haja visto a checagem absurda do VAR sobre o gol do Dudu. Mas nada justifica a passividade do verdão nos 45 minutos finais da partida.Não acho que a derrota acenda um sinal amarelo pelos lados do Palestra Itália, mas há que se tirar uma lição do jogo no Maracanã. A final única em Montevidéu não te permite segundas chances ou qualquer momento de desatenção. De nada adianta fazer um bom primeiro tempo, como o fez diante do Fluminense, e depois botar tudo a perder logo no começo do segundo tempo.Essa semana reserva uma excelente oportunidade de retomada de confiança. O retrospecto do Choque-Rei dentro do Allianz traz boas recordações pro palmeirense. Não só contra o São Paulo, mas também contra o seu treinador. Palmeiras nunca perdeu pro Rogério Ceni dentro do Allianz, tanto como jogador quanto como treinador.Nota amarga fica pra expulsão do Dudu, não pelo jogo contra o Flu, que já estava decidido quando aconteceu o lance, mas porque tira de campo o maior carrasco recente do São Paulo. Bom, já Deyvin não deveria nem ganhar holofote nesse texto. Além de não estar rendendo nada em campo há tempos, ele conseguiu a proeza de receber dois cartões amarelo e, consequentemente, o vermelho, sem nem ter entrado em campo. Além dos dois, Felipe Melo também está suspenso e desfalca no clássico.Afundar ainda mais o rival e colocar novamente a cabeça no lugar parece ser um ótimo plano para uma quarta-feira à noite. É hora de adentrar, de vez, na reta final da preparação pra final da Libertadores.
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