(por Daniel Morales) Verdão na final! Com jogo cirúrgico, o Palmeiras buscou o empate com Dudu e, pelo gol fora de casa, passou para a grande final da Copa Libertadores pelo segundo ano seguido. Festa alviverde e silencio alvinegro no Mineirão.Atlético tenta abafar, mas sofre com a organização tática do PalmeirasCom duas propostas bem diferentes, Galo e Palmeiras iniciaram a partida no estádio do Mineirão. O Atlético, precisando da vitória, foi para cima desde o começo. Já o clube paulista, ficou um pouco mais retraído em seu campo de defesa, esperando um contra-ataque. Apesar disso, logo nos segundos iniciais o Palmeiras deu o primeiro chute ao gol através de Rony, que ficou na cara de Everson e finalizou, porém, o goleiro alvinegro fez a defesa e em seguida o lance foi anulado. Os comandados de Cuca cercavam mais a área do Palmeiras, seja tentando construir as jogadas ou apertando a saída de bola dos visitantes. Aos nove minutos, Nacho Fernandez achou Mariano pelo lado esquerdo, o lateral direito invadiu a área e fez o passe, mas Renan cortou e mandou para escanteio. Aos onze, Mariano voltou a participar do jogo ofensivo atleticano ao tentar o passe para Eduardo Vargas, mas a redonda passou direto. O Galo chegou de novo aos 14’, após erro do zagueiro Luan, Vargas recuperou a bola perto da grande área, fez o passe para Hulk, mas Weverton saiu do gol para afastar a bola e espantar o perigo. O Atlético ficava mais com a bola como de esperado e cercava a área palmeirense, por sua vez, o time de Abel Ferreira esperava no campo de defesa, especulando o contra-ataque. Mas, aos 25 minutos, após belo lançamento do goleiro Weverton, Piquerez ganhou a bola de Mariano e, na entrada da área, fez o chute e a bola passou muito perto da trave. Com certa melhora do Palmeiras, o time de Abel Ferreira conseguiu fechar mais os espaços e dificultar as construções ofensivas do Atlético, com isso, o jogo ficou muito preso no meio de campo. O Palmeiras de Abel Ferreira é um time que sabe jogar uma Copa Libertadores e consegue conter o volume de jogo de seu adversário, não deixando que o mesmo tome conta da partida, mesmo tendo a bola. O Atlético no primeiro tempo tinha 58% posse de bola, mas não assustava o gol de Weverton. Já nos acréscimos do primeiro tempo, quase gol do Galo. Felipe Melo chuta em cima de Nacho e a bola volta para o meia argentino que fez bate bem, mas Weverton manda para escanteio. Com um jogo muito disputado e pegado, os primeiros quarenta e cinco minutos se findaram em zero a zero. O Atlético foi mais agressivo no primeiro tempo, apertava o Palmeiras desde a saída de bola. Entretanto, com o passar do jogo, os visitantes fecharam mais o espaço da equipe de Cuca e saíram uma vez ou outra nos contra-ataques. Foi através de Piquerez que o ‘verdão’ teve sua melhor chance na partida até esse momento. Palmeiras muito bem organizado atrás dando poucas chances ao Atlético, que empurrado pela massa atleticana ia com tudo em busca do gol. Cirúrgico, Palmeiras não se abala com gol, empata e se garante na decisãoRolou a bola para o 2ª tempo com os times sem nenhuma substituição. Aos três minutos, Hulk finalizou na entrada da grande área e Weverton fez grande defesa. No minuto seguinte, o ‘verdão’ respondeu no contra-ataque com Rony, mas Everson agarrou a redonda, após belo lançamento de Marcos Rocha. Mas, aos seis minutos, gol do Galo! Mariano tocou para Jair que cruzou para Eduardo Vargas cabecear para o fundo do gol. Festa da massa atleticana no Mineirão, Galo 1 a 0. Aos dez, quase o segundo. Vargas tabelou com Nacho e ficou na cara do gol, mas a bola foi para fora. Aos quinze, Rony quase empatou para o Palmeiras. Weverton fez o lançamento e deixou Rony na cara do Everson, mas a bola foi para fora. Abel Ferreira fez a primeira mudança da partida, ao tirar Rony para entrada do jovem Gabriel Verón. E o garoto mal entrou e fez a jogada do gol, após vencer Nathan Silva e tocar para o ídolo palmeirense Dudu empurrar para o gol vazio. Era o empate do ‘verdão’ e o gol que colocava o Palmeiras na final. Após Marcos Rocha sentir dores na coxa e não ter mais condições de jogo, Abel Ferreira sacou o lateral direito para colocar Gabriel Menino. Galo em cima! Em cobrança de falta, Hulk bateu e Weverton mandou para escanteio. Aos 33’, Cuca fez sua primeira substituição, a sacar Jair para colocar Savarino. O Atlético, precisando desesperadamente do gol, ia para cima, mas pouco nervoso e errava muitos passes. Por sua vez, o Palmeiras se retraia para defender sua vantagem e Abel Ferreira, com isso, tirou Dudu para entrada de Wesley em uma tentativa de ter uma válvula de escape, e tirou Raphael Veiga para entrada de Zé Rafael. O Palmeiras quase chegou ao segundo em chute e Wesley, que forçou Everson a fazer grande defesa. O Galo ia para cima no modo desespero e dava espaço para o Palmeiras jogar da forma que gosta, no contra-ataque. Mas, não deu outra, o Palmeiras segurou o empate e, pelo segundo ano seguinte, está na final da Libertadores. Final: Atlético Mineiro 1×1 Palmeiras Tem que respeitar Abel Ferreira! O técnico português levou o Palmeiras pelo segundo ano seguido na final da Copa Libertadores. Mesmo com a pressão do Atlético Mineiro, o verdão soube sofrer e controlar o volume do jogo dos donos da casa. Abel Ferreira não entrou em desespero e se manteve convicto nas suas ideias e, com muita estrela, colocou Gabriel Verón, que em seguida fez a jogada do gol do empate. O Palmeiras de Abel Ferreira é a cara da Libertadores, é copeiro e sabe jogar essa competição. O verdão vai à busca de ser tricampeão da América e empatar com os rivais Santos e São Paulo, além do Grêmio, em número de conquistas continentais. Os comandados de Abel Ferreira aguardam o adversário entre Barcelona de Guayaquil e Flamengo. O rubro-negro venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e pode perder até por 1 a 0 que chegará na grande final do dia 27.
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