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Automobilismo

O irritante GP de Spa-Francorchamps. Era melhor ter cancelado antes

(por Bruno Braz) Prestes a começar, a direção de prova soltou um comunicado de largada atrasada para o GP de Spa-Francorchamps. Seria uma espera de 10 minutos em relação ao horário previsto. A chuva dava as caras de maneira intensa.Acho que depois de Vettel ter ido tomar satisfações, cara a cara, com Michael Masi, solicitando que escute mais os pilotos e comissários, o diretor de provas deve ter reconsiderado algumas posições. Quando restavam três minutos para o novo horário de largada, novo adiamento. Mais cinco minutos. Depois, mais cinco. Já eram 20 minutos de atraso. Depois mais cinco… E assim foi.O destaque anterior a prova, além da chuva e do atraso, pode ser atribuído a Sergio Pérez, que bateu seu carro indo para o grid. Ficou fora da prova o piloto mexicano. Ou será que não?Quando finalmente a corrida começou, com 25 minutos de atraso, a prova iniciou-se em regime de safety-car. Todos seguindo Bernd Mayländer, piloto do “mercedão vermelho”. Raikkonen, que estava nos boxes, se posicionou no final da fila e entrou para o GP.Durante a volta de apresentação, vários pilotos se queixavam de falta de aderência, visibilidade e aquaplanagem, dentre eles, Hamilton, Max, Russell, Giovinazzi e Norris.Com duas voltas atrás do carro de segurança, a direção interrompeu os trabalhos, acionando a bandeira vermelha. O grid inteiro retornou ao box.A interrupção seguiu-se por horas. Com o evento de F1 sendo, por regulamento, limitado em 3 horas, a direção de provas optou por “travar o cronômetro”, deixando uma hora na manga. Muito se falou sobre isso nas horas que seguiram.Ouvimos sobre os pilotos darem três voltas atrás do carro de segurança e encerrar a prova, entregando aos pilotos metade dos pontos. Ouvimos que a uma hora de provas que a direção guardou na manga, seria para uma prova curta, em regime de corrida. E assim, fomos ouvindo e esperando, na expectativa de termos alguma ação em pista, que é onde queremos ver, mesmo entendendo que correr sem enxergar para onde está indo, não dá.Às 13:10, aqui no Brasil, chegou a informação de que a largada seria dada em 10 minutos. Ficamos na expectativa. Nos acomodamos bem no sofá, na frente da TV para acompanhar essa uma hora de evento que teríamos.Finalmente, o GP foi retomado. Todos foram para a pista, atrás do carro de segurança. Pérez foi autorizado a retomar para a prova, alinhando em último lugar. Eram as Red Bulls abrindo e fechando a fila. Mas, a visibilidade ainda estava ruim.A ordem era: Verstappen, Russell, Hamilton, Ricciardo, Vettel, Gasly, Ocon, Leclerc, Latifi e Sainz fechando os 10 primeiros. Seguiam: Alonso, Bottas, Giovinazzi, Norris, Tsunoda, Schumacher, Mazepin, Stroll, Raikkonen e Pérez, fechando a fila.Completadas as três voltas, deram bandeira vermelha de novo. Seria fim de prova? Seria o que colocaram na mesa para fazer valer a etapa?Mazepin com a melhor volta da prova? Essa seria a corrida? Seguiríamos aqui, aguardando. Porém, dava pinta de que usariam uma solução para lá de esquisita para nós, amantes da F1. O cronômetro oficial seguia na regressiva. E assim foi, até zerar o tempo disponível para a prova, fazendo cada um dos 10 primeiros conquistar metade dos pontos disponíveis para a corrida de acordo com suas classificações.Irritante? Sim. Por esportividade, acho que caberia o cancelamento da prova e fim. Mas, temos os direitos comerciais, dinheiro envolvido, público presente, países transmitindo e uma infinidade de coisas envolvidas nesse nosso mundo maluco.O que falar? Aparentemente, não havia condições dos pilotos correrem. Sem visibilidade, não tem como. Porém, acho que poderíamos ter sido “liberados” de sair da frente da TV, antes. Um anti-clímax, depois de semanas aguardando pelo GP de Spa.Apesar de tudo vale uma menção honrosa a George Russell, que conseguiu o primeiro pódio de sua carreira. Segundo lugar para o prodígio britânico! Até a próxima. 

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