Futebol

Nelson de Jesus da Silva, para o mundo do futebol, apenas Dida

(por Leonardo Costa) Para quem já leu meu perfil dentro da Playmaker Brasil, deve ter notado que ao final da minha apresentação eu escrevi um ‘Vai Curinthia!’. Fica evidente que sou torcedor do Sport Club Corinthians Paulista. Porém, o texto de hoje, não se trata disso, e sim de um jogador que me fez gostar ainda mais de futebol, que por diversas vezes escolhi ser ele em uma disputa de pênaltis e que me fez admirá-lo por onde atuasse. Estou falando de Nelson de Jesus da Silva, ou para os íntimos do futebol, apenas Dida.Eu nasci em 1992, coincidentemente o ano em que o baiano Dida se profissionalizou pelo Vitória. Nessa época eu não fazia ideia de quem era aquele goleiro de 19 anos, 1.96m e que despertava a atenção de diversos clubes. Um ano depois, era o goleiro titular da Seleção Brasileira campeã mundial sub-20, que venceu a equipe de Gana. Em seguida, o goleiro acertou com o Cruzeiro.Depois de grandes atuações na equipe mineira, desembarcou no Corinthians em 1999, e aí sim eu já tinha noção, no auge dos meus 7 anos, quem era o goleiro Dida. Na época, o Corinthians vivia uma lacuna debaixo das traves deixada pela saída do ídolo Ronaldo. Além do mais, a equipe viu seus rivais entrarem em uma de suas décadas mais vitoriosas, com o São Paulo de Telê Santana conquistando o bi da Libertadores, e o Palmeiras com seus 11 títulos ao lado da Parmalat.Apesar do goleiro Nei ser o titular do Corinthians na conquista do Campeonato Brasileiro de 1998, o arqueiro nunca foi unanimidade no Parque São Jorge, culminando na chegada de Dida para a temporada seguinte. Foram apenas três anos na equipe, somando as duas passagens, mas o suficiente para marcar uma época.Logo em seu primeiro ano na equipe, protagonizou uma das cenas mais icônicas do futebol brasileiro e que, para mim, foi a confirmação que eu estava diante de um ídolo: semifinais do Campeonato Brasileiro entre Corinthians e São Paulo, e Dida consegue a proeza de defender duas cobranças de pênalti na mesma partida, parando ninguém menos do que o craque Raí.A TV de 14 polegadas parecia um telão de cinema para a grandiosidade do feito do goleiro. O Timão eliminou o rival para depois derrotar o Atlético Mineiro e conquistar o bicampeonato nacional. Apesar de seu feito, Dida parecia não expressar emoções, transformando a frieza em uma de suas principais características. Em 2000, veio o título do Mundial – aquele que por anos virou motivo de chacota – e Dida novamente foi protagonista. Evidente que fazia parte de uma engrenagem extremamente sincronizada, mas era um goleiro acima da média e que não sentia-se pressionado em momentos decisivos. Contra o Vasco, na final, defendeu a cobrança de Gilberto antes de virar-se de costas para Edmundo, que acabou chutando para fora.Foi para o Milan ainda no mesmo ano da conquista do Mundial, voltaria ao Corinthians na temporada seguinte para faturar os títulos da Copa do Brasil de 2002 e o Torneio Rio-São Paulo, novamente defendendo pênaltis na fase decisiva. Além do mais, ele defendia a equipe paulista quando foi chamado para disputar a Copa Do Mundo, conquistada pela Seleção Brasileira.Retornou para a Itália como campeão do mundo e por lá foi decisivo na conquista da Champions League do Milan sobre a Juventus, ao defender três cobranças de pênalti na final da competição europeia. Foram 10 temporadas defendendo a equipe de Milão antes de voltar ao Brasil para defender as cores de Portuguesa, Grêmio e Internacional, onde se aposentou dos gramados em 2015, aos 42 anos.Foram inúmeras conquistas entre clubes e seleções que fazem com que Dida seja lembrado entre os maiores goleiros brasileiros da história. Pouca mídia e muito futebol de um jogador que marcou minha infância, e tenho certeza que a de muitas outras pessoas pelo Brasil e o Mundo

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