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NBA

Meteoro Celta! Raptors lutam, mas Celtics vencem e seguem invictos nos playoffs.

(por Matheus Correia) Talvez seja cedo para dar o apelido de “meteoro” para Boston. Aliás, foi um meteoro que exterminou os dinossauros da terra, e essa alusão cai muito bem nessa série. Mas o “meteoro” não é uma provocação à Toronto, e sim, um “elogio” à única equipe, junto ao Miami Heat, que está invicta na pós temporada. Os Raptors lutaram, e jogaram muito melhor em relação à partida anterior. Mesmo assim, alguns pontos soltos no último quarto e a atuação surreal de Marcus Smart custaram o triunfo. Diferente do jogo 1, não podemos culpar a equipe completamente. A partida teve um bom início, ambos os ataques jogando bem, sendo eficientes nos arremessos de meia distância. Uma boa sequência de 9 pontos permitiu Toronto abrir 8 pontos de vantagem no placar e chegar a marca de 17 pontos com apenas 7 minutos de jogo. O quinteto titular da equipe estava muito bem, mas foi um jogador da segunda unidade que incendiou a partida. Serge Ibaka foi simplesmente espetacular, nos dois lados da quadra. Entretanto, Boston também achou uma solução no banco de reservas: Robert Williams, o Timelord. O pivô fez um bom jogo 1, com 10 pontos e 100% de aproveitamento nos arremessos. No jogo 2, Williams fez exatamente isso apenas no primeiro quarto. Uma grata surpresa para os celtas. Além de Ibaka, Fred Van Vleet também esteve excelente nos 12 primeiros minutos, anotando 9 pontos. Toronto fez um primeiro quarto infinitamente superior ao desastroso primeiro quarto da partida anterior; Boston não decepcionou, e respondeu os canadenses na mesma altura. O equilíbrio entre as equipes resultou no placar empatado ao fim do período: 28-28. As defesas também estavam bem em quadra. No segundo quarto, o esforço defensivo intensificou com a segunda unidade e, consequentemente, o nível técnico da partida decaiu. Enquanto os celtas se utilizavam de uma marcação muito veloz, sem problemas em trocar os jogadores de posição. Já Toronto forçava o adversário a arremessar com seu pior arremessador, em sua pior zona. O confronto só voltou a ficar “interessante” quando Van Vleet e Jayson Tatum voltaram à quadra; os dois foram sem dúvidas os destaques de suas respectivas equipes no primeiro tempo. O equilíbrio continuou, e mesmo após Boston abrir 5 pontos de vantagem no último minuto do quarto, Pascal Siakam fez questão de manter Toronto na cola com um buzzer-beater espetacular, em um arremesso de três pontos contestado, longe da linha do perímetro.  Uma estatística interessante do primeiro tempo: Toronto não foi nenhuma vez para a linha de lance livre. Enquanto isso, Boston foi 9 vezes, e mesmo com 10 arremessos a menos que os canadenses, terminaram na frente no placar.  Uma bola de três pontos de OG Anunoby, que foi muito bem na partida, deu início ao terceiro quarto, seguido de dois pontos de Kemba Walker, que não havia convertido uma cesta sequer no primeiro tempo (apenas em lance livre). As segundas unidades de ambas as equipes voltaram à quadra, mas não apresentaram um bom basquete, assim como durante toda a partida. Além de Ibaka, o jogador com mais pontos no banco de Toronto foi Norman Powell, com quatro. E, além de Robert Williams, o jogador com mais pontos no banco de Boston foi Grant Williams, com dois. Toronto conseguiu pontar buscando jogadas de infiltração com seus guards, que acabava resultando em faltas. Anunoby e Ibaka continuaram bem, e os Raptors se aproveitaram do mau momento dos celtas, que sofreram um apagão extremo a partir da metade do período. Kemba Walker e Marcus Smart não haviam aparecido em quadra até então, um jogo muito ruim de ambos.  E ninguém de Toronto previu que ambos iriam acabar com a partida no último quarto. Smart, que havia errado arremessos sem contestação alguma, foi simplesmente surreal: foram 12 pontos em menos de 4 minutos. Cestas espíritas, bem defendidas, e que os Raptors não podiam fazer nada a respeito. A vantagem de 8 pontos para os canadenses no início do período já não existia mais, e o empate no placar ocorreu rápido demais para Toronto processar. E não acabou por aí: Smart ainda fez uma jogada espetacular, anotando três pontos mais a falta para virar o jogo. Os Raptors ainda estavam vivos em quadra, mas o “meteoro” Marcus Smart causou uma nítida desconcentração na equipe. Muitos turnovers, faltas bobas, arremessos desperdiçados, e os Celtics começaram a estabelecer como melhores em quadra. Os canadenses se recuperaram da falta de concentração, e conseguiram forçar Boston a perder a bola; a situação melhorou ainda mais quando Tatum fez uma falta técnica depois de socar o ar contestando uma falta de ataque. Lowry converteu o lance livre, e sofreu uma falta logo em seguida, convertendo os dois arremessos. A diferença no placar era de apenas um ponto, e a posse era de Boston. Em lance parecido com o do jogo 4 contra Philadelphia, Kemba Walker deu um crossover espetacular em Ibaka, e anotou o arremesso de meia distância para sacramentar a vitória celta. Os Raptors ainda tiveram duas oportunidades de empatar, mas desperdiçaram ambas, a primeira com Siakam pisando fora da quadra.  Final: Boston Celtics 102-99 Toronto RaptorsO basquete ruim de Walker e Smart até o último quarto com certeza foi um dos principais motivos da atuação abaixo do normal de Boston, se compararmos ao jogo 1. Mas, graças a ambos, a equipe conseguiu a vitória no último período. Toronto apresentou uma enorme melhora, mas não o suficiente; os erros, por mais que tenham sido poucos, custaram bastante.  Tatum foi o cestinha da partida, com 34 pontos, 8 rebotes e 6 assistências, se aproveitando bastante das faltas: 14/14 nos lances livres. Mas é inegável que o destaque do confronto foi Smart. 19 pontos, 16 deles no último quarto. Kemba Walker teve atuação parecida: 17 pontos, 11 deles no último período. O armador também anotou 6 rebotes e 4 assistências. Jaylen Brown (16 pontos e 8 rebotes) foi bem, e Robert Williams, apesar do primeiro quarto espetacular, com 10 pontos, não fez nada no restante do confronto, anotando apenas um ponto nos outros três períodos.  OG Anunoby foi o cestinha de Toronto, anotando 20 pontos e 7 rebotes. Uma ótima partida, mas que fica marcada pelas faltas bobas no último período. Van Vleet teve boa atuação, com 19 pontos, 5 rebotes e 7 assistências, mas sumiu no quarto período: apenas 3 pontos. Ibaka foi o verdadeiro destaque dos canadenses: 17 pontos, 9 rebotes, 2 tocos, com 58% de aproveitamento nos arremessos (7/12). Siakam e Lowry tiveram bons números, mas em relação à eficiência, decepcionaram. O camaronês anotou 17 pontos, 8 rebotes e 6 assistências, mas teve apenas 38% de aproveitamento (6/16), e um erro que pesou muito no último minuto do confronto, pisando fora da quadra na posse que poderia levar Toronto ao empate no placar. Lowry anotou 16 pontos, 5 rebotes, 7 assistências e 4 steal. Excelente atuação, mas teve 31% de aproveitamento nos arremessos (5/16), e zerou no perímetro (0/7).  O jogo 3 será na quinta-feira (03/09), às 19:30, com o mando de quadra de Boston. 

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