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Fórmula 1

Mercedes afirma que se Hamilton não tivesse parado nos boxes, teria terminado no final da zona de pontuação

(por Mattheus Prudente)A maior polêmica do GP da Turquia foi a briga de Lewis Hamilton com a Mercedes por conta de uma parada nos boxes na corrida. Enquanto Hamilton não queria parar, a equipe o chamou para os boxes, o que causou revolta no piloto britânico após ter caído para quinto. No entanto, a Mercedes afirma que se não tivesse feito isso, o dano seria ainda maior. “Se as coisas se estabilizassem no momento que o trouxemos para os boxes, e tivesse sido consistente daquele momento até o final, acreditamos que ele perderia a posição para Sergio Perez, mas se manteria à frente de Charles Leclerc, que terminou em quarto. Esse cenário só seria possível se os pneus não tivessem se desgastado, mas estava claro que estavam. O cálculo que nós não tínhamos até o fim da corrida era de deixar o desgaste que vimos em Esteban (Ocon) em Hamilton. Ele foi o único que terminou com nenhuma parada. Se colocarmos esse desgaste em Lewis, ele perderia várias posições, quase saindo da zona de pontuação. Dito isso, ele ficaria numa briga com Carlos (Sainz) até o final. Esse cálculo não pode ser feito na hora da corrida, pois você está dependendo de informações futuras.” Disse Andrew Shovlin, um dos engenheiros da Mercedes. Hamilton estava com os pneus intermediários desde o começo da corrida, e, por isso, a equipe decidiu pará-lo, contrariando a vontade do piloto. Esteban Ocon foi o único a terminar sem parar, acabando em décimo. No entanto, ele se viu em situação complicada quando perdeu 18 segundos para Lance Stroll nas últimas cinco voltas.  Por pensar que Hamilton iria perder o pódio de qualquer jeito, Shovlin explicou que a Mercedes escolheu “diminuir suas perdas”, ou seja, garantir que o britânico estivesse em uma posição para continuar brigando de perto pelo título, já que Max Verstappen estava somando 18 pontos com o segundo lugar. A diferença entre os dois é, agora, de seis pontos, com Verstappen à frente. A equipe havia mandado Hamilton parar bem antes da volta 50, quando a parada aconteceu, mas o britânico pediu para ficar na pista, coisa que a equipe acatou. Seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas, tomou vantagem de outro que decidiu tentar ir até o final sem paradas, ganhando muito tempo em relação à Leclerc antes de tomar a liderança e, posteriormente, vencer a corrida. Leclerc explicou que os novos pneus intermediários estavam com uma “fase de desgaste” antes de retomar ao ritmo normal, sendo essa uma das reclamações de Lewis. Após a corrida, Hamilton afirmou novamente que gostaria de ficar na pista até o final, dizendo que “não confiou em seu instinto” de continuar na pista, ignorando as ordens da equipe, enquanto Toto Wolff, diretor da Mercedes, defendeu a estratégia da equipe. A disputa pelo título continua no GP do Estados Unidos, no fim de semana do dia 22. 

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