(por Jefferson Castanheira) A pista de rua de Nashville provavelmente não teria uma inauguração melhor do que a primeira edição do Music City GP, na capital do estado de Tennesse. Nove bandeiras amarelas, duas bandeiras vermelhas, acidente feio ainda nos aquecimentos, com Jimmie Johnson estocando seu carro no muro, e uma reviravolta espetacular de Marcus Ericsson foram chaves desta etapa inaugural. Após a largada já conturbada e com Josef Newgarden caindo pelas tabelas após se perder no engarrafamento, a primeira bandeira amarela apareceu na pista com Dalton Kellett tendo pane no carro, logo na volta 2. Na relargada da volta 5, um acidente espetacular fez Marcus Ericsson decolar após bater na traseira de Sebastian Bourdais. Por incrível que pareça, o carro de Ericsson teve somente danos no bico e conseguiu reparar maiores danos nos boxes. Com essa parada extra, o sueco iniciou uma sequência estratégica fenomenal, aproveitando as bandeiras amarelas restantes, que deixaram Ericsson na primeira posição com 25 voltas para o final. O caos completo foi acontecendo em abundância durante a prova: na volta 20, por exemplo, um engavetamento digno de uma neblina na serra do mar foi visto logo na curva 2, com Will Power fazendo uma barbeiragem forte e prensando o próprio companheiro de Penske, Simon Pagenaud, no muro. Como a batida foi completamente forçada por Power, perdido na pista, não deu tempo para os carros de Takuma Sato, Cody Ware, Rinus Veekay e Jimmie Johnson se protegerem, gerando uma bandeira vermelha que literalmente bloqueou o tráfego da pista. Colton Herta poderia ser classificado com o melhor piloto da prova, mas um erro ao pressionar o então líder Marcus Ericsson, com seis voltas para o final jogou no lixo todo o baile que Herta estava colocando nos adversários, fazendo ultrapassagens surreais após perder a liderança (Herta foi o pole-position mas chegou a ser nono devido as bandeiras amarelas). O piloto da Andretti perseguia com muito mais carro o sueco quando errou na saída da curva e “chapuletou o muro”, abandonando a prova. A relargada aconteceu com três voltas para o fim, com Ericsson se defendendo de Scott Dixon, segundo colocado, sempre alheio às maluquices da pista e mais uma vez sendo constante como sempre foi. Mas, Ericsson se defendeu, e após a decolagem na volta 5, no espetacular acidente, decolou para sua segunda vitória na temporada, com gosto de conquista impensável. Dixon foi o segundo, com Hinchcliff conquistando seu primeiro pódio na temporada em terceiro. Os restantes sobreviventes completaram o Top-10: Ryan Hunter-Reay foi o quarto, seguido de Graham Rahal, Ed Jones, Alex Palou, Felix Rosenqvist e Hélio Castroneves se salvando do bolo em nono, com Newgarden fechando os dez primeiros. Alex Palou ainda lidera o campeonato com 410 pontos, seguido da raposa Scott Dixon com 368. A etapa seguinte já é no próximo final de semana, no GP misto de Indianapolis.
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