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Lendas que trocaram de uniforme na NFL

(por Rodrigo Mota)Muitas pessoas quando chegam em uma certa idade gostam de se acomodar e evitar os desafios, certo? Bom, não é o caso desses caras! Vamos falar sobre ídolos da NFL que atuaram com outras camisas antes de pendurar as chuteiras. Assim como Tom Brady, que deixou o New England Patriots após 20 temporadas, outros jogadores já fizeram o mesmo no passado, e aqui vamos recordar algumas passagens de lendas em outro capítulo de suas histórias.Emmit Smith – Arizona CardinalsSmith entrou para a história na NFL devido a sua passagem no Dallas Cowboys, lá ele conquistou tudo, vencendo três Super Bowls, sendo oito vezes indicado ao Pro Bowl e MVP, e conseguiu quebrar o recorde que detêm até hoje de líder de jardas terrestres na história da NFL com 18.355 jardas, sendo 17.162 como um Cowboy, quebrando o recorde quando ainda atuava pela equipe. Mas, após alguns anos de temporadas frustradas, Smith se viu no fim da sua passagem em Dallas, e em vez de se aposentar resolveu dar mais um giro pela liga, assinando então com o Arizona Cardinals. Smith atuou por duas temporadas no Arizona, em 2003 e 2004, mas seus números foram muito aquém dos tempos gloriosos de Cowboys. Em sua temporada de estreia nos Cardinals, Smith teve seus piores números da carreira, no ano seguinte no entanto, sua performance foi melhor quase atingindo a casa das 1000 jardas, mas ainda assim, não foi o suficiente para tirar o Arizona Cardinals da miséria. Reggie White – Carolina PanthersO “Ministro da defesa” como era apelidado, sacramentou sua carreira no Philadelphia Eagles (1985-1992) e no Green Bay Packers (1993-1998), nessas duas passagens White realmente carimbou seu nome na história do futebol americano, sendo considerado por muitos como o melhor jogador defensivo da história da liga, Reggie acumulou 13 aparições no All-Pro, duas vezes MVP defensivo da NFL e campeão do Super Bowl com o Green Bay Packers, além de estar em segundo no ranking de sacks da história da NFL com 198 (apenas Bruce Smith na frente com 200). Porém, antes de se aposentar de vez, White resolveu fazer mais uma parada na sua trajetória da NFL, e escolheu o Carolina Panthers para desembarcar. Já com 39 anos, White jogou todas as 16 partidas pela equipe na temporada, mas não conseguiu repetir a mesma performance que teve em anos anteriores. Ao fim da temporada 2000, White se aposentou em definitivo e não atuou mais pela NFL. Johnny Unitas – San Diego ChargersUnitas foi um dos maiores jogadores de seu tempo. O quarterback atuou juntamente num momento em que se iniciou a popularização da NFL e se tornou praticamente um símbolo da liga. Jogando pelo Baltimore Colts, Unitas conquistou oito aparições no All-Pro, 10 aparições no Pro-Bowl, foi três vezes MVP da liga, alem de três títulos da NFL (era pre Super Bowl) e um título de Super Bowl. Sua passagem pelos Colts foi marcante, o que o levou a ser considerado como um dos maiores jogadores de todos os tempos. Ao fim da sua carreira, no entanto, muitos não sabem que Unitas teve um breve passagem por San Diego. O camisa 19 conquistou sua última vitória na liga jogando pelos Chargers, mas sua passagem durou apenas quatro jogos, com campanha de 1-3 e três touchdowns com sete interceptações, além de um rating de apenas 40. Ed Reed – Houston Texans/New York JetsClaro que todos se lembram de Ed Reed no Baltimore Ravens! Fazendo par com Ray Lewis, Reed foi responsável por criar uma das melhores defesas já vistas na história da liga. Não só pelo trabalho em equipe, mas seu desempenho individual sempre foi alto, Reed acumulou como raven 8 aparições no All-Pro, foi 3 vezes líder em interceptações da NFL e MVP defensivo em 2004, ainda fechou sua passagem com chave de ouro sendo campeão do Super Bowl XLVII em 2012, a última temporada que atuou com a camisa de Baltimore. Porém, durante o ano, Reed mencionou que poderia continuar jogando, na temporada seguinte, e após vencer seu contrato com o time em que se tornou ídolo, Reed encontrou nova casa no Houston Texans. O atleta fez a sua estreia contra o Baltimore Ravens em 28 de setembro de 2013. Mas, com o passar da temporada, Reed viu seu tempo em campo ser reduzido e eventualmente os Texans o cortaram do elenco por conta do seu alto salário para a época (15 milhões de dólares por 3 anos). Após a passagem frustrante nos Texans, Reed não jogou a toalha e acertou com New York Jets, se juntando a Rex Ryan seu antigo coordenador defensivo em Baltimore. Nos Jets, Reed foi mais feliz e disputou sete partidas, anotando três interceptações, quatro passes defendidos e 22 tackles, dando no fim de 2013 seu adeus oficial dos gramados da NFL. Joe Namath – Los Angeles RamsJoe Namath construiu sua fama e carreira no New York Jets. Nao só pelo seu talento dentro de campo, mas por seu estilo de “playboy” na cidade de Nova York, “Broadway Joe” se tornou um ícone da cultura pop dos Estados Unidos na época. Namath se consolidou quando conduziu os Jets a sua única aparição e vitória no Super Bowl III, em cima do Baltimore Colts, protagonizando uma das maiores zebras da história da NFL. Porém, com o passar do tempo, Namath foi perdendo seu brilho e, antes de encerrar sua carreira, mais uma vez entrou no radar da mídia, mas desta vez por trocar de time, ao ir ao Los Angeles Rams. Sua aventura em Los Angeles durou apenas quatro partidas, onde Namath lançou três touchdowns e cinco interceptações antes de parar no banco de reservas e se aposentar ao fim da temporada de 1977. Joe Montana – Kansas City Chiefs“Joe Cool” foi a cara da franquia do San Francisco 49ers na década de 80. A equipe venceu quatro Super Bowls sob o comando do camisa 16, e em três decisões, Montana foi eleito o MVP, além de uma ficha invejável nos seus Super Bowls com 1142 jardas 11 touchdowns 0 interceptações e rating médio de 127,8, o fazendo ser considerado pela maioria como o maior quarteback da sua geração. Mas, apesar da sua trajetória vitoriosa no “Golden State” nem tudo foram flores em sua passagem pela equipe. Em 1991, Montana sofreu uma lesão no seu cotovelo, contusão que fez o astro perder toda a temporada de 1991 e boa parte de 1992, onde Montana só atuou na última partida da temporada regular contra o Detroit Lions. Com Steve Young se consolidando como seu sucessor, Montana resolveu evitar a disputa pela posição e pediu troca para a diretoria dos Niners. A negociação foi realizada e em 1993, Montana foi atuar com a camisa 19 no Kansas City Chiefs. Apesar de não estar mais em seu auge, Montana conduziu os Chiefs a uma campanha de 11-5, classificando a equipe a pós-temporada, lá Montana mostrou sua estrela novamente e conduziu os Chiefs a duas vitórias nos playoffs, mas o sonho de Super Bowl ficou na decisão da AFC contra o Buffalo Bills. Em 1994 Montana, retornou a campo e conseguiu mais uma vez conduzir a equipe a pós-temporada, com campanha de 9-7, desta vez, no entanto, Kansas City parou logo no Wild Card para o Miami Dolphins. Brett Favre – Minnesotta Vikings“Viu quem vai voltar a jogar? O Brett Favre” o fã raiz de futebol americano certamente já deve ter feito essa piada, e com razão, pois a jornada de Favre na NFL teve várias paradas, fora as ameaças. Favre foi ídolo do Green Bay Packers na década de 90 e no início dos anos 2000. Lá ele conquistou 11 seleções ao Pro Bowl, 6 aparições no All-Pro, 3 vezes MVP da NFL, e um anel de Super Bowl. A relação de Favre com os Packers sempre foi afetuosa, até pelo seu estilo de “8 ou 80”, o craque conquistou a admiração dos fãs, por seu estilo de jogo aventureiro. Porém, com a idade chegando, os Packers resolveram selecionar seu sucessor no draft de 2005, adquirindo Aaron Rodgers no fim da primeira rodada. Favre, que havia ameaçado parar de jogar algumas vezes, decidiu permanecer na equipe de Wisconsin até 2007, quando finalmente anunciou a sua aposentadoria em 2008. No entanto, no mesmo ano começaram a surgir boatos que Favre gostaria de retornar aos gramados, e pouco tempo depois o New York Jets confirmou a troca do experiente quarterback para a sua décima oitava temporada na liga. Sua passagem nos Jets começou bem, mas perdeu força com o andamento da temporada. Em 2009, mais uma vez Favre havia oficialmente se aposentado, mas novamente começaram as conversas sobre um possível retorno, e novamente Favre resolveu voltar da aposentadoria para se tornar membro do Minnesota Vikings, um dos maiores rivais dos Packers, manchando sua imagem em Green Bay. Sua passagem por Minnesota pode ser considerada vitoriosa, em 2009 ele conduziu os Vikings para uma campanha de 12-4 , perdendo na final da NFC para o New Orleans Saints, o rendendo sua última convocação para o Pro Bowl. Em 2010 Favre anunciou que retornaria para a temporada seguinte dos Vikings e o fez, mas com campanha de 6-10 a equipe falhou em se classificar a pós-temporada. Após a conclusão da temporada de 2010, Favre finalmente anunciou a sua aposentadoria definitiva, e não voltou mais a atuar. Bruce Smith – Washington RedskinsDono do recorde de sacks da NFL, Bruce Smith foi membro do emblemático time do Buffalo Bills da década de 90. Smith fez seu nome jogando em Buffalo entre 1985 a 1999, onde emplacou 15 temporadas seguidas de altíssimo nível. Jogando nos Bills, Smith acumulou 10 aparições no All-Pro, venceu duas vezes o prêmio de MVP defensivo e 4 vezes o prêmio de MVP defensivo da AFC, além de ter sido parte crucial da equipe que conseguiu quatro aparições consecutivas em Super Bowl (1990 a 1993). Após ser cortado dos Bills devido ao alto salário, Smith ainda teve gasolina no tanque para atuar por mais três temporadas, mas desta vez pelo Washington Redskins. Apesar de entrar majoritariamente em situações de passe, Smith ainda conseguiu algumas faíscas do seu antigo desempenho em Buffalo, e em sua temporada final, ultrapassou Reggie White na lista de sacks da NFL com 200. Sua consistência, e seu instinto natural colocam Smith, como um dos maiores defensores de todos os tempos e sem dúvida um dos melhores “pass-rushers” que a liga já viu. Peyton Manning – Denver BroncosManning é um dos casos mais recentes da nossa lista, e com certeza os fãs mais jovens nem devem imaginar que o astro já foi a cara do Indianapolis Colts, mas, sim! Manning ainda é lembrado para os fãs mais antigos como o camisa 18 dos Colts. Manning foi selecionado como a primeira escolha geral do draft de 1998, e foi em a partir daí que o atleta começou a se consolidar como um dos maiores jogadores da história da liga. Nos Colts, Manning conquistou 11 aparições no Pro Bowl, oito aparições no All-Pro, quatro vezes MVP da NFL e um título de Super Bowl em 2006, se tornando um dos mais eficientes jogadores que a liga já viu. Mas, poucos contavam com a virada de destino que sua carreira teria em 2011. Após sofrer uma lesão no pescoço, Manning perdeu toda a temporada de 2011 e ao término da temporada, chocantemente, os Colts liberaram o emblemático jogador. Não se sabia o que esperar de Manning nos anos seguintes, mas, em 2012, o Denver Broncos entrou em acordo com o jogador em um contrato com duração de cinco anos. E seu segundo capítulo na NFL teve muito sucesso. Logo em 2012 os Broncos subiram de patamar e conquistaram uma campanha de 13-3 a melhor da AFC, mas a equipe não conseguiu passar do Baltimore Ravens logo na primeira partida da temporada. Em 2013, Manning voltou ainda melhor registrando suas melhores marcas pessoais com 5.477 jardas e 55 touchdowns (ambos recorde da NFL) e o título de MVP, conduziu os Broncos ao Super Bowl, mas novamente a equipe se viu derrotada, desta vez para o Seattle Seahawks. Após uma temporada de 2014 menos entusiasmante, em 2015 Manning fez sua última temporada na NFL, apesar de perder cerca de metade da competição por conta de uma lesão, e viver uma fase muito abaixo do seu auge, Manning deu a volta por cima na pós-temporada onde conduziu a equipe a vitória do Super Bowl 50 sobre o Carolina Panthers. Após o término da temporada, Peyton resolveu anunciar a sua aposentadoria da NFL.

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