(por Matheus Correia) Em excelente forma, o Boston Celtics conseguiu a vitória em um ótimo duelo contra os Blazers. Duas equipes com um nível parecido de talento, com suas estrelas em boa fase (Tatum e Lillard), e posições de classificação parecidas em suas respectivas conferências (Boston 5º, Portland 6º). Mas, o momento dos celtas é melhor, e parte da razão disso é Jayson Tatum, que mais uma vez foi decisivo em quadra. Quando se trata de Portland Trail Blazers, existem duas coisas que são bastante previsíveis: a primeira é que a equipe vai focar seu ataque nos arremessos de perímetro e a segunda é que os adversários explorarão sua fragilidade na defesa de garrafão e de perímetro. Bem, foi isso o que vimos no primeiro quarto desta partida. Sete bolas de três foram suficientes para colocar Portland na frente do placar nos doze minutos iniciais, com Boston tendo também de recorrer aos arremessos de longa distância frequentemente por encontrar dificuldade (e falta de tamanho) para vencer Jusuf Nurkic debaixo da cesta. Um primeiro período ofensivo, com os Blazers vencendo por oito pontos (38-30). Carmelo Anthony, que havia entrado bem no fim do primeiro quarto, continuou com tudo no segundo período, anotando sete pontos em quatro minutos. Portland conseguiu a manutenção da vantagem até metade do quarto, quando Boston se recuperou com uma run de 16-2, trabalhando bem a bola no ataque, forçando turnovers, aproveitando contra-ataques e conseguindo virar o placar na reta final do primeiro tempo. Entretanto, uma sequência de nove pontos coroada com uma bela bola de três pontos de Norman Powell colocou os Blazers na frente novamente, que saíram com a vantagem na ida aos vestiários (60-57). No terceiro quarto, foi Nurkic que teve um bom início para Portland. Trabalhando bem tanto atacando a cesta como fora da bola, o pivô foi peça importante no ataque, mas defensivamente, não conseguia ajudar seus companheiros que facilmente eram vencidos no um contra um. Boston aproveita mismatches para conseguir trilhar seu caminho à cesta adversária, conseguindo faltas e também trabalhando a bola com jogadores que ficavam livres no perímetro por conta do deslocamento da defesa dos Blazers. A estratégia parece ter funcionado mais que o jogo de perímetro dos adversários, que passaram a buscar muito mais o arremesso de média distância ou no garrafão, e a equipe visitante terminou o terceiro quarto na frente (87 – 92). O último período teve um início “lá e cá”, com Portland percebendo a dificuldade em vencer a defesa de perímetro de Boston e continuando a explorar jogadas de infiltração e arremessos de média de distância. Os celtas não fizeram muito diferente do restante do jogo, apostando na velocidade e embates um-contra-um. Com a reta final se aproximando, a bola de três começou a cair para Portland. Primeiro com Carmelo Anthony, que impactava a partida sempre que entrava em quadra, e depois com Damian Lillard, arremessando mesmo sobre pressão e contestações adversárias. Com o “crunch-time” chegando, as individualidades começaram a se sobressair perante o coletivo. CJ McCollum deu um belo crossover em Marcus Smart para conseguir dois pontos e deixar a diferença em apenas três pontos no placar. Robert Williams aproveitou passe de Tatum para vencer Carmelo no físico debaixo do garrafão e conseguir a cesta, mas, logo em seguida, viu Lillard receber um passe inbound de McCollum para anotar uma cesta de três e empatar o placar (109-109). Robert Williams novamente usou de seu físico para conseguir dar um “tapinha” para bola cair depois de uma bandeja desperdiçada por Tatum. Na jogada seguinte, Lillard infiltrou na defesa de Boston, que falhou ao deixar CJ aberto no canto direito da quadra. Lillard fez o passe e McCollum anotou os três pontos, colocando Portland na frente do placar (112-111) com um minuto restante no relógio. Tatum conseguiu ir a linha de lance livre, convertendo ambos os arremessos e colocando os Celtics na frente novamente (112-113). Os Blazers desperdiçaram a posse, e a bola era dos celtas com 15 segundos restantes. Tatum recebeu passe de Walker, gastou tempo no relógio e ignorou a marcação de McCollum com um belo arremesso step-back, convertendo e colocando Boston muito perto da vitória com 7.8 segundos restantes de partida (112-116). Portland pediu um tempo para sair com a bola no campo de Boston, e Norman Powell converteu uma cesta de três pontos espetacular (115-116). Os mandantes fizeram a falta rápida em Marcus Smart, que foi inteligente o suficiente na linha de lance-livre ao errar o segundo arremesso, deixar Damian Lillard pegar o rebote apenas para encarar a marcação dupla de Tatum e Brown. O armador de Portland ficou sem espaço, e foi obrigado a fazer o arremesso “full-court” no estouro do relógio. Resultado final: Portland Trail Blazers 115 – 116 Boston Celtics Um excelente confronto, com boas atuações individuais, ajustes defensivos, interessantes estratégias em quadra e excelentes jogadas. Sendo disparado o destaque de Boston desde a trade deadline, Tatum continua em excelente forma. Nesta partida, contribuiu com 32 pontos, 9 rebotes e 5 assistências em um aproveitamento de 59% de field-goal. O restante do quinteto titular da equipe também foi excelente: Jaylen Brown anotou 24 pontos e 4 rebotes, Walker contribuiu com 21 pontos, 8 rebotes e 7 assistências, Robert Williams continua a demonstrar regularidade anotando 16 pontos, 7 rebotes e 4 assistências e Marcus Smart fecha a lista com 13 pontos, 4 rebotes e 7 assistências. Atuação boa dos titulares, mas fraca do banco, que somou apenas 10 pontos. Portland inegavelmente jogou bem, mas a equipe mais uma vez se mostrou refém da fraca defesa. Damian Lillard foi excelente, anotando 28 pontos, 5 rebotes e 10 assistências. Carmelo Anthony foi letal saindo do banco, anotando 25 pontos em um aproveitamento de 67% de field-goal. Norman Powell contribuiu com 20 pontos e 4 rebotes, enquando CJ McCollum anotou 16 pontos, 7 rebotes e 5 assistências. Nurkic ficou não chegou a dígitos duplos em nenhuma estatística, mas ficou perto de um triple-double com 8 pontos, 9 rebotes e 7 assistências.
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