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Futebol

Flamengo recupera confiança, Michael cresce, mas ainda há o que corrigir

(Por Isaac Simões) A goleada por 4 a 0 sobre um frágil São Paulo no Morumbi, no domingo (14), parece ter finalmente tirado o Flamengo da crise das últimas semanas. Mesmo diante de um adversário que levou pouco perigo ao gol de Hugo Souza, os rubro-negros estão em êxtase e pretendem lotar o Maracanã na quarta-feira (17) contra o Corinthians também pelo Brasileiro. Deixando de lado a euforia da Magnética, é preciso olhar para o time com mais atenção e questionar o motivo que permitiu ao Tricolor do Morumbi, mesmo com um jogador a menos e com dois gols de desvantagem no placar, ainda ter alguns espaços no setor defensivo carioca. O Flamengo de Renato Gaúcho procura ser agressivo, mantém a posse de bola (característica histórica do clube da Gávea), mas não é equilibrado. Vários foram os jogos em que os goleiros precisaram salvar a equipe e, quando não conseguiram, as vitórias escaparam, como diante de América-MG, Cuiabá, Bragantino, Athletico-PR, e também a Chapecoense. De fato, as inúmeras ausências de jogadores importantes atrapalham o desempenho da equipe como um todo, mas a maioria dos flamenguistas sentem que não há um encaixe na defesa. Contra o São Paulo, por exemplo, Rodrigo Caio falhou aos 12 minutos e, se não fosse o escorregão de Rigoni cara a cara com Hugo, o Tricolor poderia ter reagido. Lances como esse em bola longa tem custado à defesa rubro-negra em outras partidas, contra o Palmeiras seria quase letal.Para piorar, a dupla de zaga considerada titular está entregue ao Departamento Médico e só os próximos dias vão dizer quais serão as reais condições para o dia 27 em Montevidéu.Se existe algo para ser comemorado (e muito) no clube carioca é a grande fase de Michael. Com os dois gols no Morumbi, o atacante se tornou o artilheiro do Brasileirão, mas o entrosamento atuando pelo lado esquerdo, ao lado de Bruno Henrique e Gabigol, é o mais importante. O camisa 19 pode ser a solução para a possível ausência de Arrascaeta no time, e está claro que Renato pretende usar os últimos três jogos para afastar todas as dúvidas.Com Michael em campo, Bruno Henrique fica mais perto de Gabigol, atua como segundo atacante e, por vezes, faz o papel de centroavante, em rápidas trocas de posições, confundindo a defesa adversária. A velocidade do baixinho, também é um ponto forte no revezamento da marcação do lateral-direito rival, e diminui o desgaste físico dos flamenguistas.É um raciocínio lógico: se Arrascaeta voltar em boas condições para a final da Libertadores, Renato teria Michael no banco para tentar mudar os rumos da decisão no decorrer da partida. Caso o uruguaio não se recupere o treinador colocaria o camisa 19 no início e com o time acostumado a atuar ao lado dele.O Flamengo vai se ajustando até a Glória Eterna. Pelo menos no ataque, os rubro-negros demonstram um pouco mais de tranquilidade. Falta resolver lá atrás. Ainda resta onze dias para Renato Gaúcho ajustar finalmente tudo o que precisa e colocar um Flamengo pronto para encarar os comandados de Abel Ferreira.

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