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Automobilismo

Ex-funcionário revela racismo e homofobia nos bastidores da Aston Martin

(por Rafael Lima) Uma entrevista bombástica de um ex-funcionário da Aston Martin à Sky News, revelou que existe racismo e homofobia no dia a dia da equipe. Aidan Louw, de 25 anos, foi contratado por uma fornecedora da Aston Martin como laminador, para atuar no carro de Sebastian Vettel, mas logo de cara passou a conviver com apelidos racistas. “Antes mesmo de eu entrar no meu ambiente de trabalho, me disseram: ‘Olha, se você tiver um problema com a maneira como falamos aqui, é só a maneira como falamos’”, Disse Louw. “Eu passei de moreninho para escurinho. Não se referiam a mim com Aidy ou nada assim. Me chamavam de n* e escurinho. É assim que se referiam a mim. Foi perto do fim daquele período que eu finalmente processei o que estava acontecendo”, seguiu.E o ex-funcionário continuou o relato mostrando o quanto aquilo o afetava. “Eu entrei em um ciclo de turno após turno, um ciclo de abuso após abuso, com palavras que iam de n* a moreninho a totalmente negão, que foi onde eu tracei uma linha e disse não”, explicou.Além dos insultos raciais, Aidan alega que também passou a sofrer com ataques homofóbicos. “Revelei para alguém que tive um namorado na minha juventude e foi isso. Em questão de segundos, tudo mudou”, contou. “Assim que descobriram aquela informação, começaram a tentar me derrubar como homem, como indivíduo e como humano”, afirmou.A emissora entrou em contato com a Aston Martin, que explicou a demissão do funcionário por motivos de desempenho e má gestão de tempo, algo que Aidan concordou, mas relacionou com os abusos sofridos dentro do ambiente de trabalho.A Aston Martin, após a divulgação da entrevista, emitiu um comunicado: “A AMR e seus fornecedores operam com uma política de tolerância zero em relação a racismo, homofobia e todos os tipos de discriminação. Lidamos com todas as alegações deste inaceitável comportamento de maneira muito séria, incluindo por meio de uma investigação de tais alegações e com sanções aos indivíduos que não atingem os nossos padrões. Neste caso, o queixoso foi devidamente acreditado, agimos imediatamente em relação às queixas dele e tomamos as medidas adequadas alinhadas com a nossa política de tolerância zero. Estamos em discussão com ele”.

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