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Automobilismo

Eu te amo, Red Bull Racing

(por Ricardo Menegueli) Eu tinha prometido pra mim mesmo não escrever esse texto hoje, eu confesso que tentei. Mas, nao vou conseguir. Quero pegar isso quente, fervendo!A Red Bull está no panteão das maiores da história, e eu consigo provar.Eles começaram sonhando grande, como sempre sonham e brilham nos esportes radicais. Escolhem a dedo seus atletas, investem, colocam fé e vontade em tudo o que fazem.Entraram na Fórmula 1 através de parceria com a Sauber, mas sonharam muito alto. Criaram uma equipe, herdando o projeto da Jaguar, que foi colocada à venda em 2004. E 2005 veio.  Eles levaram cinco anos não apenas para criar um projeto sólido, mas também para se consolidar entre as grandes do esporte no século XXIEm 2008, subiu um garoto chamado Sebastian Vettel, que fez um campeonato brilhante com a equipe satélite, a Toro Rosso. Reagiu em 2009 e incomodou a imbatível Brawn GP, tirando o vice-campeonato de pilotos de Barrichello.Em 2010, de regulamento novo, a Fórmula 1 se rendeu pela primeira vez, onde a equipe conseguiu o titulo mundial de pilotos e construtores, o que perdurou até 2013, todos com Vettel como campeão de pilotos e Webber também brigando pelo título, em 2010.De 2014 em diante, a Mercedes e o regulamento dos V6 híbridos trouxeram um novo reinado, mas a equipe foi resiliente: esteve sempre entre as três primeiras no mundial de construtores. Parecia impossível desafiar a Mercedes, que achava algo sempre ao longo do campeonato, como encontrou em 2017 e 2018 contra uma ferrari que começou muito forte, mas sucumbiu. Vettel, Ricciardo, Verstappen foram os grandes nomes dos últimos 11 anosVerdade seja dita, muitos erros ocorreram, especialmente nos primeiros e nos últimos cinco anos do projeto.A Red Bull montou uma equipe satélite independente, com o intuito de formar pilotos para a equipe mãe: Lapidar é mais barato do que contratar.Vettel, Ricciardo e Verstappen, todos frutos do mesmo programa. Pilotos com grande repercussão, ganhando corridas. Competentes e velozes. Mas, para cada um desses, muitos outros foram perdidos no processo. Kvyat, Alguersuari, Buemi, para não lembrar todos que passaram pelas mãos de ferro do homem de camisa branca, Helmut Marko. Faenza, antiga Minardi, habemus Toro Rosso! O projeto é sólido, e eles controlam tudo. Latinhas e mais latinhas de energético foram vendidas para que isso pudesse ser possível.Cosworth, Ferrari, Renault, Tag Heuer, Honda! O projeto que a Mclaren não quis, a RedBull trouxe para ela, obviamente que antes de chegar nela, passou pela Toro Rosso. Parte do processo, concordam? Aerodinâmica? Adrian Newey! O homem é ‘brabo’Manda-chuva? Christian Horner! Quem é mais canalha e carismático que Horner hoje no grid? Toto Wolff soa falso e midiático. Eu poderia perder dias falando sobre absolutamente tudo o que sei do time de Milton Keynes, mas quer saber? Isso você acha por ai. A história de um amorEm 2009, frustração me tomou quando Barrichello foi derrotado por Button e torci muito por Vettel, muito mesmo. O homem tava na casa.Em 2010, me apaixonei de vez! Os caras chegaram pra ficar! Enquanto Massa era ordenado para ajudar o Alonso no título de pilotos, Webber e Vettel se matavam na pista. Que fã de Fórmula 1 não é apaixonado por isso? Senna contra Prost, Mansell frente a Piquet, entre tantos exemplo.Desde então, eu acompanho. Comprava um red bull toda corrida e apreciava. Ria da reclamação dos que torciam contra, está tudo bem, eles também riram em 2014, quando “somente” conseguimos três vitórias.Em 2018 estava chateado, confesso. Ricciardo era meu piloto favorito, apostaram no Max. Mas, eu juro, “superMax”, nunca te critiquei!  Nunca fui contra você, nunca disse que você tinha o carisma de uma batata ou que era apenas um moleque mimado, estão mentindo pra você.Quer saber? Você entrou na mente de um heptacampeão mundial, você é ‘zica’! Você foi desleal, mas tudo bem também, ninguém que foi campeão mundial vai ser canonizado. É bem dificil ser torcedor de uma equipe que nunca teve um brasileiro, ninguém entende. Mas quem explica esporte ou gostar de algo? Eu não vou explicar, não preciso. Falem o que quiser, reclamem, mas em um esporte onde fãs reclamavam da competitividade, ela está de volta. Dentro do regulamento que outra equipe dominou por 7 longos anos. Sete!O amor pelo esporte sempre foi algo grande. Pessoas vendem carros, casas, eu mudei de continente para poder ver outros GPs. Sim, isso pesou na minha mudança de país em 2013, e a primeira coisa que fiz quando pisei em Sepang foi comprar a camisa de tetracampeão do Vettel, a de campeão de 2013 da Red Bull, além de ir para a pista realizar o sonho de assistir um fim de semana de GP fora do Brasil. Vocês resgataram minha paixão pelo esporte em completo, me trouxeram de volta pra frente da TV, me influenciaram a mudar de continente. Se isso não é amor, eu tô maluco. Red Bull Racing, eu te amo! E enquanto vocês estiverem na Fórmula 1, estarei torcendo! Estou falando de um senhor projeto, de quem sabe o que está fazendo, e todo dia essa paixão fica maior.E para o Max, mil desculpas! Eu realmente duvidei que você era a escolha certa, mas quem sou eu para não me render a um campeão mundial que tomou de assalto após 7 anos de hegemonia da Mercedes? Se for um sonho, me acordem amanhã, hoje estou comemorando.

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