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Esquenta Finais da NBA – A história do Phoenix Suns nos Playoffs

(por Vinicius Freitas) Apesar da ótima campanha na temporada regular, terminando como vice-líder da Conferência Oeste com 51 vitórias e 21 derrotas, o hiato de 10 anos fora da pós-temporada tirava um pouco a confiança de alguns torcedores da tradicional franquia do Arizona, que volta à uma final da NBA depois de 28 anos, sendo esse o terceiro título que a equipe vai disputar em sua história.Depois da vitória por 130 a 103 em cima dos Clippers, na quarta-feira (30/06), fazendo 4-2 na série contra a estreante equipe de Los Angeles em finais, o Phoenix Suns enfrentará o Milwaukee Bucks na decisãoConfira abaixo o histórico da franquia nos jogos de pós-temporada. Início promissor e primeira final disputadaOs Suns entraram na NBA em 68/69, mas não demorou muito tempo para alcançarem a sua primeira final da liga, em 75/76, com menos de 10 anos de vida, A equipe já havia feito boas campanhas anteriormente, conquistando 48 vitórias e 34 derrotas em 70/71 e 49 triunfos e 33 reveses em 71/72 na Conferência Oeste, na época treinados por Cotton Fitzsimmons e com um time bastante competitivo, que tinha o ala-armador Dick Van Arsdale, principal pontuador da equipe, o armador Clem Haskins, o ala Connie Hawkins e o polivalente ala-pivô Paul Silas. Em 72/73 Fitzsimmons deixou a equipe, que caiu de produção e começou a tomar forma depois da chegada de Jon MacLeod, em 73/74, que apesar do começo difícil, aos poucos foi evoluindo o esquema tático do time.Por conta do menor número de equipes na época (8 da Conferência Leste e 9 da Conferência Oeste), apenas quatro equipes iam para os playoffs, e o time de Phoenix acabou não conseguindo se classificar em sua subdivisão, ficando atrás de Milwaukee Bucks (formado por Kareem Abdul-Jabbar, Oscar Robertson, Bod Dandridge e Jon McGlocklin) e Chicago Bulls (de Bob Love, Chet Walker, Jerry Sloan [ex-técnico do Utah Jazz, falecido em 2020] e o reboteiro Tom Boerwinkle) respectivamente nas duas oportunidades. Por mais estranho que pareça, Bucks e Bulls faziam parte da Conferência Oeste nessa época, além do Detroit Pistons, todos da Conferência Leste atualmente. Primeira final e surgimento dos primeiros ídolosMesmo com uma campanha inferior à dos primeiros anos, o Phoenix Suns se classificou para a pós-temporada em 75/76 com 42 vitórias e 40 derrotas. Eram liderados por um dos maiores nomes da franquia, o excelente armador Paul Westphal (20.5pts, 5.4ast e 2.6stl, falecido em janeiro deste ano [2021]), e pelo pivô Alvan Adams (19.0pts, 9.1reb, 5.6ast, 1.5stl, 1.5blk), principais responsáveis pela chegada da equipe em sua primeira final. Venceram o Seattle SuperSonics por 4 a 2 nas semifinais com grande desempenho de Westphal (24.3pts, 6.3ast e 2.3stl), que teve uma atuação extraordinária no jogo 4 (39pts, 6ast e 5stl). Nas finais do Oeste, teriam que superar o Golden State Warriors (atual campeão e com nomes de peso no plantel como Rick Barry e Jamaal Wilkes). O duelo era muito equilibrado, com as equipes alternando vitórias. No jogo 6, com os Warriors liderando a série por 3 a 2, os Suns venciam por 105 a 104 jogando em casa, mas o último ataque era da equipe do Golden State, que com uma cesta simples encerraria a série e iria para a sua segunda final consecutiva. Apesar da boa trama elaborada pelos Warriors, na tentativa de arremesso de meia distância de Jamaal Wilkes, o ala-pivô Gar Heard, conhecido por suas qualidades defensivas, conseguiu interceptar o arremesso e garantir a vitória dos Suns para empatar a série. No jogo derradeiro do confronto, mesmo jogando como visitante, o time de Phoenix conseguiu vencer com autoridade por 94 a 86, exibindo um basquete muito coletivo e dedicado na defesa. Iam enfrentar a calejada equipe do Boston Celtics na grande final, campeã da NBA na temporada 73/74, e com 12 títulos conquistados até aquele momento, com um plantel recheado de estrelas, entre elas Dave Cowens (MVP da temporada 72/73), John Havlicek, JoJo White, além do velho conhecido Paul Silas, ex-integrante dos Suns. Os Celtics fizeram valer o mando de quadra e abriram 2-0 no duelo, vencendo os dois jogos com mais de 10 pontos de vantagem. Os Suns também aproveitaram o apoio da torcida e empataram a série, com destaque para os 33 pontos e 14 rebotes de Alvan Adams no jogo 3. O jogo 5 foi um dos maiores embates da história das finais, que terminou empatado em 95 a 95 e teve três prorrogações, com destaque para o arremesso milagroso de Gar Heard, com um segundo no relógio para empatar o jogo na segunda prorrogação, em 112 a 112. No último tempo extra os Celtics abriram 128 a 122 com 25 segundos para o estouro do cronômetro, e conseguiram segurar a vantagem até o fim, vencendo por 128 a 126 e abrindo 3 a 2 na série. Mesmo jogando fora de casa, o time de Boston conseguiu superar o Phoenix Suns no jogo 6 e conquistar seu 13º título. A franquia de Phoenix não conseguiu conter o forte jogo de garrafão celta, que também tinha um ótimo elenco de apoio e maior vivência em jogos de pós-temporada, e por conta disso acabaram sucumbindo por 4 a 2 e sentindo o sabor amargo do primeiro vice-campeonato em sua história. Adams (23.0, 10.2reb e 1.3stl), Westphal (20.8pts e 1.5stl) e Gar Heard (13.5pts, 9.3reb, 1.7stl e 1.7blk) foram os destaques da equipe no confronto. Depois do vice-campeonato, a equipe contou com a chegada de outro grande nome de sua história, o ala-armador Walter Davis, draftado em 77/78, que formou um grande trio ao lado de Westphal (deixou a equipe em 80/81) e Adams. O time viveu uma boa fase até a primeira metade dos anos 80, conseguindo pelo menos 50 vitórias em 3 temporadas consecutivas (de 78/79 à 80/81, com 50, 55 e 57 vitórias respectivamente), chegando em mais duas finais de Conferência. Em 78/79, ainda com o trio Westphal, Davis e Adams, eliminaram o Portland Trail Blazers de Maurice Lucas por 2 a 1 na primeira rodada, venceram o Kansas City Kings (atual Sacramento Kings) de Otis Birdsong, Scott Wedman e Phil Ford por 4 a 1 nas semifinais, mas acabaram derrotados por 4 a 3 pelo Seattle SuperSonics (de Gus Williams, Jack Sikma e Dennis Johnson) nas finais do Oeste. Em 83/84, com um bom trio formado por Walter Davis, Larry Nance e Maurice Lucas, eliminaram novamente o Portland Trail Blazers de Jim Paxson e Calvin Natt por 3 a 2 na primeira rodada, superaram o forte poder ofensivo do Utah Jazz de Adrian Dantley e Darrell Griffith nas semifinais por 4 a 2, mas tiveram o percurso interrompido pelo Showtime do Los Angeles Lakers (liderados por Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar e James Worthy) nas finais de Conferência, perdendo por 4 a 2. Volta de Fitzsimmons e estilo de jogo empolganteA equipe só voltou a ter destaque depois da volta do técnico Cotton Fitzsimmons em 88/89, formando um time base de muita qualidade, com os jovens armadores Kevin Johnson e Jeff Hornacek, além do bom ala defensor Dan Majerle, selecionado no draft e chegando junto com Fitzsimmons à equipe, além dos experientes Eddie Johnson (ex-Sacramento Kings) e Tom Chambers. Na segunda passagem do técnico pela franquia, (que perdurou até a temporada 91/92) a equipe sempre esteve entre os melhores ataques da liga, com um basquete muito empolgante e eficiente, alcançando mais duas finais de Conferência. Uma delas na temporada 88/89, eliminando o forte ataque do Denver Nuggets, de Alex English, Fat Lever, Michael Adams e o saudoso Walter Davis por 3-0 na primeira rodada, despachando o Golden State Warriors de Chris Mullin e Mitch Richmond por 4 a 1 nas semifinais, porém, sendo superado mais uma vez pelos Lakers nas finais do Oeste por 4 a 0. Em 89/90, superaram o Utah Jazz de John Stockton e Karl Malone por 3 a 2 no começo de sua jornada nos playoffs, se vingaram dos Lakers nas semifinais, fazendo 4 a 1 no confronto, mas caíram para o equilibrado elenco do Portland Trail Blazers (de Clyde Drexler, Terry Porter, Jerome Kersey e Buck Williams) por 4 a 2 na disputa do título da Conferência, mesmo com os 36 pontos de Jeff Hornacek no jogo 6. Apesar da saída repentina de Fitzsimmons, os Suns conseguiram pelo menos 53 vitórias em todas as temporadas comandadas por ele, sendo o grande responsável pela evolução de jogo do time e pelo plantel formado em sua estadia no Arizona. A chegada de Barkley e o segundo vice campeonatoNovamente a franquia sofria mudanças bruscas em seu elenco, sendo agora comandados pelo ex-jogador e ídolo Paul Westphal, e contando com a chegada de um dos melhores jogadores da liga na época, o ala-pivô Charles Barkley, com ótimas médias de pontuação e rebote, mas a equipe acabou perdendo o bom arremessador Jeff Hornacek, envolvido na troca para trazer Barkley. O Phoenix Suns, que agora possuía um elenco bastante equilibrado com Kevin Johnson, Dan Majerle, Tom Chambers, Cedric Ceballos, Danny Ainge, Richard Dumas e Mark West além de Charles Barkley, terminou a temporada com a melhor campanha de sua história, com 62 vitórias e 20 derrotas, exibindo um ótimo jogo coletivo e terminando com o melhor ataque da liga, liderado ofensivamente por Charles Barkley (25.6pts, 12.2reb, 1.6stl), Dan Majerle (16.9pts, 1.7stl) e Kevin Johnson (16.1pts, 7.8ast, 1.7stl). Na primeira rodada da pós-temporada o time tomou um susto dos Lakers (liderados por Vlade Divac e James Worthy), perdendo os dois primeiros jogos (na época a primeira rodada dos playoffs era uma série melhor de 5), mas conseguiram se recuperar e emendar três vitórias consecutivas para se classificar para a próxima fase. Nas semifinais encararam o San Antonio Spurs de David Robinson (que fez um grande duelo contra Charles Barkley no garrafão), mas diferentemente do ocorrido com os Lakers, os Suns conseguiram abrir 2 a 0 na série e vencer o confronto por 4-2, com grande desempenho de Charles Barkley (26.2pts, 13.2reb, 2.2stl, 1.5blk), principalmente no jogo 2 (35pts e 12reb), e no 5 (36pts e 10reb), e de Kevin Johnson (20.8pts, 9.0ast, 1.5stl), chegando a mais uma final de Conferência. Tiveram um embate equilibradíssimo contra o Seattle SuperSonics de Shawn Kemp, Ricky Pierce, Sam Perkins e Gary Payton, alternando vitórias em todos os jogos da série. Com mais duas grandes atuações de Barkley (25.6pts, 13.4reb, 1.4stl) na vitória do jogo 5 (43pts, 15reb e 10ast) e do jogo 7, (44pts e 24reb), os Suns conseguiram alcançar a sua segunda final da NBA na história, com um elenco confiante e um ótimo basquete apresentado durante toda a temporada.Mais uma vez a franquia teria uma pedreira pela frente, o atual bicampeão da liga, o Chicago Bulls de Michael Jordan e Scottie Pippen. Mesmo jogando em casa, os Suns perderam os dois primeiros jogos, com um duelo antológico de Michael Jordan (42pts, 12reb, 9ast, 2stl) e Charles Barkley (42pts, 13reb) na segunda partida. A equipe do Arizona conseguiu vencer o jogo 3, mesmo com os 44 pontos de Michael Jordan. Porém, no jogo 4, mesmo com o triplo-duplo de Barkley (32pts, 12reb, 10ast, 3stl), os Suns não conseguiram evitar a derrota, muito por conta de mais uma atuação espetacular de Jordan (55pts, 8reb, 21/37 nos arremessos com 56.8% de aproveitamento), com a série agora marcando 3 a 1 para os Bulls. No jogo 5, Jordan anotou mais 41 pontos, mas dessa vez não conseguiu superar o bom jogo coletivo dos Suns, que diminuíram para 3 a 2 a liderança de Chicago na série.Em uma noite de muito nervosismo dos Suns, que jogavam em casa, a equipe desperdiçou algumas oportunidades de empatar a série, pois venciam o jogo por 98 a 94 (placar que perdurava desde os 2:22 restantes para o estouro do cronômetro) com cerca de 45 segundos para o fim. Com um pouco mais de 38 segundos para o fim, Jordan fez uma bandeja fácil, aproveitando uma das poucas falhas de marcação dos anfitriões e diminui o placar para 98-96. Os Suns desperdiçaram mais um ataque com Majerle, que ficou livre na parte lateral do garrafão e não conseguiu converter a cesta, com o rebote ficando nas mãos de Pippen. Depois de boa troca de passes dos Bulls, a bola caiu nas mãos de John Paxson, que estava fora do garrafão e era um exímio arremessador de 3 pontos (64.3% de aproveitamento na série, em 14 tentativas), livre de marcação. Paxson não desperdiçou a oportunidade e converteu um dos maiores game winner da história das finais, virando o jogo para 99-98, com 4 segundos para o fim. Kevin Johnson conseguiu abrir espaço para o arremesso próximo da linha do lance livre apesar do pouco tempo no relógio, mas foi bloqueado nas costas por Horace Grant, e pela segunda vez em sua história, os Suns sentiram o sabor amargo do vice, vendo o Chicago Bulls conquistar o tricampeonato em sua arena, apesar do ótimo trabalho defensivo na partida.Nas duas temporadas seguintes a equipe teve ótimas campanhas, com 56 vitórias e 26 derrotas na temporada 93/94 e 59 triunfos e 23 reveses em 94/95, mas esbarrou no Houston Rockets de Hakeem Olajuwon nas Semifinais do Oeste nos dois anos, sendo eliminado nas duas ocasiões por 4 a 3.  Saída de Barkley e época de coadjuvante na pós-temporadaCharles Barkley deixou os Suns no final da temporada 95/96, e depois disso a equipe de Phoenix apesar de algumas boas campanhas e de alcançar os playoffs com frequência, não tinha mais a força de antes, mesmo com a passagem de alguns grandes jogadores no elenco, como Jason Kidd, Anfernee Hardaway, Stephon Marbury e Shawn Marion, sendo um mero coadjuvante nos jogos de pós-temporada até a primeira metade dos anos 2000. Chegada de Steve Nash, e o estilo run & gun criado por Mike D’AntoniO até então assistente técnico Mike D’Antoni assumiu a equipe no decorrer da temporada 03/04, com um recorde de 21 vitórias e 40 derrotas, tendo um início nada promissor, na penúltima posição do Oeste. Mas, tudo seria diferente na temporada seguinte, depois da contratação de um dos melhores armadores da liga, o sul-africano naturalizado canadense, Steve Nash, que assinava como agente livre. Logo em sua primeira temporada com a camisa dos Suns, a equipe alcançou 62 vitórias e 20 derrotas, sendo a primeira equipe a explorar os arremessos de 3 pontos com eficiência, geralmente nas jogadas de contra-ataque, com exímios arremessadores, como o já citado Steve Nash (15.5pts, 11.5ast e 43% de 3pts), além de Joe Johnson (17.1pts, 47.8% de 3pts), Jim Jackson (8.8pts e 45.9% de 3pts), Quentin Richardson (14.9pts, 35.8% de 3pts), Shawn Marion (19.4pts, 33.4% de 3pts) e o brasileiro Leandro Barbosa (7pts, 36.7% de 3pts), criando o estilo run & gun. Outro jogador que evoluiu muito com a chegada de Nash foi o pivô Amar’e Stoudemire (26pts, 8.9reb e 1.6blk), muito bem alimentado pelo armador e muito mais ativo do que na temporada anterior. Nos playoffs a equipe passou tranquilamente pela forte defesa do Memphis Grizzlies de Pau Gasol e Mike Miller na primeira rodada, vencendo por 4 a 0, depois eliminaram por 4 a 2 o Dallas Mavericks (ex-equipe de Nash) de Dirk Nowitzki, e alcançaram mais uma final de Conferência, contra o forte time de Gregg Popovich, formado pelo big three Tony Parker, Manu Ginóbili e Tim Duncan. Mesmo com a atuação absurda de Stoudemire (37.0pts, 9.8reb, 1.6blk) e Steve Nash (23.2pts, 10.6ast) no confronto, os Suns não conseguiram superar o forte jogo tático da equipe texana e foram superados por 4 a 1.Em 05/06, a equipe perdeu um dos seus principais nomes, Joe Johnson, que foi trocado para o Atlanta Hawks por Boris Diaw e mais duas escolhas de primeira rodada do draft. Jim Jackson também deixou a equipe no decorrer da temporada regular, outro ótimo arremessador de tiros longínquos. Além disso, o pivô Amar’e Stoudemire acabou ficando de fora de quase toda a temporada por conta de problemas na cartilagem de seus joelhos, sendo outro desfalque importantíssimo. Mas, nem só de perdas viveu a franquia, Raja Bell (14.7pts, 44.3% de 3pts) foi um dos importantes reforços do Suns junto com Tim Thomas (11pts, 43.5% de 3pts), e ambos logo se tornaram peças importantes no esquema tático do time de Phoenix. Mesmo com todos os problemas, os Suns tiveram uma ótima campanha, com 54 vitórias e 28 derrotas, no terceiro lugar do Oeste, liderados por Shawn Marion (21.8pts, 11.8reb, 2.0stl e 1.7blk) e Steve Nash (18.8pts e 10.5ast). Nos playoffs venceram um duelo dificílimo contra o Los Angeles Lakers de Kobe Bryant e Lamar Odom na primeira rodada por 4 a 3, chegando a estar perdendo por 3 a 1, ofuscando os 50 pontos de Kobe no jogo 6, e com Leandrinho sendo o cestinha da partida no jogo 7, com 26 pontos. Nas semifinais teriam outra equipe angelina, dessa vez os Clippers, de Elton Brand, Sam Cassell e Corey Maggette. Os Suns sentiram muito a falta de Stoudemire, tanto ofensivamente quanto na defesa, pois tinham dificuldades em conter o pivô Elton Brand, cestinha dos Clippers, que anotou 40 pontos no jogo 1 do embate e terminou o duelo com 30.9 pontos e 10.4 rebotes de média. Os Suns por outro lado iam muito bem nos arremessos de perímetro, castigando o adversário nas jogadas de contra-ataque, vencendo mais uma série bastante equilibrada por 4 a 3, e disputando pela segunda vez consecutiva as finais do Oeste. Teriam pela frente o Dallas Mavericks de Dirk Nowitzki, Josh Howard, Jason Terry e Jerry Stackhouse, uma equipe muito forte ofensivamente, mas que pecava no setor defensivo. Apesar do empate em 2 a 2, mesmo com uma vitória convincente no jogo 4 por 106 a 86 para empatar a série, o time do Arizona não conseguiu conter as ações ofensivas dos Mavs, e perdeu dois jogos em sequência, tendo o sonho do título inédito interrompido mais uma vez. Boris Diaw teve grande atuação na série e foi o cestinha da equipe com médias de 24.2 pontos e 8.5 rebotes, seguido por Steve Nash (20.7pts e 10.2ast) e Shawn Marion (16.8pts, 13.2reb e 1.8stl).Na temporada 06/07 Stoudemire voltou a jogar, e o impacto era notório no poder ofensivo do time. Os Suns terminaram com 61 vitórias e 21 derrotas, na segunda colocação do Oeste. Na primeira rodada da pós-temporada venceram facilmente o Los Angeles Lakers, dessa vez por 4 a 1, com ótimas atuações de Stoudemire (24.3pts, 13.2reb, 1.4stl e 1.8blk) e o vencedor do prêmio de melhor sexto homem da temporada (SMoY – Sixth Man of the Year), o brasileiro Leandrinho (21.2pts). Nas semifinais teriam pela frente o algoz de 04/05, o San Antonio Spurs, em um dos confrontos mais polêmicos da história dos playoffs. No primeiro jogo do duelo, Nash, que estava em noite inspirada, nos momentos finais da partida, em um lance que estava marcando Tony Parker, acabou batendo seu rosto no do armador francês (bem parecido com o que ocorreu entre Pat Beverley e Devin Booker nessa temporada) e quebrando o nariz, que mesmo com todo o aparato para o armador voltar para o jogo, continuava sangrando muito, e por conta disso, Nash não poderia permanecer em quadra nos segundos finais, com os Suns perdendo o primeiro jogo em casa por 111 a 106. As equipes alternaram nas vitórias nos quatro primeiros jogos, em embates bastante equilibrados, com exceção da vitória dos Suns no jogo 2, por 101 a 81. Nos momentos finais do jogo 4, depois de uma ponte aérea de Nash para Stoudemire, Robert Horry fez uma falta duríssima em Nash, com uma ombrada que jogou o armador na bancada de comentaristas, causando uma grande confusão. Horry foi ejetado da partida com uma falta flagrante nível 2, e Raja Bell, que estava no banco dos Suns também sofreu falta técnica. Um dia após o jogo, a NBA informou que Horry seria suspenso por 2 jogos, e Stoudemire (principal pontuador dos Suns) junto com Boris Diaw, seriam suspensos por um jogo, por participarem da confusão, causando uma grande revolta em Mike D’Antoni, pois vários outros jogadores de ambas as equipes estiveram no meio da discussão mais acalorada. Os Suns acabaram perdendo os dois jogos seguintes e foram eliminados, em um das decisões mais controversas da arbitragem, pois futuramente seria confirmado um sistema de apostas da qual um dos juízes da série, o árbitro Tim Donaghy, estaria fortemente envolvido.Dois grandes nomes da liga chegaram à equipe em 07/08, ambos com desempenhos bem abaixo dos que já tiveram no auge da carreira, também completando 35 anos na temporada é verdade, mas ainda muito eficientes em suas posições, os dois jogadores eram: o pivô Shaquille O’Neal (trocado por Shawn Marion e Marcus Banks no decorrer da temporada regular) e o ala Grant Hill (agente livre). A equipe terminou a temporada com 55 vitórias e 27 derrotas, e disputaria mais uma vez a sobrevivência na pós-temporada contra o San Antonio Spurs, dessa vez perdendo a peleja por 4 a 1, com outro grande domínio tático da equipe texana, assim como já havia acontecido em 04/05. Depois da derrota, o técnico Mike D’Antoni deixou a equipe, assumindo o comando do New York Knicks.  Últimos playoffs disputados e desmanche do elencoDepois da saída de D’Antoni, a equipe começou comandada pelo ex-armador Terry Porter (28V-23D) e terminou o ano com Alvin Gentry (18V-13D) na frente da equipe, que apesar da campanha positiva (46V-36D), não conseguiu classificar o time para os playoffs na temporada 08/09. A base do time mudou um pouco em relação aos anos anteriores, sendo formada por Steve Nash, Jason Richardson, Grant Hill, Channing Frye e Amar’e Stoudemire, com Leandrinho, Goran Dragic e Robin Lopez sendo as principais peças na rotação do plantel. O time ficou no terceiro lugar do Oeste com 54 vitórias e 28 derrotas, enfrentando na primeira rodada da pós-temporada o Portland Trail Blazers de LaMarcus Aldridge e Andre Miller, conseguindo fechar a série em 4 a 2, sem grandes dificuldades, com belo desempenho de Jason Richardson (23.5pts, 6.8reb, 51.2% de 3pts) e Amar’e Stoudemire (20.5pts, 5.5reb, 1.7blk). Nas semifinais, novamente encarariam o San Antonio Spurs, mas dessa vez, com um final feliz, vencendo os texanos por 4 a 0, com belíssima atuação coletiva e destaques para Nash (22.0pts, 7.8ast), Stoudemire (20.5pts, 9.3reb) e Richardson (19.5pts, 5.5reb e 52% de 3pts). Nas finais do Oeste teriam pela frente o Los Angeles Lakers de Kobe Bryant, Pau Gasol e Lamar Odom, atual campeão e finalista das duas últimas temporadas. Os Lakers abriram 2 a 0, com destaque para os 40 pontos de Kobe no jogo 1. Os Suns empataram a série em 2 a 2, com 42 pontos de Stoudemire no jogo 3, indo com moral para as últimas partidas do duelo. No jogo 5, a equipe de Phoenix empatou o jogo em 101 a 101 no Staples Center, em Los Angeles, com 3.5 segundos para o final, com um arremesso certeiro de 3 pontos de Richardson. Na saída lateral Kobe conseguiu se desvencilhar da marcação e arremessar, mas apesar do air ball, a bola caiu nas mãos de um herói improvável, Ron Artest (atualmente Metta-Sandiford Artest) que conseguiu dominar livre e fazer a bandeja para garantir a vitória por 103 a 101 e a liderança na série. Mesmo jogando fora de casa no jogo 6, os Lakers contaram com 37 pontos de Kobe e conseguiram eliminar os Suns, indo para sua terceira final consecutiva. Um dos primeiros grandes ídolos da franquia a deixar o time foi Amar’e Stoudemire, que foi para o Knicks, em 10/11, se juntando ao seu ex-treinador Mike D’Antoni. Em 12/13, Steve Nash foi para os Lakers, formando um supertime ao lado de Kobe Bryant, Paul Gasol e Dwight Howard, e no mesmo ano, Grant Hill foi para os Clippers, inclusive encerrando sua carreira no final da temporada. A franquia conseguiu apenas uma campanha positiva nesse período de 10 anos de hiato dos playoffs (de 10/11 até a temporada 19/20), na temporada 13/14, com 48 vitórias e 34 derrotas, ainda assim não se classificando por conta da alta competitividade da Conferência Oeste neste ano, que teve o Dallas Mavericks na oitava colocação com 49 vitórias e 33 derrotas.É a primeira vez na história que uma equipe chega às finais da NBA depois de um período tão longo sem disputar a pós-temporada. Será que o time treinado por Monty Williams, com Chris Paul, Devin Booker, Deandre Ayton e companhia vai conseguir trazer o primeiro título para a franquia do Arizona? Tem grandes chances, talvez as maiores de sua história.

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