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NBA

Era uma vez..Metta World Peace

(por Rafael Lima) Era uma vez Ron Artest, um ala draftado em 1999 pelo Chicago Bulls, que rapidamente se tornou titular da equipe, tomando a posição de Toni Kukoc. Apesar do bom desempenho, a personalidade difícil o envolveu em uma troca com Ron Mercer, Brad Miller e Kevin Ollie por Jalen Rose, Travis Best, Norman Richardson do Indiana Pacers.Em Indiana o jogo de Artest evoluiu, defensivamente o atleta se transformou em um monstro sendo eleito para o segundo time defensivo da liga em 2003, para o primeiro em 2004, conquistando o título de defensor do ano. Enquanto tinha boas atuações também colecionava polêmicas, como a discussão e os gestos obscenos direcionados a Pat Riley. Mas, o pior caso foi o chamado “Pacers-Pistons Brawl”. No Palácio de Auburn Hills, início da temporada 2004/2005, O Detroit Pistons recebeu o Indiana Pacers, mas o que ninguém esperava é que um jogo comum de início de temporada entraria para história. Nos momentos finais da partida Artest partiu pra cima de um torcedor na arquibancada para brigar e a confusão se tornou generalizada com o envolvimento de torcedores, Ben Wallace, Jermaine O’Neal e Stephen Jackson. A briga resultou para Artest a maior suspensão de um jogador na história da NBA, 86 jogos.No retorno, Artest pediu para Larry Bird, presidente dos Pacers, para ser negociado. Bird, mesmo despontado, aceitou trocá-lo. Assim, o “nosso herói” foi trocado com o Sacramento Kings por Peja Stojakovic. Ron Artest logo impactou os Kings, ajudou a equipe a ir aos Playoffs e foi eleito novamente para o time defensivo do ano.Após Sacramento, o ala atuou por uma temporada nos Rockets para depois chegar ao Los Angeles Lakers, onde atuou com a camisa 37 em homenagem ao single Thriller, que ficou 37 semanas na primeira posição nas paradas de sucesso. Pelo time roxo e dourado Artest melhorou ofensivamente e manteve a força defensiva, sendo fundamental para o título de 2010 diante dos Celtics, sendo o melhor jogador do jogo 7, quando anotou 20 pontos e teve uma atuação de gala na defesa.Após o título, aconteceu outro “ponto alto” na vida de Artest, nasceu o Metta World Peace. Em homenagem a paz mundial, Artest trocou seu nome para Metta World Peace. Participando recentemente do podcast de Danny Green, o “Inside the Green Room with Danny Green”, Artest revelou que ficou com vergonha assim que mudou de nome. “Na verdade, o primeiro jogo que tive com ‘World Peace’ era como ‘essa é a coisa mais idiota de todos os tempos”. E completou: “Eu saia do banco naquela época, 2011, e eles falaram, ‘Metta World Peace’, e me lembro de não querer levantar para entrar em quadra… Foi vergonhoso”.Além disso, o ex-atleta ainda revelou que a ideia de trocar o nome surgiu após Chad Johnson, astro dos Bengals, alterar o sobrenome para Ochocinco. “Quando vi Ochocinco mudar seu nome quatro anos antes de eu também mudar o meu, fiquei tipo ‘ei, isso é demais. Eu tenho que fazer isso”.O curioso é que após trocar de nome, Artest nunca mais foi o mesmo, perdendo a forma e não tendo o mesmo impacto defensivo em quadra, até que em 2017, após ter retornado aos Lakers em 2015, depois de ter rodado por Knicks, basquetebol chinês e italiano, o ala encerrou a carreira com World Peace escrito nas costas de sua camisa.Porém, na mesma entrevista para Danny Green, World Peace informou que recentemente trocou de nome novamente. Após se casar com Maya Sandiford, o ex-jogador passou a se chamar Metta Sandiford-Artest (até quando?!) e, assim, terminou a história do nome mais excêntrico da história dos esportes, era uma vez Metta World Peace.

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