(por Matheus Correia) Neste domingo (10), França e Espanha protagonizaram a final da Nations League, no San Siro, em Milão. Após um primeiro tempo morno e de poucas jogadas ofensivas, as seleções voltaram para a segunda etapa com muito mais intensidade. Com golaços de Benzema e Mbappé, a França conseguiu mais uma virada e superou os espanhóis, conquistando o título da segunda edição da competição.A França teve um início melhor na partida, criando uma boa chance após uma excelente enfiada de bola de Pogba para Benzema. O centroavante ficou cara a cara com Unaí Gomez, fez o drible, e tentou cruzar para o meio da área. A defesa espanhola conseguiu livrar, mas o atacante francês estava em posição de impedimento. Os franceses tentavam trocar passes de maneiro objetiva e rápida, procurando encontrar os jogadores de ataque num movimento de infiltração em direção à área. A Espanha demorou para entrar na partida, mas aos poucos, conseguiu ter a posse da bola e chegar ao último terço ofensivo do campo. A primeira boa oportunidade dos espanhóis foi aos 11 minutos; Ferran Torres deu um ótimo passe para Sarabia entrando em velocidade na grande área e o ponta esquerda não conseguiu finalizar com força, deixando a bola tranquila para Hugo Lloris. Após o início lento, a partir dos 15 minutos de partida, a Espanha passou a dominar as ações em campo. A seleção de Luis Enrique focava seus ataques pelos lados, principalmente com Ferran Torres na direita. A defesa francesa estava muito bem postada, o que impedia os jogadores espanhóis de levarem perigo ao gol de Lloris. Na defesa, os jogadores da “La Roja” conseguiam se recompor muito bem nos contra-ataques adversários, o que praticamente anulou a seleção francesa ofensivamente. Aos 35 minutos, o zagueiro Koundé “interceptou” um cruzamento de Sarabia com o cotovelo, dentro da área. O árbitro Anthony Taylor e as equipes do VAR interpretaram que o movimento de Koundé foi natural, portanto, a penalidade não foi marcada. A França sofreu uma grande baixa quando Varane se lesionou aos 40 minutos por um problema na coxa esquerda; o jovem zagueiro Upamecano entrou em seu lugar. Apesar da superioridade espanhola em campo, era de se esperar uma atuação muito melhor em aspectos técnicos e ofensivos de ambas as seleções na primeira etapa. O destaque dos 45 minutos iniciais foi Ferran Torres, que criou as principais jogadas de ataque da Espanha. O trio Mbappé-Griezmann-Benzema foi pouco acionado, mesmo com Pogba realizando um bom trabalho em cadenciar o jogo no meio campo. A domínio espanhol continuou no segundo tempo, e a baixa intensidade frustrou Paul Pogba, que deu uma bela bronca em seus companheiros após não receber opção de passe quando estava com a bola na área defensiva. A raiva de Pogba parece ter acordado sua seleção (e também a da Espanha), e o jogo passou a ser muito mais intenso, fluído e com boas chances no ataque. A França parou na trave em uma linda jogada trabalhada pela esquerda; em jogada iniciada por Pogba, Mbappé encontrou Benzema na esquerda, que cruzou rasteiro para Theo Hernández. O lateral finalizou forte e no travessão, com a bola pingando muito próxima da linha. Logo em seguida, a Espanha abriu o placar. Sergio Busquets deu um lindo passe na frente para Oyarzabal, que venceu a marcação de Upamecano e deu um belo chute cruzado no canto esquerdo de Lloris. Apenas dois minutos depois, Benzema empatou a partida com uma verdadeira pintura. Em jogada muito parecida com a da bola na trave de Hernández, Pogba encontrou Mbappé, que acionou Benzema na esquerda. O atacante fez o corte para o meio e colocou a bola no ângulo esquerdo. Unaí Simon chegou a desviar, mas não o suficiente para alterar a trajetória do chute. O jogo ficou aberto, e ambas as seleções passaram a ter chances de ampliar o placar. Aos 35 minutos, Mbappé recebeu uma linda enfiada de Theo Hernández, venceu a marcação de Azpilicueta, pedalou na frente de Símon e jogou a bola por baixo do goleiro. 2 a 1 para os franceses. Mesmo com o placar favorável e o pouco tempo restante no relógio, a França passou a pressionar a saída de bola da Espanha. Mas a seleção de Luís Enrique foi com tudo para o ataque na tentativa de buscar o empate, e os franceses tiveram que recuar. Oyarzabal teve uma boa chance após levantamento de bola na área, pegando de primeira e finalizado com efeito. Lloris estava na jogada e realizou a defesa. Mbappé perdeu uma chance incrível para matar a partida, recebendo a bola em um belo passe de Benzema e ficando sozinho na direita. O atacante do PSG perdeu a oportunidade com um chute fraco e em cima do goleiro Unaí Simon. A Espanha foi para o ataque no desespero, mas parou na defesa francesa. Lloris ainda fez uma defesaça em chute de Mikel Merino. Foi praticamente a última oportunidade dos espanhóis de tentar o empate, e novamente a seleção de Deschamps se superou e passou a jogar muito mais após ficar atrás no placar. Resultado: Espanha 1 – 2 França Após um primeiro tempo bem abaixo do esperado, a França voltou para a segunda etapa com uma intensidade muito maior, algo parecido com o que aconteceu contra a Bélgica nas semifinais. O resultado foi merecido, com destaque para as excelentes atuações de Pogba, Benzema e Theo Hernández. Menção honrosa para Lloris, que protegeu muito bem a meta na reta final da partida. A Espanha fez um bom primeiro tempo, mas em nenhum momento, conseguiu demonstrar um bom volume de jogo ofensivo. Tirando o “abafa” nos minutos finais, o gol de Oyarzabal foi praticamente a única chance de perigo da seleção em toda a partida. Mas vale ressaltar a ausência de Pedri, que ficou muito marcada pela falta de criatividade no meio campo espanhol.
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