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Futebol

Em jogo de reviravoltas, Villarreal vence, mas Arsenal consegue valioso gol fora

(por Matheus Correia) Villarreal e Arsenal já proporcionaram um jogo histórico nas semifinais de uma competição europeia. Nomes como Riquelme e Thierry Henry estavam em campo, e foram os Gunners que saíram como vencedores. A competição em questão era a Liga dos Campeões de 2006, com o Arsenal sendo derrotado pelo Barcelona na final. Quinze anos depois, os dois clubes se enfrentam novamente, desta vez em um campeonato de nível mais baixo, com elencos de menor qualidade.  Um confronto que definitivamente tem um significado especial para o treinador da equipe espanhola, que treinou o Arsenal por 18 meses, sendo o primeiro técnico a suceder Arsene Wenger. Fazendo um bom trabalho pelos “Submarinos Amarelos”, foi ele quem levou a melhor nesta partida, apesar das reviravoltas; os Gunners, sem a presença de Lacazette, foram a campo sem grandes mudanças em relação a última partida na Liga Europa. Odegaard substituiu o atacante francês, deixando os ingleses sem referência no ataque. Os londrinos não tiveram nem tempo para respirar e entrar no jogo; já aos 4 minutos de partida, Manu Trigueiros, que foi expulso na última partida do Villarreal contra o Barcelona, se redimiu e marcou o primeiro gol do confronto. O lateral argentino Juan Foyth partiu pelo meio em velocidade, deu o passe para Samuel Chukwueze na direita que fez uma boa jogada individual em direção a área. O meia nigeriano se embolou na marcação, a bola sobrou para Trigueiros, que acertou um belo chute no canto direito de Leno.  Buscando o empate logo em seguida, o Arsenal ficava com a posse, mas tinha grande dificuldade em criar jogadas no último terço do campo. Além do mais, a equipe era muito lenta na recomposição defensiva, algo que o Villarreal aproveitou no lance do gol. Os mandantes também não tiveram um dos melhores inícios, mas se destacavam na rapidez e objetividade na saída de bola, algo que não era visto nos adversários. O jogo era morno, até que aos 29 minutos, Raúl Albiol, capitão da equipe espanhola, ampliou o placar em jogada de escanteio. Dani Parejo cobrou, Gerard Moreno subiu sozinho e desviou a bola de cabeça, que sobrou no segundo pau para Albiol apenas completar. Importante ressaltar a falha defensiva do Arsenal no lance; tanto Moreno quanto Albiol estavam completamente livres de marcação. Mesmo após o segundo gol, o panorama em campo não mudou muito. Os ingleses continuavam com grande dificuldade no ataque, e o Villarreal passou a jogar de maneira mais passiva e procurar espaços no campo adversário. O Arsenal teve um pênalti marcado a favor após contato de Foyth em Pépé, que partia em velocidade pela direita. Entretanto, na origem do lance, o marfinense realizou o domínio com o braço, anulando a marcação. Foyth, apesar do “quase” erro, foi um dos melhores em campo na primeira etapa; pertencente ao Tottenham, em empréstimo na equipe espanhola, demonstrou uma vontade até mesmo “excessiva” como se estivesse jogando um derby do Norte de Londres, partindo em duas ocasiões em velocidade no campo de ataque, além de ter realizado bons desarmes próximo a área de sua equipe.  Unai Emery resolveu “fechar a casinha” colocando o volante ex-Arsenal, Francis Coquelin, no lugar do centroavante Paco Alcácer na volta do intervalo. Surpreendentemente, Mikel Arteta decidiu não realizar nenhuma alteração na equipe. Porém, foi nítida a mudança de energia de seu time em campo. O Arsenal iniciou o segundo tempo com a marcação mais alta e muito mais pressão na defesa dos espanhóis, que recuaram por completo e mal ficavam com a posse.  Mas, para piorar a situação dos Gunners, Dani Ceballos, que já tinha levado amarelo, foi expulso após dar pisão em Dani Parejo. O Villarreal se sentiu mais à vontade em campo com a vantagem numérica, e Chukwueze levou perigo após receber a bola na direita da grande área, cortar para o meio e finalizar para a defesa de Leno. Pouco tempo depois, Coquelin carregou pelo meio, deu um bom passe para Gerard Moreno, que finalizou e forçou o goleiro alemão a fazer uma difícil defesa. Quando parecia que o resultado estava seguro a favor os espanhóis, Trigueiros fez o contato em Bukayo Saka dentro da área, com o árbitro português Artur Dias assinalando o pênalti. Pépé cobrou rasteiro e no meio do gol, Rulli pulou para a direita e o Arsenal diminuiu no Estadio de la Ceramica. Para complicar ainda mais a vida do Villarreal, Capoué foi expulso após contato quase “sem querer” com Saka. O volante francês parece ter escorregado e atingido o jogador do Arsenal, mas como já tinha recebido o amarelo anteriormente, recebeu o vermelho. Capoué ainda parece ter se lesionado no lance, tendo que sair de maca.  Aubameyang entrou no lugar de Saka na reta final; Arteta também havia colocado o brasileiro Gabriel Martinelli em campo anteriormente, para a saída de Odegaard. Os minutos finais foram de equilíbrio; nenhuma equipe se abria com medo de piorar a situação para o jogo de volta, mas, ainda assim, o Arsenal conseguiu levar perigo com Aubameyang: Thomas Partey deu bela enfiada para o atacante, que dominou com um belo giro e finalizou para defesa de Rulli. Foi a última grande jogada do confronto.  Resultado: Villarreal 2 – 1 Arsenal   O Villarreal tinha um excelente resultado até o início do segundo tempo, e agora tem a vida complicada com o gol fora de casa dos londrinos. O Arsenal não fez uma boa exibição, foi mal no ataque e Arteta segurou Aubameyang por muito tempo no banco, já que era nítida a falta de chances da equipe devido a presença fraca de área de Smith Rowe e Odegaard. A classificação está em aberto, mas mesmo com um resultado um pouco “amargo” apesar da vitória, foram os espanhóis que jogaram melhor e, caso o panorama não mude até o confronto no Emirates Stadium, entrarão em campo como favoritos para a vaga na final da Liga Europa. O próximo embate entre as equipes será no dia 6 de maio. 

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