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Futebol

Elenco forte para gerar receita, Barcelona tenta repetir estratégia que deu certo nos anos 2000

(por Daniel Morales)Após assinar e anunciar a contratação de Robert Lewandowski e de Raphinha na última semana, muito se foi questionado de como o Barcelona conseguiu dinheiro para comprar dois jogadores que possuem um vasto mercado.A resposta para isso está não só nos acordos que a diretoria do ‘Barça’ tem feito para vender seus direitos de transmissão, e no novo patrocínio gigantesco com o Spotify, mas também em uma estratégia que o clube blaugrana já usou em um passado não tão distante: investir em um elenco forte para gerar receitas. Joan Laporta, presidente do Barcelona, adota um método que funcionou no passado.Na temporada 2003/2004, a equipe catalã vinha de anos de ostracismo e sem conseguir ser campeão espanhol desde 1999. É dentro desse cenário de elenco envelhecido e de poucas aspirações, que Laporta venceu as eleições para presidente do ‘Barça’, e junto de sua equipe – que tinha Ferran Soriano, atual CEO do Manchester City, como vice-presidente -, a gestão iniciou um processo de reconstrução com foco principal no lado financeiro.O próprio Ferran Soriano conta como foi esse processo em seu livro “A Bola não entra por acaso”, que no Brasil foi publicado pela editora ‘Princípio’. Soriano conta que, quando a gestão de Laporta assumiu a presidência do ‘Barça’, o time era bem caro e cheio de veteranos. A partir disso, o Barcelona começou seu processo de reconstrução com um treinador até então inexperiente, o holandes Frank Rijkaard, e com poucos investimentos no elenco, com foco em desfazer contratos de jogadores que não deram retorno ao clube.O grande investimento veio na temporada seguinte com Ronaldinho Gaúcho, sendo contratado do PSG. Demorou, mas a equipe voltou aos trilhos aos poucos. Com Ronaldinho sendo o grande protagonista, o ‘Barça’ voltou a conquistar títulos, renda, saúde financeira e, principalmente, o protagonismo na Europa. Tudo isso levou ao título da Champions League em 2006, contra o Arsenal, em Paris.Avançando para 2021, quando Laporta retorna à presidência, temos um cenário bem parecido. Elenco envelhecido, problemas financeiros se agravando cada vez mais, contratações caras que não deram o retorno esperado; e tudo isso explodiu quando Messi deixou o clube após o Barcelona não ter teto salarial para inscrever o argentino na La Liga. O maior jogador da história do clube saiu de graça para assinar com o PSG.Dentro desse cenário caótico, o Barcelona volta a apostar na velha estratégia: técnico com pouca experiência (Xavi, ídolo do clube, que está em seu segundo time como treinador); enxugar a folha salarial e se desfazer de jogadores (Philippe Coutinho e Luke de Jong vendidos, Antoine Griezmann e Clément Lenglet emprestados); e investimento em base e contratações sem custo (Gavi, mesmo com 17 anos, já é um dos principais meias do futebol espanhol). Vale lembrar que Franck Kessie, Andreas Christensen e Pierre-Emerick Aubameyang  chegaram ao elenco de graça em 2022.Os maiores investimentos do time foram em Ferran Torres na janela de inverno da temporada passada, e nesta janela de verão, com Raphinha e Lewandowski. Os três reforços custaram 136,5 milhões de euros.Lewandowski chega para ser o cara e liderar a equipe de Xavi a títulos, assim como Ronaldinho, em 2004. Investir em elencos fortes e competitivos para buscar receitas em um futuro próximo a partir de títulos, receita de televisão, público no Camp Nou, venda de camisas e etc, esse é o objetivo.Irá dar certo? A tendência é que sim. O Barcelona segue trabalhando para se reconstruir, mas sem perder a competitividade, assim como foi no começo da gestão Laporta. O time catalão fez uma temporada sem títulos na última temporada, mas deixou boas impressões Agora, é esperar a nova temporada.

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