(por Bruno Braz) O que será que anda acontecendo com os dois melhores times da Fórmula 1? Que Helmut Marko se porta de maneira, digamos, enfadonha, para dizer o mínimo, no trato com os pilotos, já sabíamos. Mas, Toto Wolff? O que será que temos nos bastidores, para a temperatura ter subido tanto? Vamos recapitular alguns eventos e declarações do último GP, desde os treinos livres.Perez bateu sua Red Bull com o Ocon. Todos os envolvidos, desde pilotos e comissários, entenderam com uma falha de comunicação dos pilotos e times envolvidos, sem culpados. O que Marko fez, só para variar? Criticou Perez. Usou palavras como “não sei o motivo de ter espelhos no carro. A culpa é claramente dele”, com aquela “motivação” que só ele sabe dar aos seus pilotos. Também foi a público lavar a roupa suja com a corrida abaixo da crítica do mexicano.Depois, tivemos o GP e um acidente entre Bottas e Russell, em que para mim, a culpa foi de Russell, deu o que falar. Ambos os pilotos são contratados da Mercedes. Toto Wolff, que costuma ser sóbrio em suas declarações, soltou algumas pérolas, dentre elas, que Russell estava mais perto da Copa Clio que de uma vaga na Mercedes, que ele tinha que ficar calado e parar de cometer erros. Falou também sobre o custo do acidente prejudicar o desenvolvimento da Mercedes para essa temporada… De Bottas, afirmou claramente que o finlandês está dando passos para trás.O que estaria acontecendo? Até o Toto resolveu abrir a boca em público com coisas que costumava tratar dentro de casa.Depois de pensar um pouco, e ver que ambos os times estão se esforçando para dizer que outro time está melhor, cheguei a uma conclusão: a Red Bull está sob pressão por ter a melhor oportunidade em anos de ganhar. A Mercedes está tensa por ter a chance mais clara de perder desde o início da era híbrida.Os pilotos número 2, Perez e Bottas, devem seguir pressionados de forma descomunal a partir de agora. Por hora, em duas corridas, tivemos um primeiro e um segundo lugar para os primeiros pilotos, com um erro capital para cada um deles em um dos GPs. Já os segundos pilotos, ficaram devendo. Eles serão os fiéis da balança no campeonato, que quanto melhor termina para o time, mais dinheiro recebe. Como o mundo está em crise financeira, a tendência é que eles passem a ser muito cobrados. Pensar que essa é a melhor estratégia de gestão de pessoas, é questionável. Se vai dar certo ou não, saberemos ao fim da temporada. Mas, que ambos os times estão se sentindo muito pressionados, não resta dúvida.
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