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Automobilismo

A dobradinha da McLaren não foi acaso ou sorte; teve muito mérito

(por Bruno Braz)Olá amigos, tenho visto alguns comentários por aí dizendo que a McLaren só venceu porque Hamilton e Verstappen bateram entre si. Aproveito para dizer: menos, bem menos.A McLaren está em processo de crescimento constante, não é de hoje. É visível. Meu palpite antes de começar a temporada, era de que a McLaren venceria ao menos, uma corrida.Esse palpite não foi baseado em sorte. Não era uma aposta. Era a leitura de que o chassis vinha melhorando ano após ano e que, com a chegada de um motor forte, como é o Mercedes, o conjunto era promissor.O time começou a se achar com uma gestão forte, tranquila e que trabalha em silêncio. Colocou pessoas muito competentes em pontos chave, alterando processos de trabalho e apresentando evolução como resultado de tudo isso, por esse motivo o time venceu. Não foi sorte.Foram alguns bons anos se arrumando, trabalhando para esperar pelo seu momento de vitória. E ele chegou.O final de semana da McLaren foi muito forte desde os primeiros treinos. Sempre se colocou na briga dos mais rápidos, tanto em volta lançada, quanto em ritmo de prova. Os dados estavam lá, tão claros, que causaram preocupações na Mercedes e na Red Bull, do tipo: “se fizerem a primeira curva na frente, complicou”.E lascou. Depois de um treino de classificação muito forte, herdando a primeira fila com a punição de Bottas, Ricciardo fez o dele: largou melhor e fez a primeira curva na frente de Verstappen. A partir daí, ele controlou a prova.Duvida? Max acompanhou, mas nunca se colocou em posição de poder atacar, de fato. Ricciardo foi o primeiro a fazer sua troca de pneus. Único momento em que saiu da ponta. Quando Lewis e Max pararam, em que pese os pit stops ruins de ambos os times, voltaram atrás.”Ah, mas o Ricciardo estava mais lento que o Norris. Ele até pediu para a equipe deixar ele passar”. Mais ou menos. Ricciardo sabe muito bem o ritmo que tem que colocar para salvar pneus. Sabe andar na frente e deu apenas mais uma amostra de que estava no controle da situação. Quando houve o risco de Norris perder o segundo lugar, ele simplesmente passou a andar um pouco mais rápido. E exatamente nesse momento, as duas McLaren deixaram os demais com aquela sensação de “hoje não é nosso dia”. O dia foi da McLaren, de Ricciardo e de Norris. E não foi acaso ou sorte. Foi resultado de trabalho duro e muito bem feito, com todos os méritos. Controlaram a prova e ainda puxaram o segundo carro para completar a dobradinha.Bem-vinda de volta, McLaren. Bem-vindo de volta, Ricciardo. Fica tranquilo, Norris. Você terá outras oportunidades de vencer, com absoluta certeza.

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