(por Rodrigo Mota) O time que todos temiam que engrenasse, engrenou! O Tampa Bay Buccaneers parece ter atingido seu auge e irá disputar o Super Bowl em casa, sendo o primeiro anfitrião a realizar este feito na história da liga.Mas, engana-se quem pensa que o caminho foi fácil e suave, na verdade houveram alguns tropeços no caminho.A temporada de 2020 se iniciou depois de um amargo 2019, onde a equipe teve boas atuações, mas também foi muito inconsistente, terminando o ano com campanha de 7-9. O time era liderado por Jameis Winston, que ora fazia atuações incríveis, ora tinha péssimas performances. Com isso em mente, a franquia foi em busca de um novo passador para complementar a equipe e acertou com o lendário Tom Brady para defender suas cores nesta temporada. Logicamente para Brady houve um processo de aprendizado, como todo quarterback passa ao trocar de sistema ofensivo, e até o camisa 12 admitiu que era uma coisa nova em seu passado recente. E para aproveitar os últimos anos do “GOAT” Tampa adotou uma estratégia ofensiva e foi atrás dos melhores nomes disponíveis no mercado, a equipe que já tinha talento ofensivo trouxe ainda Rob Gronkowski, Leonard Fournette e Antonio Brown para compor a unidade ofensiva. Porém, não imediatamente esses nomes de peso tiveram impacto no time, como normalmente acontece, houve um período para sua adaptação, mas com um nível mantido de boas atuações defensivas e um ataque que foi se encontrando durante a temporada, o time chega ao seu segundo Super Bowl na história e Tom Brady tem a chance de vencer seu sétimo anel se ainda mais emblemático que já é. A campanhaA campanha dos Buccaneers iniciou com derrota para o amargo rival de divisão New Orleans Saints, depois do revés a equipe deu a volta por cima e conseguiu vencer três partidas seguidas, elevando a sua campanha para 3-1. No entanto, no quinto jogo da temporada, os Bucs perderam mais um jogo, desta vez para o inconsistente Chicago Bears, novamente levantando as dúvidas sobre a capacidade do time que apareceram na semana 1. A equipe continuou com as suas dificuldades durante o meio da temporada, onde conseguiu campanha de 4-3 nos seus próximos sete jogos, incluindo uma surra que levou novamente dos Saints por 38×3, colocando a campanha da equipe em 7-5 e mais uma vez contestando o potencial de Tampa Bay. Porém, os Buccaneers conseguiram se recompor na reta final da temporada e venceram seus últimos quatro confrontos de maneira tranquila, chegando nos playoffs com campanha de 11-5, Brady passou para 4633 jardas, 40 touchdowns e 12 interceptações, e com a defesa voando baixo sendo a sexta no geral e a melhor contra o jogo terrestre. PlayoffsComo já é de costume Brady cresce em Janeiro, e pra quem acompanha a NFL sabe muito bem disso. E não foi por que mudou de time que o camisa 12 mudou seus hábitos. Na primeira partida da pós-temporada a equipe enfrentou o “patinho feio” da NFC, Washington Football Team, na capital americana, e confirmou o favoritismo vencendo por 31×23, com Brady lançando para 381 jardas e 2 touchdowns. O próximo adversário era seu algoz da temporada, o New Orleans Saints, e mesmo jogando no Mercedes-Benz Superdome, Tampa fez uma sólida atuação, com destaque para defesa que forçou três interceptações de Drew Brees (no que pode ter sido o último jogo da sua carreira) e, após duas derrotas na temporada regular, despachou os Saints vencendo por 30×20. No seu último embate antes do Super Bowl, os Bucs viajaram à “tundra congelada” para enfrentar o então melhor time da NFC Green Bay Packers. O jogo foi equilibrado, mas Tampa Bay se aproveitou do começo lento dos anfitriões e, mesmo com Brady lançando três interceptações na segunda metade, os Bucs tiveram uma atuação defensiva magistral segurando a reação dos Packers e carimbando a sua ida ao Raymond James Stadium, no dia 7, para buscar mais um Super Bowl. Embora seja uma franquia fundada em 1976, os Buccaneers não tem muita tradição na NFL, mas neste domingo (7/2) a equipe tem a chance de mais uma vez escrever o nome na história da liga, Brady terá a oportunidade de mais uma vez levantar um Lombardi, sendo o seu sétimo, o quarterback sozinho tem chance de vencer mais Super Bowls do que qualquer franquia da liga. Será que o Bucs vencem essa? Ou será que os Chiefs mantem a sua hegemonia? Descobriremos neste domingo no Super Bowl LV.
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