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Automobilismo

Confira o resumo dos três dias de testes de pré-temporada da Fórmula 1

(por Ricardo Menegueli) A Fórmula 1, devido à pandemia que está ativa e ainda crescente em nosso planeta, tornou a pré-temporada de 2021 mais curta, e isso pode beneficiar o campeonato em termos de competitividade.Para que possamos aprofundar no assunto, eu vou dividir os pontos de atenção em três: quem saiu mais forte, quem saiu incerto e quem não mudou a perspectiva para a temporada, tentando traduzir (sem me comprometer com fatos que a pré-temporada esconde) o que as voltas e tempos nos ajudam a entender melhor.Sem mais delongas, vamos lá: Quem sai forte para a temporada? Honda – Red Bull Racing e Alpha TauriA Honda mostrou confiabilidade, boa velocidade e teve um casamento próspero com os conjuntos aerodinâmicos de ambas equipes. O seu ato final foi colocar um carro de cada time – Verstappen (Red Bull) e Tsunoda (Alpha Tauri) – nas posições 1 e 2 respectivamente. Parece que toda vez que a Red Bull começa a se envolver diretamente com o desenvolvimento dos motores (de 2016 ate 2018 a Red Bull corria com os motores Renault, mas desenvolvia o mesmo sob nome Tag Heuer, patrocinadora e luxuosa marca de relógios), parece que a coisa “vai de vez”, e  isso não está diferente com a Honda, que ano que vem vai repassar a célula de desenvolvimento dos motores 100% para a Red Bull. O carro está harmônico, os pilotos parecem felizes, a Mercedes começou a falar que eles são uma real ameaça (eu acho blefe, mas tudo bem), enfim, apenas boas coisas aconteceram no teste da Red Bull. McLaren – MercedesA parceria que durou anos e rendeu três titulos mundiais de pilotos para ambas parece que voltou a todo vapor.O carro de 2020 da McLaren já era alinhado e harmônico, e parece que a McLaren entendeu melhor o motor Mercedes do que a própria equipe de fábrica (falaremos mais a frente) e, apesar de ter rodado pouco, a mesma nao sofreu com problemas técnicos, o que pode significar confiabilidade no futuro. Rodaram menos, mas tiveram bons dados para ler e melhorar o ajuste fino entre o chassi e o motor 7 vezes consecutivas campeão mundial. Ricciardo e Norris é, na minha opinião, uma das três melhores duplas do grid, e isso significa que a equipe de Woking segue os passos que precisava para a grandeza. Quem saiu incerto? Mercedes e Aston MartinA original e a cópia tiveram problemas de performance, especialmente no ajuste entre câmbio e motor. Isso significou que os testes de confiança que a Mercedes vinha fazendo ano após ano (resquícios do campeonato de 2016) não aconteceram, o que por si só já é algo para se preocupar, mas não muito. Porém, algumas das soluções que a Mercedes poderia usar se trata de olhar para suas parcerias técnicas, especificamente a Aston Martin, que foi pior que a encomenda – especialmente por ser a equipe que brigou até a última volta pelo terceiro lugar no mundial, ainda sob nome Racing Point. Stroll e Vettel tiveram cadeira cativa nas últimas posições e, no último dia de testes, 6 a 7 segundos do melhor tempo do dia. Toto Wolff alega que já acharam “a mosca na sopa” que atrapalhou os testes, mas normalmente hoje eles estariam em um discurso de “vamos ver o que vai acontecer, os concorrentes estão mais próximos esse ano” – o que era na verdade uma maneira polida de evitar falar de favoritismo.  Quem continua na mesma situação? Haas, Ferrari, Alfa Romeo, Williams e AlpineParece que para essas equipes teremos mais do mesmo: enquanto a ferrari parece tentar se aproximar da briga pelo P3 no mundial de construtores junto com a Alpine, apesar de Fernando Alonso ter saído satisfeito e de certo modo vencedor desses testes – mostrando que ainda tem condições de ensinar um truque ou dois para a criançada.Haas optou por um lineup de pilotos jovens, um para chamar a atenção e o outro para atrair um caminhão de dinheiro que nem temos como confirmar a origem, mas isso não os fará mais fortes que o ano passado, talvez um dos carros continue batendo mais do que andando (Mazepin é o novo Grosjean?). Talvez estejam escondendo algo, mas vão brigar com Alfa Romeo e Williams pelo oitavo lugar.Alfa Romeo pode continuar contando com os brilharecos do infindável Raikkonen e torcer para que Giovinazzi finalmente decole como piloto (o que não parece ser o caso), mas eles devem continuar brigando pelo oitavo lugar – o que não muda absolutamente nada do ano passado.Williams tem um piloto talentosíssimo, um nem tanto e continua parecendo ser o pior carro do grid, apesar da Aston Martin e seu patético fim de semana. E a nova pintura parece tirada do jogo F1 2020, até nesse sentido parece uma equipe que vive do passado, mas sem perspectiva de futuro no horizonte.A temporada parece que finalmente será emocionante na frente, porém, eu tenho receio de que a Mercedes tenha tido apenas uma pequena dor de barriga, que logo irá se curar, para eles largarem todo mundo para trás novamente. Outra crença é que o meio do pelotão está bem embaralhado, com os quatro motores brigando por uma vantagem financeira para a nova era que começa ano que vem.Eu já estou ansioso, e vocês? 

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