(por Rafael Lima) Dois dias depois de se salvar no Campeonato Paulista, o Santos tinha outra decisão pela frente, pois o único resultado válido para o Peixe seria a vitória. Com uma moral maior, a equipe praiana, sem Marinho e Alison, apostava suas fichas nos garotos Angelo e Balieiro como substitutos. Equilíbrio e golaço do PeixeO Santos iniciou com uma postura ofensiva, buscando pressionar o Boca Juniors, mas a primeira grande chance de gol foi dos argentinos. Izquierdoz lançou para Pavón que cruzou para Tévez, na cara do gol, chutar por cima. O time argentino começou a gostar mais do jogo, tomando mais o campo de ataque. Aos 10 minutos foi a vez de Pavón chutar de fora da área para a defesa em dois tempos de João Paulo. O Boca Juniors tinha mais a bola, mas o Santos tentava colocar velocidade quando tinha a bola, porém, nenhum dos dois levava perigo claro à meta adversária. Com 25 minutos a partida ainda era morna. Na sequência, o Santos passou a rondar mais a área, mas não conseguia ser perigoso, só que em contrapartida não sofria.O Boca tinha mais posse de bola, mas o Santos parecia mais agudo, numa chegada pela direita, Kaio Jorge fez um cruzamento por baixo, a bola passou por toda extensão da área até chegar em Felipe Jonatan, que limpou dois zagueiros com muita categoria e bateu no canto de Rossi para abrir o placar em grande estilo. Que golaço! O Santos seguiu melhor, mas nada de importante aconteceu até o final da primeira etapa. Pênalti não marcado, jogo com cara de Libertadores e garotos jogam como verdadeiros homensO time da Vila Belmiro voltou indo para cima, no primeiro minuto do segundo tempo um pênalti claro para o Peixe. Izquierdoz desviou a bola para escanteio com a mão claramente, mas o árbitro não viu. Como não tem VAR em jogos da Libertadores, o Santos levou um enorme prejuízo.Com 10 minutos da segunda etapa o jogo tinha um panorama claro, o Boca tentava atacar, mas o Santos era mais rápido e agudo, porém, nenhuma das equipes criava chance de perigo.Aos 65’, uma lambança do juiz que deixou os times nervosos. Ele errou um cartão para Lucas Braga, quando o atleta do Santos nem participou do lance. Na confusão o árbitro deu amarelo para os dois treinadores. Um minuto depois, em outra situação de reclamação, o uruguaio expulsou os dois técnicos. Fernando Diniz é ejetado na estreia. O duelo seguiu tenso, o Boca Juniors buscava o empate, mas sem criatividade, não tendo forças para criar chances efetivas de gol. Do outro lado, o Peixe sentia o cansaço da maratona de jogos e também não atacava como antes, porém, os meninos da Vila atuaram como jogadores experientes, não caíram na pilha dos argentinos e mostraram muita frieza para segurarem o ímpeto adversário. Aos 90 minutos os argentinos assustaram com Pavón, que chutou de fora e, mesmo com desvio, passou perto. Mas, o mesmo Pavón estava disposto a atrapalhar os planos do Santos, numa bela jogada individual sofreu uma falta perigosíssima. Mas, o próprio atacante bateu na barreira. Depois disso, não teve tempo para o Boca Juniors conseguir mais nada. Final: Santos 1×0 Boca Juniors Grande vitória do Peixe, que mais uma vez recheado de garotos superou a dificuldade física de quem jogou seis partidas em 15 dias, mostrando força coletiva e o peso da camisa para assumir a segunda colocação do seu grupo.O time brasileiro sofreu pouco, colocou velocidade quando precisou, teve um pênalti claro a seu favor, não marcado, e mereceu derrotar o todo poderoso Boca Juniors, que teve atuação bastante apagada na Vila Belmiro. Com o resultado, os argentinos caem para o terceiro lugar na chave e, na semana que vem terão um jogo de vida ou morte diante do Barcelona de Guayaquil na Bombonera. O Santos, por sua vez, vai até a altitude de La Paz para buscar mais uma vitória na Libertadores.
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