(por Leonardo Costa)Jogo de vida ou morte, com direito a expulsões, defesas sensacionais, decisão nos pênaltis e com zagueiro atuando de goleiro saindo como herói. Uma partida que entra para história.Orlando City, que terminou a temporada regular da Conferência Leste na 4ª posição, tinha como rival em sua primeira disputa de playoffs da história, o New York City, que ficou na 5ª colocação, e o jogo foi sensacional.Com três brasileiros em campo, o lateral direito Ruan, o zagueiro Antônio Carlos e o volante Junior Urso, Orlando abriu o placar logo no início da partida. Aos 3 minutos, o português Nani recebe cruzamento na área, e ao cabecear a bola bate no braço do zagueiro Anton Tinnerholm. Pênalti que o próprio Nani cobrou com maestria. 1 a 0 para os donos da casa.A resposta do New York City foi quase imediata. Aos 7 minutos Jesus Medina cobra escanteio e Maxime Chanot, zagueiro da seleção de Luxemburgo, se desvencilha da marcação e de cabeça deixa tudo igual.Após o empate, os visitantes seguiram melhor na partida, e foi aí que começou a brilhar a estrela do goleiro do Orlando, o peruano Pedro Gallese. Aos 23 o arqueiro defende um forte chute de Medina, aos 25 segura chute rasteiro de Valentin Castellanos, mas foi aos 42 seu maior milagre: Castellanos chuta de fora da área, Gallese dá rebote e sobra para Keaton Parks, sozinho, fuzilar, mas o goleiro operou um milagre no chute queima-roupa e segurou o empate no primeiro tempo.A toada seguiu a mesma na volta do intervalo, com Gallese voando para evitar o gol de Medina aos 18. Orlando concentrava seu jogo em Nani, e em um disparo desviado dele de fora da área, quase terminou enganando o goleiro Sean Johnson, que jogou para escanteio.Aos 39, Ruan saía em velocidade com a bola pelo lado direito e foi derrubado por Gary Mackay-Steven. O brasileiro se irritou com o adversário e, mesmo caído, acertou um chute nas pernas dele e acabou sendo expulso.Mesmo com um a menos, foi do Orlando City a última grande chance de evitar que a partida fosse para a prorrogação, mas Tesho Akindele desperdiçou dentro da pequena área um cruzamento de Nani ao chutar por cima do gol.A prorrogação contou com poucas oportunidades, sendo as mais claras um chute cruzado de Nani que passou rente ao poste esquerdo, e um remate de Ronald Matarrita, que parou em mais uma grande defesa de Gallese, para delírio dos jogadores do New York City.Com a igualdade nos 120 minutos, a decisão ficou para os pênaltis, e foi aí que aconteceu um dos fatos mais inusitados e épicos dos últimos tempos no futebol.Maxi Moralez chutou no travessão a primeira cobrança de New York. Na sequência, Akindele, Medina, Perea, Rocha, Antônio Carlos, Tajouri, Junior Urso converteram suas batidas, deixando o placar dos pênaltis em 4 a 3 para Orlando, faltando uma cobrança para cada lado.Castellanos foi para cobrança e Gallese voou para o canto direito e defendeu o que seria a classificação de Orlando para as quartas de final, mas o VAR entrou em ação e mandou a batida voltar porque o goleiro havia se adiantado. O problema é que o goleiro levou o segundo amarelo e acabou sendo expulso, e Orlando não podia mais fazer substituições.Coube ao zagueiro argentino Rodrigo Schlegel a missão de ir para o gol. Castellanos converteu o seu e a classificação de Orlando passava pelos pés de Nani. Bastava o português anotar o seu, mas Johnson resolveu dar ainda mais drama ao duelo e defendeu a batida.Na sequência, Acevedo marcou para New York e Jansson para Orlando nas alternadas. Foi a vez de Thoarinsson ir para a cobrança, e o improvável aconteceu: Schlegel escolheu o canto e defendeu a batida do islandês, causando uma euforia no estádio. Por fim, Michel acertou a cobrança decisiva e classificou Orlando.Final: Orlando City 1 (6)-(5) 1 New York City FCOrlando agora fica no aguardo de seu adversário, que sairá do duelo entre Philadelphia Union e New England Revolution.
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