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Futebol

Chelsea em busca do tri da Champions League: manutenção da base e reforços pontuais são as apostas do atual campeão europeu

(por Isaac Simões)Estamos todos juntos e vencer é o nosso objetivo! A tradução para um trecho do hino do Chelsea (We’re all together and winning is our aim) fala muito de como o atual campeão vai tentar buscar o tri da UEFA Champions League em 2021/22. Os Blues não possuem em seu elenco uma estrela maior, mas um conjunto que comandado por Thomas Tuchel foi capaz de quebrar barreiras na temporada passada, derrubando os favoritismos dos rivais espanhóis Atlético e Real Madrid, antes de bater o poderoso Manchester City na decisão. Com um esquema tático bem definido pelo treinador alemão, optando pela estratégia de marcar sob pressão para aproveitar um único erro do adversário, os ingleses levantaram a orelhuda mais desejada do planeta bola pela segunda vez em sua história e devem seguir a mesma lógica agora.Para isso foi importante a manutenção da base montada por Tuchel. O Chelsea não perdeu nenhum de seus jogadores titulares na movimentada e bombástica janela de transferências deste verão europeu. Por isso, conta com atletas vencedores, acostumados a jogar juntos e que sabem exatamente o que fazer dentro das quatro linhas. Como reforça o próprio hino do clube, a ideia de “vencer juntos” funciona no time londrino, que tem como principal arma o conjunto, sem encantar é bem verdade, mas que no fim acaba-se por ser eficiente, cirúrgico. Para o Chelsea de Tuchel, ser plástico não é necessariamente o importante. Como qualquer jogo, o objetivo maior é a vitória, conquistar os três pontos, avançar e ser campeão. Isso, o time de Stamford Bridge provou a todos que sabe fazer e, por isso, é bom não repetirmos o equívoco de não colocá-lo dentre os grandes favoritos ao título! Se por um lado, a estrutura defensiva comandada por Thiago Silva e o capitão Azpilicueta continua com uma média baixíssima de gols sofridos nos primeiros jogos da nova temporada, a consistência do meio-campo com Kanté, Jorginho e Mount parece nos dar indícios de que pode surpreender a muitos em 2021/22. Para os críticos de plantão, o principal argumento contra o Chelsea de 2020/21 estava na precariedade de seus atacantes. O jovem Tammy Abraham e o experiente Olivier Giroud precisaram em vários momentos resolver o que Timo Werner, contratado por mais de 50 milhões de euros (R$ 311 milhões) não conseguia fazer: gols. Foram inúmeros casos de desperdícios de oportunidades, o que para uma equipe que busca sempre ser cirúrgica, não pode ocorrer. Mas o clube que se preza, ao longo de sua história sob o comando de Roman Abramovich, por sempre trazer grandes craques, soube aproveitar como poucos a janela de transferências. Romelu Lukaku chegou para resolver a lacuna da camisa 9 londrina e, em pouco mais de dois jogos, já balançou as redes, além de ser importante para a criação das jogadas. Junto com ele também chegou Saúl Ñiguez com a responsabilidade de encorpar o meio-campo, tido ainda por muitos como pragmático. Com os dois reforços e a base da equipe, o Chelsea espera avançar com tranquilidade na fase de grupos. Malmö e Zenit Petersburg não devem causar tantos problemas aos Blues, enquanto a Juventus aparece como a grande rival (mesmo sem Cristiano Ronaldo) na disputa pela primeira posição do Grupo H. Aparentemente o Chelsea seguiu o manual de gestão, aumentando o otimismo da torcida e disposto a calar novos críticos. Os Blues estão juntos, resta saber se conseguirão novamente alcançar o objetivo!

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