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Automobilismo

Campeões Mundiais que retornaram à Formula 1 após a aposentadoria

(por Ricardo Menegueli) Com o retorno de Fernando Alonso à categoria, correndo pela Alpine ao lado do jovem Esteban Ocon, cria-se uma dúvida aos fás do automobilismo sobre em quais condições o piloto, duas vezes campeão do mundo, em 2005 e 2006, volta ao certame após sua aposentadoria da F1 em 2018 – quando ainda corria pela McLaren.A verdade é que alguns campeões mundiais já trilharam este caminho e, mesmo com as amostragens, é quase impossível cravar o que vai acontecer, já que a Formula 1 é um esporte cíclico e adaptações podem ser difíceis e penosas para qualquer ser humano.Vamos tentar, através de alguns casos do passado, colocar “pulgas atras das orelhas dos leitores” e deixar para vocês nos dizerem o que vocês acham que vai acontecer com o asturiano, ok? Niki Lauda, 1982Lauda competiu de 1972 até 1979, tendo títulos conquistados em sua primeira passagem nos anos de 1975 e 1977 – quando era piloto da Ferrari. Em 1979, quando se juntou a Brabham, de Bernie Ecclestone, para competir, sem terminar 11 das 13 corridas, além de sequer correr na 14ª – Lauda decidiu se aposentar e dar lugar ao jovem Nelson Piquet – indo cuidar de seus negócios pessoais.Em 1982, a McLaren lhe ofereceu um contrato milionário para liderar o projeto da equipe, onde ao longo de 4 anos conseguiu 8 vitorias, sendo 5 no ano de 1984, sagrando-se campeão mundial. Se aposentou ao final de 1985 novamente, já com mais um título debaixo do braço, porém, com uma passagem cheia de altos e baixos, já que não terminou ou não correu 35 das 64 corridas, além de um boicote ao GP de San Marino em 1982. Alan Jones, 1983 e 1985Se Niki Lauda teve altos e baixos em seu retorno, podemos seguramente afirmar que Jones foi apenas ladeira abaixo em sua volta ao certame. O campeão mundial de 1980 se aposentou em 1981 com um honroso 3º lugar a bordo da Williams no mundial de construtores. Em 1983 foi convidado pela Ford para disputar o GP de Long Beach, o qual abandonou.Se foi ruim em 1983, ele triplicou o insucesso em 1985, onde correu pela Haas por 3 GPs e abandonou os três. Porém, a Haas o efetivou como piloto no ano de 1986, o qual abandonou 11 dos 16 GPs e marcou apenas quatro pontos (um quarto na Austria e um Sexto na Italia). Alain Prost, 1993Remando contra a maré dos vencedores acima, para Prost o ano sabático fez muito bem.Em 1991, após um ano onde não pode ser competitivo contra seu maior rival, Ayrton Senna, sequer correu o GP da Australia, dando lugar a Gianni Morbidelli. Optou por tirar um ano sabático, em 1992.Em 1993, o piloto tricampeão mundial (1985, 1986 e 1989) retorna ao circo e trava uma batalha feroz com Senna na primeira metade do campeonato que, com uma sequência de quatro vitórias do professor (Canada, França, Inglaterra e Alemanha) abriu vantagem no campeonato suficiente para conquistar o título com um segundo lugar no 14º GP do ano, em Portugal. Nigel Mansell, 1994O feroz piloto britânico, conhecido também como “leão”, havia deixado a Formula 1 após o seu título em 1992 para correr a Indy na Newman-Haas, onde também sagrou-se campeão. Em 1994, estava correndo pela Indy e foi convidado pela Williams para retornar ao circo da F1 E correr três corridas, destas quais ganhou o GP da Australia que sagrou Schumacher campeão pela primeira vez após incidente polêmico com Damon Hill.Ele ainda correu, sem brilho, mais duas corridas pela McLaren em 1995 (San Marino e Espanha), para então abandonar de vez a categoria. Michael Schumacher, 2010Talvez seja percepção minha, mas de todos da lista, ele foi o que teve mais a perder. O heptacampeão mundial, com 91 vitorias e outros tantos recordes a época, foi convidado por Ross Brawn para ajudar a liderar o projeto da Mercedes, que herdava o spot do próprio Brawn em sua única (e vitoriosa) campanha como dono de equipe. Foram três anos sendo batido pelo seu companheiro de equipe, o ainda jovem Nico Rosberg, e apenas um pódio – 3º no GP da Europa, realizado em Valencia. Kimi Raikkonen, 2012Raikkonen ganhou o titulo de 2007 com brilho, especialmente nas últimas 7 corridas do ano, as quais conquistou 3 vitorias e pódio em todas as corridas. Em 2008, até o incidente da mola na Hungria que tirou Massa do resto da temporada, foi dominado pelo companheiro de equipe e decidiu “pegar o boné” para correr de Rally, pela WRC – além de participações na Truck Series e Nationwide (atualmente Xfinity Series) da Nascar, porém, retornou à Formula 1 em 2012 para correr pela Lotus – equipe esta remanescente da Renault e resgatando as cores preto e dourado – icônica combinação da década de 70 e primeira metade da década de 80. Conseguiu duas vitórias pela equipe nos anos de 2012 (Abu Dhabi) e 2013 (Australia), que acabou o direcionando para a Ferrari novamente no ano de 2014, para substituir um decadente Felipe Massa que não voltou o mesmo do episódio ja mencionado. Raikkonen assumiu uma casca de segundo piloto, onde obteve apenas uma vitoria em 2018, no GP dos Estados Unidos, e rumou para a Alfa Romeo, a qual está até hoje. Alonso está de volta para escrever sua historia voltando ao mundial prestes a completar 40 anos de idade. O que será que ele pode fazer pela Alpine? Esta pergunta começará a ser respondida neste final de semana.

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