(por Matheus Correia)Nesta quarta-feira (29), o Benfica recebeu o Barcelona em Lisboa pela segunda rodada da Champions League. No duelo entre Jorge Jesus e Ronald Koeman, o português deu uma verdadeira aula de futebol, com sua equipe sendo infinitamente superior ao desorganizado, sem criatividade e desmotivado time do técnico holandês.Os mandantes iniciaram a partida com um gol relâmpago: logo aos dois minutos de jogo, Darwin Nuñez recebeu um belo lançamento de Julian Weigl, dominou na ponta esquerda, pedalou para cima de Éric Garcia e cortou para o meio, dando um belo chute no canto direito de Ter Stegen.Após o gol, o Benfica jogou da maneira que Jorge Jesus havia prometido em coletiva antes da partida: pressionando alto e tentando forçar o erro na saída de bola adversária. Entretanto, essa postura não durou muito tempo.O Barcelona passou a levar perigo ao gol dos portugueses, contando com a ótima habilidade de Pedri para criar jogadas. Frankie de Jong recebeu uma bola espetacular de Pedri, saindo na frente da defesa e ficando cara a cara com o goleiro. Frankie tocou para seu xará que entrava em velocidade no meio, Luuk de Jong, que finalizou, mas viu Lucas Veríssimo fazer um milagre ao se jogar em cima da bola, mandando-a para escanteio.Frenkie de Jong aparecia com frequência no ataque, enquanto Pedri se posicionava entre a linha ofensiva e do meio de campo para atuar como o “cérebro” da equipe. O jovem espanhol levou perigo ao gol de Vlachodimos com um chute de fora da área aos 17 minutos de partida.Pouco tempo depois, Lucas Veríssimo novamente foi decisivo ao cortar um chute de Memphis Depay, que recebeu uma enfiada de bola espetacular de Frankie de Jong. O Barça ainda teve outra ótima oportunidade após lançamento de Sergi Roberto para de Jong dentro da área; o holandês tocou de cabeça para seu conterrâneo Luuk de Jong, que finalizou para fora.Aos 32 minutos, Gerard Pique foi substituído para a entrada do jovem Gavi. O zagueiro já tinha cartão amarelo, e ficou muito perto de ser expulso. Ronald Koeman provavelmente levou isto em consideração para tomar essa decisão de forma tão breve.O Benfica teve um começo espetacular no primeiro tempo, mas acabou tendo que se recuar, já que o Barcelona conseguia sair muito bem para o ataque e levar perigo ocasional ao gol da equipe. Destaque para as atuações de Darwin Nuñez para o Benfica e de Frankie de Jong e Pedri para o Barcelona na primeira etapa.O Benfica voltou muito bem para o segundo tempo. A equipe conseguiu uma excelente chance logo de cara após um belo lançamento para Darwin na intermediária; com a defesa desprevenida, Ter Stegen saiu do gol de maneira precipitada, e tentou disputar a bola com o atacante uruguaio. Darwin driblou o goleiro alemão e finalizou de longe, com a bola pegando efeito e acertando a trave do gol vazio, saindo para tiro de meta logo em seguida.Os portugueses demostraram qualidade tanto no ataque quanto na defesa. Lucas Veríssimo fez uma grande partida, anulando os jogadores de ataque do clube espanhol. O Barcelona conseguiu levar perigo somente na bola parada; Memphis Depay cobrou falta rasteira para Frankie de Jong, que lançou a bola na área e viu Ronald Araújo, sozinho, cabecear para o meio. A bola sobrou para Luuk de Jong, que com o gol completamente livre, conseguiu errar a meta, “chutando” de joelho e mandando a bola na trave. O bandeirinha marcou impedimento na jogada, mas o lance foi difícil, e caso de Jong marcasse o gol, provavelmente o VAR seria acionado.Tentando dar mais dinâmica em campo, Ronald Koeman colocou Ansu Fati, Coutinho e o estreante Nico Gonzalez em campo. Entretanto, não deu nem tempo das substituições surtirem efeito: aos 25 minutos, os portugueses ampliaram o placar em uma jogada muito bem trabalhada.Darwin Nuñez recebeu na direita, fez o cruzamento para a área, viu a bola passar por todo mundo e sobrar em João Mario na esquerda. O meia português prendeu a posse e fez uma excelente tabela com Yaremchuk, saindo cara a cara com Ter Stegen, que ainda conseguiu defender o chute. No rebote, a bola acabou sobrando para Rafa Silva, que apenas completou para o gol vazio.O segundo gol foi uma recompensa pelo belo futebol demonstrado pela equipe de Jorge Jesus. Um domínio total em todos os âmbitos, dando uma verdadeira aula para a equipe da Catalunha.E ainda tinha mais por vir: Aos 33 minutos, Gilberto tentou um cabeceio após cruzamento de Taarabat, e a bola acabou batendo na mão de Serginho Dest. Após consulta no VAR, o árbitro italiano Daniele Orsato marcou a penalidade máxima. Com muita calma e frieza, Darwin Nuñez deslocou Ter Stegen, marcando seu segundo gol na partida e o terceiro de sua equipe.Ainda sobrou tempo para o zagueiro Éric Garcia ser expulso após impedir contra-ataque de Gonçalo Ramos.Resultado: Benfica 3 – 0 BarcelonaUma partida para ficar na história da equipe portuguesa. Foi a primeira vitória do Benfica sobre o Barcelona desde 1961. Em um passado breve, jamais se imaginaria que os “Encarnados” venceriam a equipe espanhola com tanta facilidade e superioridade técnica dentro de campo. Mas aconteceu. A equipe de Jorge Jesus foi superior à de Ronald Koeman em praticamente todos os aspectos. Lucas Veríssimo, Rafa Silva e Darwin Nuñez saem de campo como grandes destaques do confronto, enquanto do lado espanhol, sobra uma menção honrosa para as atuações de Pedri e Frankie de Jong.Após a desastrosa performance, a notícia que pode animar os torcedores do Barça é a provável demissão de Ronald Koeman. O pressionado treinador falhou mais uma vez em demonstrar qualquer inovação dentro de campo, seja tática ou emocional.Com o resultado, o Benfica se encontra na segunda posição do Grupo E com 4 pontos, enquanto o Barcelona é o último colocado sem um ponto sequer.
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Benfica dá aula e vence o Barcelona por 3 a 0 com dois gols de atacante uruguaio
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