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Aumente o volume! Uma viagem musical pelas ligas americanas – Parte 2

(por Eduardo Schachnik) Apresentados os clássicos, chegou a hora de lembrar os sucessos modernos que fazem a torcida pegar fogo nas ligas americanas.    Parte 2 – Uma pitada de Rock and RollNada melhor para subir a temperatura das arquibancadas do que o bom e velho rock and roll. Esse ritmo há anos tem presença cativa nos eventos esportivos dos EUA. Não há necessariamente uma predominância em determinada liga, de forma que NBA, NFL, NHL e até a MLB recorrem ao estilo musical.Algumas bandas são verdadeiras máquinas de hits esportivos. Entre as preferidas desse meio certamente está o Queen. Com canções que parecem ser feitas para uma arena, Freddie Mercury e cia deixaram sua marca nos esportes, seja com o grito de guerra “We will rock you” (acompanhado por retumbantes pisões e palmas) ou celebrando a vitória com “We are the champions”. A banda inglesa, que sempre prezou pela interação com o público em suas músicas, pode ser ouvida em todos os jogos de todas as ligas.AC/DC também é um grupo bem quisto pelos operadores de áudio das arenas americanas. É bem comum ouvir a abertura eletrizante de “Thunderstruck” (especialmente em um jogo da NBA em Oklahoma City), a explosiva “TNT” e outros sucessos como “Back in black”.Outras lendas do rock emprestam seus hits aos estádios, como Guns n’ Roses, Metallica e Ozzy Osbourne. Você com certeza já ouviu durante um jogo, seja no estádio ou até mesmo assistindo pela televisão, o riff inicial de “Welcome to the jungle” (destaque para o Cincinnati Bengals que adotou a música por encaixar bem com o apelido de seu estádio: “the jungle”), “Enter sandman” (a preferida da universidade de Virginia Tech) e “Crazy train” (muito usada na MLB quando as bases estão lotadas, devido à frase: “all aboard” – “todos a bordo”).Por outro lado, uma parcela significante das músicas de eventos esportivos vem de bandas menos famosas. Três músicas se destacam nessa categoria e você provavelmente só conhece as bandas por esses hits.Em 1981, Journey lançou uma canção que de início não contagiou, mas 27 anos mais tarde se tornaria a mais baixada do catálogo do iTunes, muito graças à sua ligação com as arenas. A letra e melodia de “Don’t stop believing” se amolda perfeitamente ao mundo dos esportes. A música vai crescendo em tensão, enquanto os torcedores mal se contém para soltar a voz no refrão, que nada mais é do que uma ode à competitividade: nunca desista!A escolha número 1 dos estádios de Detroit, “Don’t stop believing” é uma atração particular nos jogos dos Red Wings, onde os torcedores fazem o estádio balançar na segunda estrofe, quando revela-se que o protagonista é “born and raised in South Detroit” (nascido e criado em South Detroit). No entanto, a mensagem de Journey não se atém a Detroit, atravessando campos de beisebol e futebol americano, arenas de hóquei e basquete ao redor do país.Em 2005, o Chicago White Sox estava prestes a deixar escapar uma vantagem de 15 jogos para o Cleveland Indians na disputa pelos playoffs da MLB. Quando a diferença já estava em menos de 1,5 jogo, a equipe de marketing de Chicago teve a ideia, após assistir a apresentação de uma banda cover, de tocar “Don’t stop believing” no estádio. A partir de então, o time encerrou uma série de 7 derrotas e emplacou título de divisão, de conferência e World Series, pela primeira vez desde 1917!Não foi a primeira nem a última vez que o hit embalou uma equipe das grandes ligas. Apenas como exemplo, a banda tocou no pré-jogo do Super Bowl XLIII, o Los Angeles Dodgers incorporou a música à 8ª entrada de todos os jogos em casa em 2009 e o Washington Capitals já a utilizou como tema dos playoffs. Tudo isso, aliado à utilização da canção no último episódio da série “The Sopranos”, fez com que a obra de Journey se tornasse sucesso de vendas no mundo digital.Ainda mais discreta que Journey, Survivor é uma banda que se eternizou com um único sucesso: “Eye of the tiger”. A música tem toda sua história relacionada ao esporte, afinal foi criada sob encomenda para que Sylvester Stallone pudesse usá-la em seu filme Rocky III. A introdução da música já traz o ritmo do esporte, com “pancadas” rápidas e cheias de energia, capazes de deixar qualquer atleta ou torcedor pronto para a luta.Aproveitando o sucesso do filme, a canção passou 6 semanas no topo das paradas em seu ano de lançamento e nunca mais deixou o mundo dos esportes. Como uma prece que invoca “a fera que existe em você”, a música embala corredores de fim de semana, adeptos da musculação e atletas profissionais de todas as modalidades. Muito usada ainda nos eventos de luta (boxe e UFC principalmente), “Eye of the tiger” também é tocada nas quatro grandes ligas americanas.Outro exemplar do glam metal merece destaque: “Final countdown”. A canção da banda sueca Europe encaixa tão perfeitamente no mundo dos esportes que muitas pessoas acham que ela fez parte da trilha sonora de Rocky IV, embora isso seja absolutamente falso, pois a música foi lançada em 1986, um ano após o filme.A letra da composição relata um “apocalipse”, durante o qual um grupo de pessoas estão deixando o planeta terra, que parece ter chegado ao seu último dia. No entanto, é o refrão e a sonoridade que fazem da música tão boa para os esportes, afinal, a contagem regressiva está presente em todas as modalidades. Assim, não é de se surpreender que o hit foi bem acolhido pelas ligas americanas, tocada nos momentos críticos dos jogos, seja na última entrada do beisebol, em uma drive decisiva da NFL, antes dos segundos finais de uma partida disputada na NBA ou NHL, a “Final countdown” deixa todos cientes de que chegou a hora da decisão.Um exemplar mais moderno desses sucessos “isolados” é “Song 2” da banda britânica Blur. A canção é uma boa alternativa para dar aquela animada nos fãs, fazendo-os gritar a plenos pulmões: “wooo-hooo!”. Uma das favoritas dos times da NHL, também é ouvida em estádios da NFL (Steelers) e MLB (Giants) regularmente. O mais interessante é que a fama de “Song 2” realmente veio com os esportes, mas não os americanos. O hit da banda inglesa estourou nas paradas após ser escolhida como música tema do jogo FIFA 98 – edição copa do mundo (não precisa agradecer por aquecer seu coração com essa memória). Anos depois foi a vez do Madden incorporar a música na sua edição de 2011.Para finalizar, o hit da MLB, “Centerfield” de John Fogerty não pode ficar de fora. O sucesso lançado pelo cantor de Creedence Clearwater, em 1985, fez história na liga ao torná-lo o único músico a ser celebrado com uma apresentação inédita durante a cerimônia de introdução ao Hall da Fama da classe de 2010.A canção, em meio a referências a Joe DiMaggio, Willie Mays e Ty Cobb, além de outras mais criativas, representa o sonho de toda criança, atleta amador e até profissionais: ganhar uma chance de mostrar seus talentos em campo.Com uma frase cativante (“put me in coach, i’m ready to play” – “me coloque em campo treinador, estou pronto”) e o elemento mais importante em uma música de estádio: a interação com o torcedor, que nesse caso vem por meio das palmas introdutórias, “Centerfield” é tocada ao redor do país, antes ou durante os jogos e é até mesmo a música favorita do presidente George Bush (filho).Seja nos momentos finais de uma partida da NBA, como música de entrada de um rebatedor, após um gol no hóquei ou em terceiras descidas na NFL, esses sucessos estrondosos são utilizados com frequência para deixar a torcida e os atletas em ponto de ebulição.Confira a playlist da série completa: https://www.youtube.com/playlist?list=PL5GV7MORbunVuiscjHtUZupuzKiqJQmfn

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