(por João Zarif)O Atlético de Madrid, atual campeão da La Liga, foi ao Balaídos, para enfrentar o Celta de Vigo do técnico argentino Eduardo Coudet, que teve passagem pelo Internacional de Porto Alegre. Com a volta da torcida, mesmo em pequeno número (5401 torcedores), o Celta teria dois “reforços”. Luis Suárez, artilheiro do Atlético na temporada passada ficou no banco de reservas, e também Rodrigo de Paul, principal contratação da equipe na janela de transferências. O jogo começou muito estudado, e o time visitante com sua característica recorrente: linhas compactas e muita marcação. A equipe do Celta também marcava forte, e o jogo ficou faltoso e sem oportunidades. Na primeira vez que o time de Diego Simeone chutou em gol, abriu o placar.Aos 23 minutos, Lemar recebeu pela esquerda quase no meio do campo e arrancou, passou por um defensor, e rolou para o meio encontrando Ángel Correa, de frente para área ele dominou e bateu com força de direita, no ângulo, um golaço do camisa 10 do “Atleti” para abrir o placar em Vigo.O gol fez o Celta sair mais para o jogo, mas contra o Atlético isso significa sofrer defensivamente. A equipe até conseguiu seu primeiro chute ao gol com Iago Aspas, bem defendido por Oblak no canto esquerdo, aos 36 minutos, mais foi só. Daí pra frente bombardeio da equipe comandada pelo técnico Diego Simeone.O time visitante pressionou muito, apesar de não ter nenhuma chance claríssima. Foram 6 chutes após abrir o placar, mas apenas um deles foi ao gol, quando o zagueiro Savic chutou de esquerda no meio da meta defendida por Dituro, que espalmou a bola, após um rebote na área do time da casa.O intervalo veio com alívio para a equipe anfitriã, e Eduardo Coudet precisava encontrar alternativas para o Celta, que era sufocado, e tinha chegado ao ataque apenas duas vezes na primeira etapa.O Celta voltou mais organizado e conseguiu equilibrar novamente o jogo, que ficou muito parecido com o início do primeiro tempo. Mas desta vez, quem chegou e marcou foi o time da casa. Aos 10 minutos Aspas tentou bater para o gol uma bola no alto e dividiu com Marcos Llorente. A bola “morreu” no braço de Llorente e os jogadores da casa pediram pênalti. O VAR foi consultado e o pênalti polêmico concedido ao time de Vigo. O próprio Aspas bateu aos 14 minutos, no canto esquerdo, com categoria, apenas deslocando Oblak. Tudo igual no Balaídos.O gol poderia inflamar a equipe da casa, mas não deu tempo. 5 minutos depois o Atlético marcou novamente, e outra vez com Ángel Correa. Contra-ataque do “Atleti” pela esquerda, Saúl atravessou belo passe para Correa, que dominou na entrada da área pela direita e bateu rasteiro cruzado para colocar os “Colchoneros” na frente com mais um belo gol de Correa, o herói improvável do time de Simeone.No minuto seguinte Simeone promoveu a estreia de Rodrigo de Paul, e a entrada de Suárez. A dupla quase participou do terceiro gol dos visitantes. “Luisito” Suárez fez o passe e de Paul chutou de dentro da área, sendo bloqueado. Aos 25’, de Paul cobrou escanteio, e Giménez cabeceou para fora sozinho no meio da área.O Celta daí em diante foi com tudo para cima, e teve chances com Aspas aos 32′ e aos 35 minutos, que teve o primeiro chute bloqueado e o segundo foi para fora. Após isso diversas faltas e o clima do jogo começando a esquentar.Aos 50 minutos Suárez escapou de falta no meio-campo, e lançou Carrasco nas costas da zaga. O belga arrancou e dentro da área bateu cruzado para ótima defesa de Dituro. Após o lance confusão no meio do campo, pois Suárez foi pisado no momento do passe e ficou no chão sentindo. Após o clima esfriar, o árbitro expulsou Hugo Mallo, do Celta e Mario Hermoso, do Atlético.O Celta pressionou com cruzamentos, empurrado por sua pequena torcida presente, mas não conseguiu marcar com Aspas e Fontán, que não conseguiram bater em gol já dentro da área. O gol de empate parecia questão de tempo, mas tempo era oque faltava, e o árbitro encerrou o jogo aos 55 minutos da segunda etapa. Final: Celta de Vigo 1×2 Atlético de Madrid O atual campeão da liga espanhola venceu do jeito que Simeone gosta: muita briga, defesa compacta e ataque eficiente. Com contornos dramáticos no fim, o “Atleti” mostra mais uma vez que tem as peças necessárias para brigar com Real Madrid e Barcelona pelo campeonato espanhol.
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