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NBA

Ataque brilha na volta de Donovan Mitchell e Utah empata a série contra Memphis 

(por Matheus Correia) Donovan Mitchell não ficou muito feliz com Quinn Snyder após ficar de fora do primeiro jogo da série. E, mesmo com minutagem limitada, “The Spider” mostrou suas habilidades e capacidade de impacto nesta partida. Memphis, que defendeu de forma espetacular no primeiro confronto, não demonstrou a mesma eficiência para frear um ataque mortífero por parte dos mandantes, além de depender ao extremo de Ja Morant ofensivamente. Mike Conley e Gobert brilharam, e Utah conseguiu a tão necessitada vitória com o mando de quadra. Foi Memphis que teve um melhor início, com a boa defesa criando belas oportunidades no ataque. Ja Morant era quem ditava o ritmo, mas foi Donovan Mitchell o protagonista no primeiro quarto. Com uma cesta de três pontos “espírita” mais a falta, Mitchell virou o placar para Utah se mostrando bastante enérgico em quadra, fazendo muita diferença para sua equipe logo de cara. Memphis teve que deixar Dillon Brooks e Jonas Valanciunas no banco por boa parte do primeiro quarto, já que ambos acumulavam duas faltas. Os mandantes conseguiam rodar bem a bola no ataque, conseguindo criar situações para seus jogadores onde eles se encontravam livres de marcação, seja no post ou no perímetro. Além disso, fizeram jus ao posto de melhor time nos arremessos de três pontos, convertendo 7 de 10 tentativas de longa distância. Utah chegou a abrir onze pontos de vantagem após cesta de Mike Conley, mas Tyus Jones diminuiu para Memphis no estouro do cronômetro: 36 – 27. O ataque de Utah continuou a todo vapor no segundo período, com o banco dando conta do recado com Jordan Clarkson acelerando o jogo. Gobert passou a ser mais acionado ofensivamente, e foi excelente na defesa, protegendo o aro muito bem e dando um toco monstruoso em Ja Morant, que tentava uma enterrada. Memphis tinha dificuldade em furar este bloqueio debaixo da cesta em jogadas de infiltração, e também demonstrava pouca eficiência na linha de três pontos (18%, 2/11) e de lance livre (66%, 12/18). Ja Morant passou a ser protagonista de um “one man show”, enquanto seus companheiros tinham dificuldade para criar jogadas tanto individualmente quanto coletivamente. A diferença no placar só aumentou com Utah dominando por completo a partida, se encontrando com 20 pontos de vantagem ao fim do primeiro tempo: 74 – 54.  Bojan Bogdanovic se destacou explorando a ausência de Valanciunas no post, anotando 14 pontos. Donovan Mitchell não foi tão eficiente, mas também contribuiu com 14 pontos. Ja Morant foi muito bem com 22 pontos e 3 assistências; e nenhum outro jogador de sua equipe conseguiu anotar sequer metade de sua pontuação.  As coisas ficaram complicadas para Memphis quando Dillon Brooks anotou sua quarta falta logo no início do terceiro quarto. Bojan Bogdanovic foi letal de meia distância e Donovan Mitchell excelente do perímetro, mantendo a grande diferença no placar favorecendo a franquia de Salt Lake City. Entretanto, quando a equipe acelerava muito as jogadas, acabavam não conseguindo finalizar com precisão e proporcionava contra-ataques para Memphis, que através de Morant e Brooks viravam cestas fáceis. E foi assim que os visitantes tiveram uma ótima recuperação, com a ida de Gobert para o banco contribuindo muito para a boa sequência dos Grizzlies, que também pararam de fazer faltas na defesa e dar pontos “de graça” para Utah. Uma cesta de três pontos de De’Anthony Melton deixou Memphis com apenas dois pontos de desvantagem (91 – 93), mas Royce O’Neale respondeu na posse seguinte, também com uma bola de três. Nos minutos finais do quarto, o equilíbrio continuou e a tensão aumentou após uma suposta falta ofensiva não marcada de Valanciunas em cima de O’Neale. Fim do terceiro período: 97 – 103. Utah teve um espetacular início de quarto período, com Gobert voltando para quadra e ajudando muito defensivamente logo nas primeiras posses ofensivas de Memphis, contribuindo no ataque e anotando os quatro primeiros pontos da equipe no quarto. Mike Conley também apareceu bem arremessando do perímetro e criando jogadas por dentro, e o Jazz melhorou bastante em relação ao terceiro período, novamente abrindo uma considerável vantagem no placar. Os Grizzlies ficaram “frios” no ataque, com Ja Morant sendo o único jogador a conseguir impactar, proporcionando um belo highlight ao completar uma ponte aérea espetacular de Dillon Brooks com uma enterrada de costas. O armador foi o principal responsável por um “blowout” não acontecer, atacando a cesta com ferocidade e sofrendo faltas de arremesso. Gobert continuou em alto nível, proporcionando uma sequência de seis pontos com a partida entrando na reta final, abrindo uma vantagem de 13 pontos no placar para Utah com cinco minutos restantes no relógio.  A situação foi se tornando irreversível para Memphis, e Utah, mesmo nos minutos finais e com grande vantagem no placar, demonstrava grande energia e intensidade nos dois lados da quadra.   Resultado: Memphis Grizzlies 129 –141 Utah Jazz Donovan Mitchell com certeza provou seu ponto para Quin Snyder, contribuindo com 25 tentos em 26 minutos, sendo o cestinha da equipe. A volta do ala-armador de fato fez diferença, mas os destaques da partida foram Rudy Gobert e Mike Conley. O pivô foi espetacular, com 21 pontos em um aproveitamento de 82% (9/11), além de 13 rebotes e 4 tocos. Conley anotou 20 pontos, mas se sobressaiu com 15 assistências. Bogdanovic foi excelente nos arremessos de média distância, anotando 18 pontos. Jordan Clarkson contribuiu com 16 pontos e 6 rebotes saindo do banco e Royce O’Neale teve ótima atuação com 14 pontos e 8 rebotes. A marca de 19 bolas de três pontos (48% de aproveitamento) é o novo recorde da franquia em uma partida de playoffs. Ja Morant não conseguiu a vitória, mas fez história. Foram 47 pontos, 4 rebotes e 7 assistências. Um aproveitamento de 58% (15/26), sua melhor marca pessoal de pontuação e a maior pontuação de um jogador em uma partida de playoffs na história de Memphis, ultrapassando o próprio Mike Conley, com 35 pontos. O recorde também se aplica fora da pós-temporada, sendo a maior pontuação de qualquer jogador na história da franquia: Mike Miller era o detentor do marco com 45 pontos na temporada regular. Fica até difícil apontar os destaques restantes da equipe depois de uma performance monstruosa como a de Ja. Mas, os 23 pontos de Dillon Brooks merecem ser lembrados mesmo com suas cinco faltas pessoais. Jonas Valanciunas também contribuiu com 18 pontos e 6 rebotes. 

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