(por Rafael Lima) Brasil contra a Argentina é o clássico que todo mundo quer ver, pode ser em Copa América ou em torneio de bolinhas de gude. As duas seleções não estão com seus melhores times históricos, mas ainda contam com jogadores fantásticos como Neymar, Messi, Casemiro e Di Maria. O Brasil não fez nenhuma partida realmente boa na competição, porém, a Argentina também não. O equilíbrio é enorme e não existe favoritismo, é a típica partida que deve ser decidida no detalhe e a profecia se fez como previsto. Um lance, um erro e um gol dos “hermanos”O jogo começou bastante equilibrado, preso no meio de campo. O Brasil tinha a bola, mas a Argentina “encaixotava” o ataque brasileiro não jogando e nem deixando jogar nos primeiros 10 minutos. A partida seguiu da mesma maneira inicial, com muita tensão e até certa violência, principalmente por parte da Argentina. O Brasil tomava a iniciativa, mas faltava criatividade para furar o ferrolho dos “hermano”, porém, do outro lado, no primeiro ataque argentino, aos 21 minutos, o ótimo Rodrigo de Paul acertou belo lançamento para Di Maria na velocidade, Renan Lodi falhou feio, e Di Maria saiu na cara de Ederson para somente tocar por cobertura fazendo um belo gol. 1 a 0 para os argentinos. A albiceleste marcava muito forte e a falta de um trabalho vertical do Brasil facilitava o trabalho dos “hermanos”, que além de bem defensivamente, passaram a ficar mais com a bola, tentando controlar o jogo num ritmo mais cadenciado. O primeiro tempo seguiu assim, o Brasil sem nenhuma inspiração e a Argentina fazendo um jogo confortável, demonstrando boa organização tática, numa proposta defensiva bem executada. Muita transpiração, pouca inspiração e Neymar tentandoA segunda etapa começou do mesmo jeito que o jogo já vinha se desenvolvendo, o Brasil tentando atacar, mas sem um bom trabalho de troca de passes pelo meio, buscando mais a bola longa, sem muito sucesso. Aos 7 minutos, Richarlison chegou a fazer um gol, mas estava impedido. Logo depois, na melhor jogada brasileira até então, Neymar conseguiu um lindo passe para o próprio Richarlison que bateu forte e exigiu boa defesa de Martínez. Finalmente o Brasil melhorava na partida.O tempo passava e a Argentina “cozinhava o galo” enquanto o Brasil tentava atacar muito mais na base da transpiração do que da inspiração. Com 20 minutos do segundo tempo o jogo tinha poucos lances agudos. O confronto seguiu morno, a Argentina estava muito bem postada defensivamente e não deixava o Brasil ultrapassar a intermediária. O embate era fraco tecnicamente e a Seleção Brasileira demonstrava muita dificuldade na criação de jogadas. Quanto mais o tempo passava, o nervosismo aumentava. Otamendi fez falta duríssima em em Neymar e um inicio de confusão começou. O Brasil estava nervoso e tentava o empate na marra, mas os lances de lucidez eram raros. Aos 41 minutos, após cobrança de falta de Neymar pela esquerda, a bola sobrou para Gabigol, que de voleio bateu forte para grande defesa de Martinez. Que chance!Após esse lance, os argentinos souberam amarrar a partida, catimbar e garantir um título após 28 anos. Final: Argentina 1×0 Brasil O Brasil demonstrou muita fragilidade no ataque, um time pouco inspirado que não tinha aproximação, jogadas pelo meio, com poucas triangulações e não acelerava o jogo, facilitando o trabalho da defesa da Argentina, seleção que veio com uma proposta de jogo de atuar no erro do adversário e a executou com maestria. Preocupa esse nível de performance brasileira para a a Copa do Mundo, pois comparando com o nível dos jogos da Eurocopa, fica difícil acreditar na chance de conquista do hexacampeonato mundial pelo Brasil.Lionel Messi foi eleito o melhor jogador da Copa América e finalmente conquista um título pela sua seleção principal, coroando sua monstruosa carreira garantindo um título pela Argentina.
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