(por Jefferson Castanheira) Atleta: Luka GarzaPaís: Estados Unidos (Iowa)Data de nascimento: 27/12/98Altura: 2.11mPeso: 110kgEnvergadura: 2,16mPosição: Pivô Luka Garza é um unicórnio. Um jogador em seu último ano de faculdade em Iowa, que já venceu prêmios nacionais dentro do tão concorrido basquete universitário e mesmo assim, não aparece sequer no primeiro round nos principais Mock Drafts de especialistas e jornalistas esportivos do mundo todo. Muitos questionam se a idade de Luka Garza pode ser um impeditivo, ou se seu faro defensivo pouco apurado pode ser uma das questões que derrubam um dos melhores jogadores dessa classe para o segundo round. Pois bem, a história está aí para ser escrita, e depende de que linha Garza seguirá na carreira – após ele mesmo ter tirado seu nome do Draft de 2020, após ser eleito pela própria NCAA o melhor jogador universitário de basquete dos Estados Unidos.Garza cresceu nos subúrbios da Virgínia, em Washington, D.C. Ele aprendeu a jogar basquete com seu pai, Frank, que jogou basquete universitário por Idaho. Assistindo às fitas de vídeo que seu pai colecionou de ex-jogadores como Kareem Abdul-Jabbar, o garoto tentava emular todos os movimentos dos lendários pivôs dos anos 80 e 90. Mais velho, ficou com 2,01m de altura quando era calouro na Maret School em Washington, onde foi treinado por Chuck Driesell, filho do treinador Hall of Famer, Lefty Driesell. Em sua temporada sênior no High School, ele teve média de 24.6 pontos, 11.7 rebotes e 2.5 bloqueios por jogo. Garza levou Maret ao jogo do título da Associação Atlética do Estado de Columbia (DCSAA) e ganhou todas as honras de Jogador do Ano na região Central East, saindo como o pontuador de todos os tempos de sua escola, com 1.993 pontos.Com este currículo inicial, Luka Garza recebeu ofertas de Iowa, Georgetown, Georgia e Notre-Dame, escolhendo a universidade de Iowa para jogar basquete universitário, e por lá, construiu sua carreira de modo gradativo, começando em seu primeiro ano lidando com lesões e médias ainda baixas, mas crescendo a cada ano nas competições da NCAA, até chegar realizando partidas anotando mais de 40 pontos e recebendo as honrarias do prêmio individual de Melhor Jogador de Basquete Universitário nos EUA por dois anos seguidos, igualando o único que havia feito isso anteriormente: Michael Jordan. A faculdade de Iowa inclusive já comunicou que após a ida de Garza para a NBA, irá aposentar a camisa 55 em homenagem ao jogador. O pivô sai da NCAA com médias sonoras de 24 pontos (com 55% de FG, sendo 44% da linha de três pontos), 8.7 rebotes, 1.6 tocos e apenas 1.5 turnovers por partida. Com pai espanhol e mãe da Bósnia, o jogador chegou a cogitar a defender a nação da mãe no basquete mundial, fazendo parte da seleção do país no esporte. Com este aporte todo, Luka Garza deveria estar em uma das primeiras escolhas do Draft dessa edição. Preterido por ter 22 anos (mesma idade de jogadores como Dwyane Wade quando draftados) e não sendo um achado aos últimos novatos que estrelaram na NBA antes dos 20 anos, Garza acaba sendo colocado de escanteio – o que não deveria acontecer. O jogador domina muito bem suas funções ofensivas e atua de modo enérgico em quadra, tendo um bom trabalho dos pés e uma dedicação enorme atlética para desenvolver melhor seu corpo para a NBA. Mesmo sendo um pivô, Luka Garza joga muito bem do perímetro e é uma ameaça na linha dos três pontos, além do fato de que também é um exímio conversor de lances livres. Seu tipo físico lembra muito Robin Lopez, assim como sua postura no post. As equipes estão muito desesperadas por opções na armação e na ala, por isso um dos melhores pivôs deste draft também cai pelas tabelas. Quem draftar Luka Garza não terá muito trabalho, em vista de que ele é sim, um dos melhores jogadores dessa classe e pode roubar a cena caindo em algum time que lhe dê alguma chance. Se será o Steal deste Draft ou não, só o futuro dirá, mas nada apaga o que Garza faz em quadra e tudo o que ele se aplicou no college pra chegar mais longe e melhorar seu basquete.
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