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Futebol

Após manifestação durante partida da Bundesliga, torcedores do Bayern de Munique preparam moção contra patrocínio do Qatar; Enteda o caso

(por Layo Lucena)No último domingo (7), durante a partida entre Bayern de Munique e Freiburg, parte da torcida bávara mostrou uma faixa gigante contra parte da diretoria do clube. O motivo: grande parte da torcida do clube alemão não quer mais o time ligado a patrocínios com o Qatar, alegando que o país do Oriente Médio costuma “violar os direitos humanos”, desde “exploração de trabalhadores migrantes até aos direitos das mulheres e homosexuais”, bem como “financiamento do terrorismo” e “corrupção no desporto”.A faixa que foi mostrada durante a partida trazia, em forma de caricatura, Oliver Kahn e Herbert Hainer, ambos dirigentes do Bayern em frente de uma máquina de lavar que derramava sangue. “Em troca de dinheiro lavamos tudo”, dizia a faixa.Porém, a polêmica entre a torcida e o clube não pararam por aí. No próximo dia 25, os sócios do Bayern de Munique, em uma assembleia que acontece todos os anos, irão decidir se mantém ou não o acordo econômico que os liga ao Qatar, por meio do patrocínio com o Aeroporto Internacional de Hamad, assim como pela Qatar Airways – os dois juntos somam 17 milhões de euros por ano que entram no cofre do clube alemão, segundo o diário ‘Blind’.Michael Otto, sócio do Bayern e advogado estagiário no Tribunal de Mainz, é o autor da moção que será apresentada no dia 25 contra o patrocínio ligado ao Qatar. O advogado de 28 anos representa um lado mais socialista da torcida, seguindo a tradição do ex-presidente do Bayern de Munique, Kurt Landauer, que foi perseguido por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial por ser judeu.Em entrevista ao site brasileiro ‘Tribuna Expresso’, Otto, que é sócio do clube desde 2007, afirma: “A moção não tem como objetivo revogar o patrocínio, mas sim que este não seja renovado”. O acordo entre o Bayern de Munique e o Qatar se encerra no final de 2022/23.O advogado ainda acrescenta: “Não podem comprar nosso silêncio, não podem comprar o silêncio do Bayern em relação a violação de direitos humanos, alegações de corrupção e tudo o que há mais sobre o Qatar. O Bayern não critica nada, remete-se ao silêncio e, para acabar com isso, é preciso acabar com esta situação vergonhosa”.

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