(por Sérgio Viana) Mario Andretti é uma lenda do automobilismo mundial, se existisse um Hall da Fama, certamente ele teria um lugar reservado por conta de seu talento, ousadia e versatilidade.O único piloto que venceu Indianápolis 500, Daytona 500 e um Mundial de F1, entrou de sola nas discussoes anti-racismo, criticando e questionando as intenções do inglês Lewis Hamilton sobre o tema.Andretti deu uma entrevista para um jornal chileno neste sentido.“Respeito muito Lewis, mas por que se converter num militante? Ele sempre foi aceito e ganhou o respeito de todo mundo. Acho que o objetivo disso é pretensioso. Sinto muito, ele está criando um problema que não existe”. Disse Andretti.A fala negacionista do amerciano teve grande repercursão, jornais do mundo todo se surpreenderam com as declarações, no mínimo questionáveis de Andretti.“Isso é decepcionante, mas infelizmente é uma realidade que algumas das gerações mais velhas que ainda hoje têm voz não conseguem sair do seu próprio caminho e reconhecerem que há um problema”, criticou Hamilton em seu Instagram.O inglês tem tido uma postura firme sobre o tema desde o assassinato do americano George Floyd. Hamilton é uma referência na F1, desde cedo tratado como jóia pelo programa de desenvolvimento da McLaren, mostrou logo no primeiro ano na categoria que as apostas nele estavam certas e, se não fosse a briga interna com Alonso, talvez tivesse sido campeão mundial em sua estreia na Fórmula 1.De personalidade forte, carismático e até de certa forma midiático, Hamilton nunca perdeu sua essência, sabe o que ele representa, não somente para a F1 e para o esporte, ao ser o primeiro piloto negro campeão de F1 e no caminho firme para se tornar o maior de todos os tempos. Hamilton não pode errar.Falas como essa de Andretti, somente reforçam a posição de Hamilton, e mostram como o caminho é longo e acidentado na luta para que o racismo não seja definitivamente aceito em nenhuma esfera de nossa sociedade, em qualquer lugar do mundo.
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