(por Layo Lucena) Se de um lado teremos Tom Brady (Tampa Bay Buccaneers) e Aaron Rodgers (Green Bay Packers), que somam 35 anos de NFL, na final da Conferência Nacional, do outro, na final da AFC, teremos um duelo de jovens talentos: Josh Allen (Buffalo Bills) contra Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs), que juntos somam sete anos de carreira profissional. Diferentemente de Mahomes, que já é um nome consolidado na liga, Allen, que teve constante evolução desde que foi draftado, só deslanchou de verdade em 2020, sendo o principal responsável pela volta dos Bills à final da Conferência Americana depois de 27 anos. Mas será que o Buffalo Bills tem o necessário para chegar até o Super Bowl? A resposta é sim. CampanhaO Buffalo Bills se superou na temporada com uma campanha de 13 vitórias e 3 derrotas, batendo grandes times como Los Angeles Rams, Seattle Seahawks e Pittsburgh Steelers. Porém, contra o seu próximo adversário, o Kansas City Chiefs, os Bills não se saíram bem. No único confronto direto entre os dois em 2020, os Chiefs levaram a melhor e venceram por nove pontos de diferença (26-17). Nesta partida, Allen, Stefon Diggs, e a defesa, não tiveram um grande desempenho, algo que não pode acontecer domingo (24/01). Apesar de perderem para os Chiefs, os Bills deitaram e rolaram no seu principal rival de divisão: o New England Patriots. Duas vitórias em duas partidas, e o efeito Brady foi sentido em todos os torcedores dos Patriots. Para azar da “Bills Mafia”, o time pode enfrentar seu maior algoz das duas últimas décadas no dia 7 de fevereiro, caso vençam o jogo e os Buccaneers vençam os Packers. Outro resultado relevante, já nos playoffs, foi a vitória sobre o Baltimore Ravens, do atual MVP, Lamar Jackson, por 17 a 3. Pontos FortesOlhando para o elenco e as estatísticas dos Bills, a equipe depende muito das atuações de Allen e Diggs, além do desempenho defensivo. No setor ofensivo, o jogo aéreo é a principal arma, sendo o responsável por mais da metade de todos os touchdowns da temporada regular. A conexão Diggs e Allen veio para ficar, e seu sucesso reflete diretamente nos números. A dupla soma 45 touchdowns (Allen 37 e Diggs oito) e 6,079 jardas aéreas (Allen 4,544 jardas e Diggs 1,535 jardas). A defesa do Buffalo Bills é uma das melhores da liga. Com nomes como Tre’Davious White, Micah Hyde, Jordan Poyer, Tremaine Edmunds, Ed Oliver, Jerry Hughes e A.J. Klein, os Bills são repletos de talentos nesse setor. Além do elenco, a defesa também é destaque contra conversões de terceira descida (39%), touchdowns lançados (23) e em interceptações (15), números baixos para o número de jogos da temporada.Porém, o principal fator para uma vitória do Buffalo Bills será a possível ausência de Patrick Mahomes. O quarterback, até a postagem desse texto, ainda está no protocolo de concussão, o que coloca em dúvida a sua participação na final da AFC. Se Mahomes não entrar em campo, seus substituto será Chad Henne, que dificilmente terá a capacidade para liderar o ataque com sucesso contra a forte defesa de Buffalo. Pontos FracosO jogo corrido não é o mais efetivo, apesar de ter uma média de 4.9 jardas por corrida. Devin Singletary e Zack Moss compõem esse grupo de corredores, e os dois possuem um média de 4.4 e 4.3 jardas corridas, respectivamente. Porém, em algumas partidas, a dupla não funcionou, deixando tudo nas mãos e nos pés do quarterback Josh Allen. Já na defesa, o problema continua no jogo corrido. A defesa cedeu 1,914 jardas, 21 touchdowns, com uma média de 4.6 jardas. Esse quesito vai pesar contra um time que tem Le’Veon Bell e Clyde Edwards-Helaire, além de Andy Reid, uma das grandes mentes ofensivas da NFL, como técnico. ConclusãoEm resumo, os Bills precisam de uma excelente partida de Josh Allen, Stefon Diggs e de toda a defesa, ainda mais de Singletary e Moss, para consolidar o jogo corrido logo cedo, cansar a forte defesa dos Chiefs e controlar o relógio, deixando Patrick Mahomes sentado na lateral do campo o máximo de tempo possível. Mesmo se Mahomes não entrar em campo, o jogo entre Buffalo Bills e Kansas City Chiefs é imperdível.
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