(por Mattheus Prudente) A NHL está voltando da pandemia do coronavírus com um formato diferente, sendo um “super playoff” de 24 equipes. Antes do começo dos playoffs como se é conhecido, no entanto, alguns times terão que jogar uma fase classificatória, com séries em melhor de cinco partidas, onde os vencedores entrariam na primeira rodada da pós-temporada e os derrotados iriam para a loteria do Draft, com a oportunidade de ganhar a primeira escolha geral.Dito isso, nós, da Playmaker Brasil, preparamos uma série de textos que irão analisar cada confronto dessa fase classificatória. O segundo deles é sobre a série entre Nashville Predators e Arizona Coyotes, que vai colocar frente a frente o classificado com a sexta vaga e o da décima primeira vaga da conferência oeste.Nashville Predators: a consistência na forma de timeExperiente nos playoffs, o Nashville Predators vai para o seu sexto ano seguido jogando playoffs, chegando na final da Stanley Cup na temporada 2016-17, perdendo para o Pittsburgh Penguins. Depois disso, conseguiram vencer a divisão central duas vezes seguidas, mas não foi muito longe. Agora, a equipe quer muito conseguir voltar para a final, mas dessa vez para vencer o primeiro título da história da franquia.Os Predators contam com um time bastante equilibrado. No ataque, eles têm jogadores importantes e experientes, como Matt Duchene, Filip Forsberg e Ryan Johansen nas duas primeiras linhas. Além disso, a consistência das linhas inferiores pode ser um diferencial para o time, que conta com Nick Bonino, que já foi campeão de Stanley Cup, Rocco Grimaldi, Colcon Sissons e Kyle Turris. Isso tudo pode pesar contra a juventude dos Yotes.Na parte defensiva deve estar a principal deficiência do time, já que eles estão empatados como a terceira pior defesa em gols sofridos dos times que vão para os playoffs na conferência oeste. Mesmo assim, alguns nomes ainda são importantes, como Roman Josi, que dá a consistência no primeiro par defensivo. Além dele, o experiente Mattias Ekholm e Dante Fabbro formam o segundo par. Mesmo assim, ainda se trata de um conjunto mais fraco do que os últimos anos em Nashville.Arizona Coyotes: juventude e força físicaSe por um lado existe uma equipe muito experiente nos playoffs, do outro vem uma que está na sua primeira participação na pós-temporada desde 2011-12, quando ainda eram chamados de Phoenix Coyotes. Naquele ano, no entanto, eles conseguiram uma campanha bem forte, chegando na final da conferência e perdendo em cinco jogos contra o Los Angeles Kings, que viria a ser campeão da Stanley Cup naquele ano.O ataque dos Coyotes, diferente dos seus adversários, não é tão potente, e é o segundo que menos marcou gols entre as equipes de playoff da conferência. No entanto, existem muitos jogadores que podem fazer a diferença, como Taylor Hall, que já foi MVP da NHL, e o experiente Phil Kessel. Além deles, a juventude de Christian Dvorak e Clayton Keller dá um diferencial ainda maior para a equipe, que usa a velocidade como a sua principal arma.O “ganha-pão” da equipe, na verdade, é a defesa, que é a segunda que menos levou gol na conferência, e conta com um dos melhores defensores da Liga como o seu capitão. Oliver Ekman-Larsson, um all-star, pode ser o principal nome dessa série se conseguir jogar bem, formando par com Jason Demers. Além deles, Niklas Hjalmarsson, Jakob Chychrun a Alex Goligoski são nomes bem consistentes, que podem causar dor de cabeça com o seu jogo físico.O confrontoE é nesse mar de oposição que os dois times irão jogar. O forte ataque dos Predators, com muitos playmakers, se encontra com a excelente defesa dos Coyotes. Do outro lado, será interessante saber como a defesa de Nashville vai conseguir segurar Hall e companhia. A experiência encontra a juventude. Todos esses fatores transformam esse confronto em um dos mais interessantes dessa fase classificatória dos playoffs.Espera-se um confronto muito ofensivo. De um lado, os playmakers dos Predators terão que usar a velocidade para explorar um dos únicos defeitos da defesa dos Coyotes: sua lentidão. Ekman-Larsson e Demers não são velozes, e costumam sofrer contra jogadores rápidos, que é uma característica de Forsberg, por exemplo. Mesmo assim, quando se trata de jogo físico, Arizona é um dos melhores times da Liga. Além disso, os Preds, mesmo contando com Duchene, um dos melhores jogadores em power play na NHL, vai ter que lutar muito para passar no penalty kill dos Yotes, quinto melhor da temporada regular.Pelo lado dos Coyotes, vai ser preciso que os principais jogadores apareçam no lado ofensivo. Hall terá que fazer uma série muito boa para que eles tenham uma chance e, junto com Dvorak e Keller, se aproveitar da deficiente defesa dos Predators. Apesar disso tudo, todo o trunfo do time vai passar pela defesa, pois, se eles não conseguirem anular os principais jogadores dos adversários e serem consistentes em relação às linhas inferiores, a série irá acabar muito rápido para o time do Arizona.A maior vantagem dos Predators, no entanto, vai ficar no matchup de goleiros, onde o experiente Pekka Rinne, considerado um dos melhores da posição na Liga, enfrenta o questionado Darcy Kuemper, que dividiu os jogos como titular com Antti Raanta. Nenhum dos dois goleiros de Arizona passam segurança como Rinne passa, apesar da temporada do finlandês não ter sido das melhores, quando comparada com as outras.PalpiteEsse tem tudo para ser um dos confrontos mais equilibrados de toda a fase classificatória. Com toda a experiência dos Predators, não tem como dizer que eles deixarão isso ir fácil, mas, desde que perderam na final contra os Penguins, o time vem se enfraquecendo aos poucos, e pode estar começando um rebuild. Do outro lado, temos um time jovem, que tem muito a provar e ainda tem dois dos melhores jogadores dessa primeira fase. Apostarei numa surpresa, dizendo que os Coyotes vão passar de fase.Palpite: Arizona Coyotes (5 jogos)
NHL
